QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO



INTRODUÇÃO

A Qualidade de Vida (QV) é um assunto historicamente discutido, onde Aristóteles citado por GAARDER (1995 p. 131) coloca em questão: "Como o homem deve viver? Do que o homem precisa para viver uma boa vida?". No entanto, o mesmo autor resumidamente diz que, "o homem só é feliz se puder desenvolver e utilizar todas as suas capacidades e possibilidades."
A QV é a busca dos processos de trabalho, que são desenvolvidos de maneira que o melhor potencial humano seja aproveitado, sendo individual e em equipe, assim a QV inserida no contexto organizacional auxilia no repensar continuo da empresa.
QV é estar saudável, desde a saúde física, cultural, espiritual até a saúde profissional, intelectual e social. Cada vez mais as empresas que desejarem estar entre as melhores do mercado deverão investir nas pessoas. Portanto, qualidade de vida é um fator de excelência pessoal e organizacional.

DESENVOLVIMENTO

De acordo com RODRIGUES (2007, p. 76), "a qualidade de vida no trabalho (QVT), tem sido uma preocupação do homem desde o início da sua existência. Com outros títulos em outros textos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem estar ao trabalhador na execução de sua tarefa."
Ainda o mesmo autor, afirma que foi a partir da década de 50 que surgiram as primeiras teorias que associavam a produtividade à satisfação já que o bom desempenho do trabalhador lhe proporcionava satisfação e realização, porém, na década de 60 que esses estudos ganharam impulso, mas foi só na década de 70 que surgiram os primeiros movimentos e aplicações estruturadas e sistematizadas no interior da organização, utilizando a QVT. No entanto, na década de 80 houve o crescente avanço tecnológico e conseqüente modernização das organizações.
Segundo CHIAVENATO (2004), o termo QVT foi moldado por Louis Davis, na década de 70, onde estava sendo desenvolvido um projeto sobre desenho de cargos, assim para ele, o conceito de QVT nada mais é do que a preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no momento da realização de suas tarefas. Alguns autores europeus ampliaram outros conceitos que envolvem abordagens sociotécnicas e democracia industrial. Mas nos dias de hoje o conceito de (QVT) envolve tanto os aspectos físicos e ambientais, como psicológicos do local de trabalho.
Segundo RODRIGUES (2007) a QVT deve ser analisada dentro e fora do ambiente de trabalho. O trabalho organizacional é vital e pode ser visto como parte inseparável da vida humana. Ela influencia ou é influenciada por vários aspectos da vida fora do trabalho. Os empregados que possuem uma vida familiar insatisfatória tem o trabalho como único ou maior meio para obter a satisfação de muitas de suas necessidades, principalmente as sociais. O trabalho assume proporções enormes na vida do homem de hoje.
O conceito de QVT implica profundo respeito pelas pessoas. Para alcançar níveis elevados de qualidade e produtividade, as organizações precisam de pessoas motivadas, que participem ativamente nos trabalhos que executam e que sejam adequadamente recompensadas pelas suas contribuições, para atender bem o cliente externo, é necessário que a organização não se esqueça de atender bem seu cliente interno, ou seja, para que o cliente externo saia satisfeito, as organizações precisam antes satisfazer os seus funcionários responsáveis pelo produto ou serviço oferecido ao cliente externo. Como diz Claus Möller, consultor dinamarquês - citado pelo autor ? "coloque os empregados em primeiro lugar e eles porão os consumidores em primeiro lugar."

CONCLUSÃO

De acordo com FRANÇA (2004), existe crescente consciência ou percepção da importância de QVT para o administrador, independentemente de sua área de atuação ou nível de formação; o chão de fábrica é o tradicional alvo de programas de saúde ocupacional e de segurança no trabalho. Atualmente, a QVT passa a englobar outras categorias de colaboradores incluindo gerência e alta direção. Como diz o mesmo autor, embora, a QVT esteja mais associada a questões de saúde e segurança no trabalho, seu conceito passa a sinalizar a emergência de habilidades, atitudes e conhecimentos em outros fatores, abrangendo agora associações como produtividade, legitimidade, experiências, competências gerenciais e mesmo integração social.
Para CHIAVENATO (1999), alguns fatores como o desempenho do cargo e o clima organizacional determinam a QVT nas organizações, se a qualidade do trabalho for pobre, pode ocasionar a alienação do empregado, levando a má vontade, declínio de produtividade, absenteísmo, roubos etc.. Já se a QVT for boa, proporcionará um clima de confiança e respeito mútuo dentro da organização, aumentando assim as contribuições dos indivíduos e diminuindo as cobranças por parte da gerência.






Autor: Cléia Moraes


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