Filosofia e Brasil



INTRODUÇÃO
Filosofia e história Em Hegel: Segundo Hegel tudo que somos, somos obra do passado e tradição. A compreensão filosófica é moldada pela universalidade e não individualidade de cada um. A filosofia não é uma enumeração de opiniões ou investigação erudita. Hegel faz, portanto a diferenciação entre razão e intelecto (abstração). Para ele o concreto era simples e diverso. A filosofia é o desenvolvimento do pensamento. A filosofia em Hegel visa o concreto. O estudo da história da filosofia é o estudo da própria filosofia. A história da filosofia é a progressão do conhecimento. E o progresso é racional e lógico. A filosofia é uma consciência viva por isso contingente para o presente, as filosofias do passado que pra ele eram mais abstratas não tinham tanta importância visto que toda filosofia está ligada a seu tempo. Para ele platônicos, aristotélicos ou estóicos só faziam parte de um período histórico específico e voltar a tais conceitos execrando problemas presentes seriam algo pouco concreto.
Filosofia e Conteúdos: A filosofia tradicional e o filosofar segundo Hegel estão interligados e nisso não existe oposição. Filosofar sem o conteúdo da tradição ou teorizar a tradição sem filosofar é ruim. Para ele, filosofia é a dinâmica do saber universal, na investigação objetiva e nada particular, como o é qualquer outra ciência.
Filosofia e Continente: A filosofia não pode ser egoísta. E o pensamento deve ser elevado a universalidade. A filosofia do ponto de vista do espírito é a mais necessária para a produção de qualquer coisa no mundo. Hegel diz: "Detenhamonos na razão e isso basta". Tal racionalidade pra ele é a européia. Ásia seria o passado da Europa e a América ainda não era, posto que como novo continente não nascera para a filosofia ainda. África é o continente sem história, jaz em um estado de inconsciência em si, segundo Hegel. Para ele a África seria o continente que não poderia exercer nenhuma funcionalidade relacionado a filosofia. Já a Ásia teria sofrido uma pausa de desenvolvimento filosófico. Para Hegel os asiáticos são apenas potencialmente livres contrastando-se aos gregos q eram livres em atos e energia. Para o conhecimento filosófico emergir é necessário um movimento cultural ou condições apropriadas que façam com que a filosofia cresça e avança. Fato é que no Brasil isso ainda não se sucedeu.
Filos e Território: A introdução de filosofia pra nós brasileiros é introdução a historia da filosofia. Para Hegel o fim da filosofia esta na sua própria produção.
Seremos apenas um adendo da filosofia alemã européia, ou esperaremos um milagre como a filosofia que emergiu na Grécia? Dois Filósofos: Filósofo obediente: O filosofo obediente é aquele que escuta e não se atreve a dizer. Filósofo inconcebível: É aquele que é puramente autodidata e não tem memória filosófica. Certamente o lado bom desses dois indivíduos formaria um filósofo mais coerente.
Conforme o que vimos no pensamento de Hegel, podemos nos perguntar agora como a filosofia está se situando no Brasil e América Latina. Procurei dois autores experientes para dissertar sobre o assunto dentro de suas respectivas competências. São eles, Rubem Alves que geralmente aborda temas relacionados a pedagogia e Olavo de Carvalho que além de filósofo mantém ávido seu senso crítico
de jornalista.
Autor: Marcos Roberto A Oliveira


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