FUNCIONALIDADE E FLEXIBILIDADE EM IDOSOS



1 INTRODUÇÃO

A população mundial está vivendo uma fase de declínio nos índices de natalidade e mortalidade com conseqüente aumento da expectativa de vida. Estima-se que em 2020 existirão mais de um bilhão de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos em todo o mundo, sendo a maioria de países em desenvolvimento (NAKATANI et al., 2003). O Brasil, com base no último censo demográfico, apresenta 15.212.532 idosos, sendo 425.040 no estado do Maranhão. Segundo projeções populacionais realizadas pelo INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA-IBGE, em 2020 os idosos chegarão a 25 milhões de pessoas, que irão compor 11,4% da população. Já em 2030, acredita-se que cerca de 40% dos brasileiros deverão ter entre 30 e 60 anos (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2007). O envelhecimento pode ser compreendido como um conjunto de alterações estruturais e funcionais desfavoráveis do organismo que se acumulam de forma progressiva, especificamente em função do avanço da idade (CANDELORO; CAROMANO, 2007). O processo de envelhecer leva a inúmeras alterações em todos os sistemas do idoso. Essas alterações comprometem a visão, audição, a propriocepção e conseqüentemente o equilíbrio são diminuídos debilitando o sistema osteoarticular, muscular, cardíaco, nervoso, dentre outros (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2005). Desta forma a mobilidade funcional que necessita de estabilização postural, pode estar alterada nestes indivíduos, pois esta depende dos estímulos sensoriais e da ação muscular (GAUCHARD et al., 1999; ALFIERI et al.; 2004; MACIEL e GUERRA, 2005; SILVEIRA et al., 2006). Um fator agravante é a questão do sedentarismo que ajuda a intensificar a perda de massa e força muscular, bem como diminuição da excitabilidade sensorial (FARIA et al., 2003; TEIXEIRA et al., 2007). Por outro lado, a prática regular de exercício físico é bastante difundida na literatura científica, pois além de promover alterações nos aspectos sociais, emocionais, também desempenha papel fundamental no aspecto físico dos idosos (BLAIR &CONNELLY, 1996). 13
O exercício físico pode interferir positivamente na vida do idoso fazendo com que as habilidades e capacidades físicas sejam aprimoradas (GAUCHARD et al., 1999; ALFIERI et al., 2004).
A atividade física regular reduz o risco de várias condições crônicas entre adultos mais velhos, incluindo a doença coronária, a hipertensão, diabetes, desordens metabólicas bem como de diferentes estados emocionais nocivos como a depressão (BLAIR &CONNELLY, 1996). Outros estudos sobre envelhecimento e atividade física têm propiciado conhecimentos interessantes especificamente sobre esta população. Segundo Gonçalves (1999), muitos são os autores que relacionam os benefícios sociais, psicológicos e físicos da atividade física para os indivíduos idosos (BARNETT et al., 2003; BOUCHARD; DESPRES, 1995; NETZ et al., 2005). A atividade física promove ainda incremento da condição neuromuscular dos idosos implicando em melhoria da mobilidade funcional, flexibilidade, como também a redução do risco de quedas nessa população (ALFIERI et al., 2004).
É importante avaliar o grau de mobilidade que alguns tipos de exercícios proporcionam, pois é através do desenvolvimento de parâmetros e referências quanto ao envelhecimento ativo que pode-se estabelecer cientificamente protocolos de exercícios para a terceira idade visando maior qualidade de vida na velhice. Desta forma o presente estudo foi realizado com o objetivo de analisar a funcionalidade e flexibilidade em idosos ativos e sedentários.
Esta pesquisa foi realizada no Serviço Social do Comércio do Maranhão (SESC-MA) no período de agosto a setembro 2009, onde foram realizados testes de flexibilidade e mobilidade através da seleção de grupos de idosos praticantes de atividade física e idosos sedentários com idade a partir de 60 anos.
Observa-se um grande número de pesquisadores que desenvolvem estudos a cerca dos aspectos que envolvem a atividade física e mobilidade em idosos. Sendo assim o presente trabalho vem como complemento às pesquisas já realizadas, contribuindo para a compreensão dos efeitos que a prática ou não de atividade física proporcionam à terceira idade.
Autor: Ana Caroline Silva Costa


Artigos Relacionados


O Processo De Envelhecimento E A Prática Correta Dos Exercícios.

Benefícios Da Atividade Física Na Melhor Idade - Cooperuso Saúde

Exercício Físico E Idosos

O Exercício Na Prevenção Da Incapacidade Física Do Idoso

Atividades Da Vida DiÁria E A RelaÇÃo Com A EducaÇÃo FÍsica Escolar: Uma PercepÇÃo Dos Idosos

A InfluÊncia Da Atividade FÍsica Na ReabilitaÇÃo E Profilaxia De Idosos Caidores E NÃo ?caidores.

Terapia Hormonal A Base Do Gh E Testosterona Em Idosos.