Assistência de Enfermagem na Humanização do parto de baixo risco.



Assistência de Enfermagem na Humanização do parto de baixo risco.
Ana Lídia Da Silva de Jesus1
Francineide de Sousa Magalhães2
José Francisco da Costa Ferreira3
Juliana Kelly Nogueira Pinheiro4
Lena Maria Lima Lopes Chaves6
Maria Dolores Rodrigues5
Michelle Lages Aragão7
Rejany Veloso da Luz8
RESUMO:
A revisão destas literaturas trata sobre o programa de humanização da assistência ao parto normal tem como objetivo resgatar o caráter fisiológico no processo do nascimento de forma positiva e sem traumas, respeitando a individualidade das mulheres, colocando-as como protagonista e buscando uma adequação da assistência à cultura, crenças, valores e diversidades de opiniões dessas pessoas.
Palavras-chaves:
Humanização, parto sem distorcia, parteiras, enfermagem obstétrica.
SUMMARY:
A review of these literatures is about the humanization program of assistance to normal childbirth aims to redeem the character in the physiological birth process positively and without conflict, respecting the individuality of women, placing them as a protagonist and appropriateness of seeking assistance culture, beliefs, values and diversity of opinions of those people.
Keywords:
Humanization, without distorting birth, midwives, obstetrical nursing.

INTRODUÇÃO:
Historicamente a assistência ao parto era de responsabilidade exclusivamente feminina, apenas as parteiras realizavam essa prática, muitas vezes em condições subumanas. As mesmas eram conhecidas na sociedade pela suas experiências e por práticas tradicionais, embora não dominassem o conhecimento científico.
Antigamente esse processo era realizado de maneira empírica, porém a partir do século XX ocorreu uma intensa evolução no setor saúde, sendo desenvolvidos diversos estudos científicos e a tecnologia proporcionou avanços inquestionáveis na qualidade da assistência as parturientes, porém o parto passou a ser visto pela sociedade como uma patologia, por causa da ocorrência excessiva de intervenções, assim passou a ser comum a realização de operações cesarianas, que antigamente só ocorria em mulheres mortas para salvar a vida fetal.
Atualmente, o modelo de assistência obstétrica no Brasil é caracterizado por excesso de intervenção do parto, o que vem contribuído para o aumento de taxas de cesáreas e a mobimortalidade materna e perinatal, o que constitui um grave problema de saúde pública no Brasil.
Este artigo tem como principal objetivo resgatar a assistência de enfermagem ao parto humanizado, respeitando a fisiologia feminina, sem intervenção desnecessária, reconhecendo os aspectos sociais, culturais do parto e nascimento, privilegiando o respeito, dignidade e autonomia das mulheres, promovendo subsídios para que o nascimento ocorra da maneira mais natural possível, providenciando não só o bem estar da mãe, como também do acompanhante e do bebê que já nascerá em um ambiente agradável e acolhedor.
DESENVOLVIMENTO
O modelo de atenção ao parto hegemônico no Brasil tem sido denunciado crescentemente por profissionais e movimentos sociais articulados em torno de um conjunto de valores, práticas identificadas pela noção de humanização e assistência ao parto e ao nascimento, Considerando que a humanização da assistência está relacionada a envolver aspectos biológicos, psicológicos e sociais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza medidas que a mulher,em trabalho de parto deverá ter suporte emocional e atenção a saúde com o mínimo de internações.Essas medidas têm por finalidade o impacto significativo na dor do parto,e a diminuição de medicação e analgesia e índices mais baixo de cesáreas. Sendo a gravidez um processo natural, o parto é considerando um processo psicossomático, onde o comportamento da gestante ou parturiente vai depender, além da própria evolução do trabalho de parto, do nível de informação da mulher, sua história pessoal, contexto sócio-econômico, personalidade, simbolismo. O processo de humanização tem como intuito incentivar a realização do parto normal e a diminuição das cesarianas, medidas essas, que visam proporcionar bem estar à mulher e reduzir riscos, proporcionando conforto. O conforto físico pode ser aumentado pelo uso de técnicas de massagem e relaxamento, posturas variadas, música, métodos de respiração e práticas alternativas, que favoreçam o bom desenvolvimento do trabalho de parto e forneça conforto e segurança à mulher e seu bebê. A humanização há vários anos vem sendo discutida, principalmente na área de saúde uma vez que foi observado que em parto de baixo risco existe um abuso de medicamentos, ausências dos profissionais, utilização de novas tecnologias o parto e no nascimento tornando mais impessoal. Em alguns países europeus a assistência em partos de baixo risco é feita a hierarquização de serviço, inclusive estes sendo realizados por profissionais não médicos. De inicio para ocorrer esta mudança seria iniciada por toda uma nova rotina hospitalar, toda voltada não para várias mulheres dispostas em leitos juntos no momento de dor, mas voltada para a mulher em si e seus familiares retirando o ar de processo mero biológico para um processo fisiológico humano e cheio de expectativas, doloroso e que muda completamente uma família.
CONCLUSÃO
Mesmo sendo já detectadas todas essas deficiências e a necessidade ainda existe um tabu do parto a desmedicalização o que poderia implicar em uma perda de "poder" do profissional médico e abandonar a rotina do trabalho de parto (TP) para atender o paciente individualmente com suas peculiaridades fisiológicas seria uma mudança drástica e importante, não tenderia a "perda do poder" só a modificação das referencias de papeis que não deixaria de ser mais ou menos importante, mas bem mais humano. A maioria da maternidade pública do Brasil possui uma assistência perversa, muitas mulheres buscando vaga e depois de buscar bastante em várias unidades de saúde conseguir, onde ela será separada da família e ficará por minutos, horas ou até mesmo dias na sala de pré-parto em um espaço coletivo junta com outras mulheres também em trabalho de parto com diferentes intercorrências obstétricas sem nenhuma privacidade ou atenção as suas necessidades particulares. Nestes ambientes é o local que encontramos menos profissionais e mais sofrimento, na qual o suporte é o medicamento (injeções de força) o que aumenta a intensidade do processo doloroso. Torna-se um desafio para o profissional da assistência minimizar estes sacrifícios, mas humanizar este ambiente diminuiria conseqüentemente o sofrimento do mesmo: presença constante do profissional junto às parturientes, dando um suporte físico e emocional, técnicas de cuidados para alívio de dores (como estímulos a deambulação e a mudança de posição usam de água para o relaxamento e massagens).


Autor: Juliana Kelly Nogueira Pinheiro


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