Doce solitude






Esta paz, deste sábado cinzento, o friozinho tão leve, brisa fria do mar? gotas de chuva na janela e a luz, em penumbra, tentando entrar, neste meu pequeno lar?

Imagem, cena, cenário que registrará na memória este tempo presente, já passado?

É sábado, e eu desfrutando a doce paz? um café da manhã, ao meio dia?

No computador, a janela para o mundo aberta? a música a me invadir, leva meu corpo a se embalar? assim como o alimento acorda minha células e começa a nutrir? a música acorda meus sonhos, nutre meu ser? traz fome de vida? uma pacífica fome de vida?

Já sinto saudades deste tempo, o tempo de agora? desfruto-o? a certeza de que um dia este silêncio, esta doce solidão findará, na agitação do calor da estação, de uma nova etapa no ciclo da vida?

Óh! Afortunada solidão, que me embala na paz, na alegria de ser eu? doces momentos, na vida de solteira? refúgio? quebrado, quando se prolonga?

Há momentos de angústia, da necessidade de um outro? mas, hoje? ah!, hoje? é o dia de amar a mim mesma? desfrutar esta paz?

Pela casa, se espalham as roupas limpas, esperando serem guardadas? a cama, ainda por ser estendida.. a louça recém lavada a escorrer? os livros esperando pelos meus olhos? a manicure, pra visitar? e eu aqui, permitindo-me divagar?

Doce paz, doce paz, doce solitude das cortinas balançando ao vento? Amanhã terá sol!


Autor: Marcia Dalva Machinski


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