O Amor





O amor

O amor é como a poesia

Não precisa ter sentido

e sim ser sentido

não precisa ser verdade

mas precisa comover

não precisa dizer nada

mas ser dito tudo

Não precisa de um só

e sim do mundo

não precisa de beleza

e sim de essência

não precisa de caminho

só de objetivo

Não precisa de adjetivos e nem arabescos

apenas ser amor

amor não precisa ser recíproco

apenas compreendido

e sentido

e usado

até se esgotar

pois amor se esgota

Amor para mim é como uma garrafa cheia de vinho

Começa com o tirar da rolha

com a dificuldade

com a ansiedade

saber que gosto tem

A gente se entorpece

e ocupa no lugar do vinho, ar

Que é como admiração e amizade,

ou nada...

Com o vinho a gente ri

chora

goza

brinca

até se esgotar

Quando chega perto do fim

a gente bebe bem devagarinho

e delicia pois sabe que nunca mais aquela garrafa

nunca mais...

Aí, quando o vinho acaba

Você vê se está bêbado para sair

e procurar outro,

se estiver... espere um pouco

Quando o vinho é forte

você bebe muito pouco dele, senão morre

aí sim ele dura muito tempo

Mas não interessa de que safra ou preço

amor é sempre vinho

e vinho é sempre amor

elas sempre me entregavam de bandeja o próprio

e não exigiam o meu

apenas me deixavam bebê-las

assim era fácil

vinho fácil de beber é maravilhoso

mas acaba tão rápido

o que eu te falei que o barato é esconder

e tomar o dos outros.

Amar é viver! E Beber da vida do amor, até o fim!


Autor: Daniel Lellis Siqueira


Artigos Relacionados


O Chão

O Meu Tal Amor

Grande Índio

Notas De Vinho. Tirar Ou Não?

Insano Desejo

Um Contexto Para A Literatura Imparcialista

Amor Não Correspondido