GENÉTICA MOLECULAR E EVOLUÇÃO



O primeiro material genético dos seres vivos teria sido o RNA que, após sofrer modificações teria se transformado em DNA, adquirindo as características de estabilidade e hereditariedade. Assim, o complexo funcionamento celular fica dividido entre o DNA (responsável pela manutenção e transmissão da informação genética) e as proteínas (atividades efetoras), mantendo-se o RNA como a ligação entre esses dois tipos de moléculas.
As modificações que ocorreram nas moléculas de DNA durante o tempo evolutivo, permitiram o surgimento de novas espécies, caracterizando a diversidade biológica do planeta, essas modificações teriam surgido decorrentes de processos de mutações (substituição e deleção) de bases nucleotídicas.
A maioria dos genes surgiram por duplicação gênica, além disso a duplicação gênica pode levar a formação de novas famílias de genes e ao surgimento de novas funções protéicas. O tamanho do genoma dos seres vivos também evoluiu, e hoje ele varia mais do que 1000 vezes entre as espécies, mas a quantidade de DNA codificante é bem menor. O DNA não codificante está principalmente sobre a forma de pseudogenes, ou elementos transponíveis.
Para revelar os padrões de evolução molecular, é preciso determinar a estrutura de moléculas biológicas. Isso é feito pelos métodos de extração, purificação e análise por técnicas como PCR. A técnica de PCR possibilitou a determinação de seqüências de DNA não só de tecidos vivos, como também de tecidos. A seqüência de AA de várias espécies pode ser comparada pelo método de alinhamento que computa por meio de uma matriz diferenças e semelhanças das seqüências de AA.
O estudo de mudanças nas moléculas entre as espécies serve como ferramenta para fazer inferência fitogênica. Moléculas que evoluem lentamente, como o RNAr, são usadas para estimar graus de parentescos distantes. Moléculas que evoluem rapidamente, como DNAmt ou o cromossomo Y, são utilizados para estudar o parentesco entre espécies ancestrais recentes. A comparação DNAmt de mais de 100 populações de humanos modernos distintos etnicamente sugere fortemente que todos esses humanos compartilharam um ancestral comum africano a cerca de 200 mil anos.
Atualmente, existe um movimento que tenta preservar os recursos genéticos disponíveis através da construção de bancos de DNA totais, que são locais preparados para armazenagem do material genético das espécies. Nestes bancos também são realizados estudos de filogenia molecular, variabilidade populacional e mais recentemente, aplicação de técnicas de identificação de espécimes através de DNA (os chamados "códigos-de-barra de DNA").
Autor: Ildefonso Alves Da Silva Junior


Artigos Relacionados


A Genética Molecular E Suas Aplicações

A Origem Da Vida

Proteases No Solo: Qual é A Sua Função?

Engenharia Metabólica Para Biossíntese De Produtos Naturais De Plantas Em Microrganismos

A Eficiência De Uso De Nutrientes

Computador De Dna: Biologia Molecular No Lugar Do Silício

Planta C3?