Nem tudo acaba quando termina?!
Edson Silva
O "Velho Guerreiro" Abelardo Barbosa, o "Chacrinha", um fenômeno tropicalista da comunicação da TV brasileira, dizia a máxima: "que seu programa acabava quando terminava". Ele difundia também o "quem não se comunica se trumbica", frase, aliás, que certa vez vi Tom Zé reivindicar como de sua autoria, mas que acabou apropriada por "Chacrinha". Mas parece que no Brasil, além do tradicional futebol, tem coisas que não acabam quando terminam.
Eleição, por exemplo, leio jornais, vejo TVs, ouço rádios, abro sites e blogs e parece que o período eleitoral não acabou. Parece que não respeitam a vontade da maioria do povo brasileiro em eleger a primeira presidenta de nossa história, Dilma e continuar dando crédito aos dois bons governos seguidos feitos por Lula, o primeiro operário a ser eleito presidente do Brasil. Continuam especulações, discussões infundadas e picuinhas em geral em favor de derrotados, como se fosse ocorrer um hipotético terceiro turno, algo que em nada favorece o país.
Lula e Dilma deram entrevistas coletivas e achei apropriado o presidente, que fica no cargo até 31 de dezembro, dizer que ex-presidente não indica e nem veta nomes para um novo governo, não dá palpites e sim ajudará sempre, se for solicitado. Agindo desta forma, Lula disse que o governo Dilma terá a imagem e semelhança dela, aliás uma das pessoas de maior confiança de Lula e que esteve no governo dele por oito anos, coordenando os principais projetos.
Na minha modesta opinião, passadas as Eleições, é hora de grupos da imprensa, da oposição e eleitores em geral que não apoiaram ou não votaram na Dilma admitirem que o processo eleitoral acabou ao terminar, no dia 31 de outubro, com o segundo turno. Agora é hora de todos se unirem para que o Brasil continue a se desenvolver e a distribuir renda.
Diferente da oposição, sem alarde, sem promessa, Dilma acenou que o Salário Mínimo pode passar de R$ 600,00 até o fim de 2011. E ela fez isso com contas nas mãos e mostrando que o aumento será possível com a manutenção das taxas de crescimento do país. Vale lembrar que, bem estruturado economicamente, o Brasil superou uma das mais terríveis crises mundiais da história, em 2009. Comunicando-se, esta é Dilma, a nossa presidente eleita legitimamente.
Edson Silva, 48 anos, jornalista, nasceu em Campinas e é assessor de imprensa em Sumaré
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Autor: Edson Terto Da Silva
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