REALIDADE HISTÓRICA DOS MANGUEZAIS COM ENFOQUE EM ARACAJU



UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PÓLO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL





MAKEL BRUNO OLIVEIRA SANTOS





REALIDADE HISTÓRICA DOS MANGUEZAIS COM ENFOQUE EM ARACAJU














ESTÂNCIA-SERGIPE
MARÇO/2010
MAKEL BRUNO OLIVEIRA SANTOS










REALIDADE HISTÓRICA DOS MANGUEZAIS COM ENFOQUE EM ARACAJU



Trabalho acadêmico apresentado na disciplina de Educação a Distância,
Curso de Lic. Química, Universidade Federal de Sergipe.
















ESTÂNCIA-SERGIPE
MARÇO/2010


AGRADECIMENTOS



Primeiramente agradecemos a Deus pelos momentos oportunos dados em nossa vida, dando sempre o dom da inteligência para que sempre busquemos o conhecimento e sejamos cidadãos do futuro.
O nosso muito obrigado!

















































O manguezal é o berçário da vida.
.(Autor desconhecido)

INTRODUÇÃO


O manguezal é um ecossistema muito importante para o equilíbrio ecológico. A riqueza do seu solo deve-se, principalmente, aos nutrientes trazidos pelas águas dos rios, que garantem um ecossistema altamente produtivo. O manguezal funciona como um berçário natural para o desenvolvimento de muitas espécies de animais e plantas. Existe em lugares que sofrem a influência de marés, permitindo a mistura da água salgada (do mar), com a água doce (do rio).
Poucas são as espécies vegetais que possuem condições para sobreviver em um local como o manguezal: inundado pela água do mar, com pouco oxigênio e alta salinidade. As espécies vegetais do manguezal adaptam-se para eliminar o excesso de sal, através das chamadas glândulas de sal , presentes nas folhas. A falta de oxigênio no solo, que permanece submerso pela maré cheia, por um período do dia, é outro fator ambiental limitante para o desenvolvimento das plantas do manguezal.
A riqueza dos manguezais atrai os seres humanos que deles tiram o sustento de famílias inteiras. As comunidades que moram nas proximidades das áreas de mangue têm uma relação de dependência com os manguezais: precisam dele para adquirir recursos financeiros que garantam a sua sobrevivência.





FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


As florestas de manguezais cobrem uma área de aproximadamente 180.000 quilômetros quadrados distribuídas em mais de 100 países e ultimamente vêm sofrendo uma intensa degradação. No Brasil existem cerca de 1,3 milhões de hectares de manguezais ao longo do litoral entre os estados do Amapá e Santa Catarina, com maior concentração (mais de 85%) na costa norte, composta pelos estados do Maranhão, Pará e Amapá.
O Brasil tem a maior extensão de manguezais do mundo. As constantes agressões sofridas por esses ambientes, provocadas por ocupações de favelas, aterramentos, lixo e esgoto, tem contaminado suas águas e pondo fim a várias espécies marinhas. Só na região de Santos, litoral de São Paulo, 43% dos manguezais foram degradados pela ocupação de favela.
Em Sergipe, está presente na foz dos principais rios e nos estuários dos rios Piauí-Real, vaza-barris e Sergipe.
No estuário do rio Sergipe, a ocorrência de manguezais está associada a três fatores: presença de planícies, Flávio marinho de idade geológica relativamente crescente; presença de rios tributários em seu curso inferior em terrenos ligeiramente acima do nível do mar, ação da maré que penetram em seus tributários elevados o nível geral da água e depositando grande numero da matéria orgânica.
É possível compreender a importância do manguezal a partir das funções que este desempenha no equilíbrio ambiental. Sabe-se que além de proteger a costa esta formação funciona como regulador e verdadeiro filtro de poluentes. Esses tributos tornaram essencial a sua preservação diante do processo de urbanização que se acelera.
O crescimento das cidades tem comprometido o desenvolvimento do manguezal. Em Aracaju esse ecossistema vem sendo devastado ao longo de sua formação histórica: a própria construção da cidade em 1855, se deu de forma a ignorar as características ambientais da vasta planície estuário em que se situa.
O quadro de Pirro, como ficou conhecido o plano urbanístico da cidade, elaborado por uma comissão de engenheiros-militares, ocupou uma área coberta por terrenos alagadiços e manguezais, as margens dos riachos Aracaju, Olaria, Caborge, extintos afluentes do rio Sergipe. A partir daí, o crescimento urbano da capital sergipana deu-se através de cortes de aterros generalizados do manguezal, desconsiderando qualquer valor ambiental que essa formação fitogeográfica pudesse representar.
Um exemplo desse é a Treze de Julho que era conhecida como Ilha dos Bois, ilha porque era separada do continente por um braço do Rio Tramandaí-Pequeno, e quanto a ser dos bois, era coberto por uma vegetação rasteira e tinha algumas árvores frondosas onde os antigos moradores levavam sue gado para pastar.
Em de Julho de 1924 ouve um levante militar onde o tenente Augusto Maynard abril trincheiras e artilhou a Ilha dos Bois.
A partir daí a Ilha dos Bois passa a se Chamar Praia Formosa sedo que ninguém sabe o motivo ou que botou esse nome, o fato é que pegou e todos passaram a conhecer como Praia Formosa.
A Praia Formosa era afastada do centro da cidade, era habitada por um ao outro pescador, ate que em 1926 foi inaugurada o serviço de bonde elétrico e suas linhas chegaram mais próximos da Praia Formosa que virou estação de veraneio e as casas dos poucos moradores passou a se misturar com dos veranistas.
A via alguns pescadores e moradores que animavam os veranistas com seus préstimos e suas aventuras os que mais se destacaram foram: Teódoto, Tote, Begão, Teté, Edson, Babia, Gutemberg e o Sargento.
Em 1930 o numero de veranistas e moradores da Praia Formosa já era bem grande, então veio a idéia de homenagear o interventor Augusto Maynard mudando o nome do bairro para praia Treze de Julho.
Durante muitos anos a Paia Formosa foi muito freqüentada pelos veranistas, mas em 1936 com o melhor acesso a praia da Atalaia com a construção da ponte sobre o Rio Poxim e o total empiçarramento da estrada fez com que os veranistas mudassem o seu ponto de lazer para as praias oceânicas. Até ai a quantidade de manguezal na área da Treze de Julho já tinha sido bastante devastada.
Quem passa de carro na avenida Beira Mar se deslumbra com a beleza do rio Sergipe, apesar do mal cheiro que hoje impregna toda área em decorrência dos esgotos que deságuam por lá.
A praia Formosa era o antigo império dos pescadores, existia apenas areal, mangues e muitos caranguejos. A predominância dos manguezais que as famílias que ali viviam alimentavam-se do que vinha da maré e viviam em um ambiente natural e sem poluição.
Mas infelizmente toda essa área foi tomada por prédios e construções devido ao crescimento urbano. Com isso só ficaram as lembranças da brisa, do cheiro da maré e dos mergulhos do fim da tarde para os antigos moradores.
Segundo Santana, Bastos Junior e Souza foram observados duas formas de apropriação espacial do ecossistema manguezal com níveis de predação intrinsecamente ligados ao status político-econômico desses agentes, a saber: Populações de baixa renda, ao norte da capital sergipana e ao sul tanto por estas populações como principalmente, pela indústria da construção civil (para fins especulação imobiliária).


























OBJETIVO


Ir á fundo de materiais, artigos que usem relatos de pessoas que viveram na época que ainda existia uma grande quantidade e diversidade de manguezais. Para que a população não esqueça como é importante esse ecossistema.





















JUSTIFICATIVA


Esse ecossistema está se tornando cada dia mais raro tornando-se necessário um resgate histórico desses manguezais de Aracaju. Para que as gerações atuais e futuras tomem conhecimento e preservem o que ainda existem.
Pois os manguezais são considerados ecossistemas-chave devido à sua riqueza em recursos naturais e aos serviços ambientais que oferecem.































METODOLOGIA


Foram usadas algumas técnicas de pesquisa para que o projeto fosse bem elaborado e para o melhor entendimento do mesmo. Entre as técnicas estão:
Pesquisa bibliográfica que consiste no estudo de livros, artigos e documentos para levantamento de determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa. É toda leitura originaria de determinada fonte ou a respeito de determinado assunto. Podendo ser citada: a pesquisa bibliográfica partiu do ponto de primeiro conhecer entender o que é e qual sua importância para o meio ambiente.


















CONSIDERAÇÕES FINAIS


A experiência adquirida nesse tempo de pesquisa nos proporcionou conhecimentos novos, tanto na área de aprendizagem como no ciclo de amizades.
Conseguimos muitas informações e fotos.
Descobrimos áreas devastadas pela ação do homem, mais também pudemos ver o esforço dos órgãos competentes em revitalizar essas áreas, melhorando assim o meio ambiente.
Foi preciso muito esforço para chegarmos aqui mais valeu a pena, estamos concluindo mais uma etapa que com certeza nos trouxe um desenvolvimento maior e muitas experiências.























REFERÊNCIAS

http://www.infonet.com.br/sergipecultural.htm Acesso em 12de dez.2006, 13:00.

http://www.cprh.pe.gov.br/pesquiseepreserve/ctudocontudo.asp?edesçao=428Acesso em: 12 de dez.2006, 13:45.

CHAVES,Rubens.Aracaju: Para Onde Você Vai? Aracaju (s.n.), 2004

PORTO,Fernando. A Cidade do Aracaju(1855-1865)-ensaio da evolução urbana.vol.II, Aracaju: Coleção Estados Sergipanos,1945. Disponível em:http//www.artigocientifico.com.br/uploads/artc acesso em:11 de dez. 2006, 8:10

MELLINS, Murilo. O Aracaju Romântico que Vi e Vivi.Aracaju:UNIT, 2000.

PORTO,Fernando de Figueirado. Alguns Nomes do Aracaju. Aracaju: J Andrade, 2003.

NOVELLE, Iara Schaesser, LAMPARELLE, Claudia. Biodiversidade Marinha. Eco, São Paulo, Janeiro 2002. Disponível em: www.bdt.org/workshop/costa.Acesso em: 25 Jun. 2007.

DOMINGEUZ, Jose Maria Landim, BITTENCOURT, Abílio Carlos da Silva Pinto, MARTIN, Louiz. Esquema Evolutivo da Sedimentação Quaternária nas Feições Déuticas dos Rios São Francisco (SE/AL), Jequitinhonha (BA), Doce (ES), Paraiba do Sul (RJ). Revista Brasileira de Geociência, São Paulo, v. 11, p. 227-237, dez. 1981.
Autor: Makel Oliveira Santos


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