A introdução da informática na educação
A introdução da informática na educação, segundo a proposta de mudança pedagógica, como consta no programa brasileiro, exige uma formação bastante ampla e profunda dos educadores. Não se trata de criar condições para o professor simplesmente dominar o computador ou o software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo. Mais uma vez, a questão da formação do professor mostra-se de fundamental importância no processo de introdução da informática na educação, exigindo soluções inovadoras e novas abordagens que fundamentem os cursos de formação.
No entanto, o que se nota, principalmente nesse momento, é que essa formação de professores não tem acompanhado o avanço tanto tecnológico quanto do nível de compreensão sobre as questões da informática na educação que dispomos hoje. Isso tem acontecido, em parte, porque as mudanças pedagógicas são bastante difíceis de serem assimiladas e implantadas nas escolas. A outra dificuldade é apresentada pela velocidade das mudanças da informática, criando uma ampla gama de possibilidades de usos do computador, exigindo muito mais dessa formação do professor, o que acaba paralisando-o.
"São os saberes do vivido que trazidos por ambos . alunos e professores . se confrontam com outros saberes, historicamente sistematizados e denominados "conhecimentos" que dialogam em sala de aula" (Geraldi, 1997, p. 21).
A utilização de recursos tecnológicos no ambiente escolar deve ocorrer de forma contextualizada através do desenvolvimento de projetos.
Com o uso das TICs é possível romper com os muros da escola e interagir com outros espaços produtores de conhecimento, transformando a todos em uma sociedade de aprendizagens.
Nesse processo, o professor é o consultor, articulador, mediador e orientador do desenvolvimento do aluno. A criação de um clima de confiança, de respeito às diferenças e de reciprocidade encoraja o aluno a reconhecer seus conflitos e a descobrir a potencialidade de aprender a partir dos próprios erros. Da mesma forma, o professor não terá inibições em reconhecer suas limitações e em buscar sua depuração, numa atitude de parceria e humildade diante do conhecimento que caracteriza a postura interdisciplinar (Fazenda, 1994).
Muitas são as possibilidades de uso das TIC de forma inovadora e criativa, tanto por parte do aluno, quanto do professor. Há uma gama de recursos que podem auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, como por exemplo:
World Wide Web: O WWW é considerado uma biblioteca virtual e um ótimo recurso para a sala de aula;
Wiki: é uma ferramenta de escrita colaborativa que incentiva a interação social, partilha de informações e construção e socialização do conhecimento.
Listas de discussão e fóruns: servem para debate e discussão de temas ou assuntos comuns, compartilhando os interesses;
Webquest: atividade investigativa utilizando a internet que garante ao discente o acesso à informação autêntica e atualizada de forma colaborativa e ao educador oportunidade de modernizar os modos de fazer a educação;
Blog: Serve para registro de pesquisas individuais ou registro dos conhecimentos de um grupo, bem como de espaço para discussão e reflexão de alunos auxiliando-os na construção do conhecimento de forma autônoma e colaborativa;
E-mail: usado para o envio de mensagens, troca de informações e experiências entre professores, alunos e ambos.
Hot Potatoes: formado por cinco ferramentas que possibilitam exercícios como: completar lacunas, atividades para respostas curtas, palavras cruzadas, ordenar frases, associação entre colunas. É gratuito para fins educativos;
Videoconferência: permite integração de pessoas geograficamente distantes, através do recurso audiovisual. É muito utilizada no estudo a distância;
Chat: permite a troca de informações e debates específicos pela Internet, em tempo real através das salas de bate papo.
HQ: A história em quadrinhos é mais um recurso que pode ser construído utilizando a tecnologia, servindo de atrativo para o desenvolvimento das atividades propostas.
Além dos recursos citados acima o educador ainda pode propor a produção de vídeos e jornais, criação de rádios educativas, mapas conceituais, usar jogos de simulação, etc.
Portanto, se a escola puder se reinventar e tornar-se um ambiente de aprendizagem em que a tarefa de discutir, analisar, avaliar e aplicar não é papel apenas do professor, mas de um grupo, onde cada um se alterna no papel de professor e aluno, estará apta para satisfazer a maior parte das necessidades de aprendizagem das pessoas. Mais do que educar para a tecnologia, nossa tarefa hoje deve ser a de educar com a tecnologia.
Referência Bibliografica:
Disponível em: http://www.slideshare.net/marise/marise-brandao. Acesso em 03/11/2009.
Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2001/tec/tec0.htm. Acesso em 04/11/2009.
Disponível em: http://chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/tecned2.htm. Acesso em 04/11/2009.
Disponível em: http://webquest.sp.senac.br/textos/oque . Acesso em 05/11/2009.
Disponível em: http://formacao.atwebpages.com/6_2_1_Os_recursos_da_Internet.htm . Acesso em 05/11/2009.
Disponível em: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=17 . Acesso em 05/11/2009.
Disponível em: http://webeduc.mec.gov.br/webquest/index.php Acesso em 05/11/2009.
Disponível em: http://formacao.atwebpages.com/6_2_1_Os_recursos_da_Internet.htm Acesso em 05/11/2009.
Autor: Edna Alves
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