Andragogia: A Aprendizagem Dos Adultos



Diferentemente de outros mamíferos, nascemos e crescemos com uma extrema dependência de nossos pais. Precisamos num primeiro momento de sermos alimentados, protegidos, vestidos e assim vai...

Crescemos, então, acostumados à dependência e já na fase escolar damos continuidade a ela, uma vez que aceitamos as imposições e autoridade dos professores.

Quando passamos para a adolescência, algumas mudanças podem ser percebidas e começamos então os questionamentos e uma certa rebeldia.

Atingimos a fase adulta e com ela a independência, já que os anos passados acumulam experiências de vida. Entretanto o processo educacional tradicional ignora tais mudanças e tende a nos ensinar como se ensina uma criança, ou seja, a mesma pedagogia usada em crianças é também usada em adultos.

Algumas diferenças em se educar crianças e adultos foram percebidas por Linderman em 1926, uma vez que na sua concepção nós aprendemos aquilo que praticamos ou fazemos.

Segundo Kelvin Miller estudantes adultos tem maior facilidade de memorização quando ouvem, vêm e fazem e ainda observou que os primeiros 15 minutos de uma aula ou palestra são os mais lembrados.

Partindo de tais estudos, temos que o estudante universitário deve receber um ensino diferenciado do estudante criança, uma vez que não são exatamente adultos, contudo já estão bem mais distantes da infância.

Portanto conceitos andragógicos devem ser inseridos nos currículos dos cursos superiores, entretanto devido o estudante universitário – o que ocorre normalmente é o individuo adentrar na universidade ainda bem jovem – ainda não ser totalmente um adulto, o abandono ou esquecimento dos métodos tradicionais de ensino não deve acontecer.

Acontece, contudo, que mudanças sempre requerem trabalho e o professor universitário necessita de um preparo para conseguir incorporá-las ao ensino superior de forma que o estudante universitário seja motivado a utilizar suas habilidades e desenvolva sua capacidade de auto-avaliarão e autocrítica de tal maneira que o futuro profissional seja alem de competente, um individuo seguro de suas habilidades profissionais

Diante de tais considerações - não diminuindo o trabalho exercido pelos professores que educam crianças, conclui-se que o papel do professor universitário não é dos mais fáceis de se exercer, uma vez que deve possuir a sensibilidade do saber mesclar pedagogia com andragogia e a responsabilidade de ensinar um jovem em formação e entregar um adulto ao mercado de trabalho. Entretanto a satisfação do resultado obtido será, por certo, sua maior recompensa.


Autor: DEGMAR AUGUSTA


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