Outras histórias que me lembro - oitava história
Me divirto com as histórias contadas pela minha mãe, pena que eu não me lembre de todos os detalhes. Lembro daquela em que uma das irmãs dela confundiu jacaré com um lagarto. O bicho estava dormindo em uma valeta e sem se dar conta do que era, o acerta com um porrete sem ter noção do perigo que corria, não sabia o que ere, nunca tinha visto um jacaré, só achava que era um lagarto meio grande. Quando chegou em casa e falou para os irmão que tinha acertado um lagarto no caminho de casa. Os curiosos foram ver o que era e foi então que um dos meninos reconheceu ser um jacaré, só então descobriu o perigo.
E tem aquela outra de outra irmã que deslocou o braço numa brincadeira com as irmãs e com medo da bronca não contaram pra ninguém e a pobre passou o resto da vida com o ombro se deslocando a toa.
E da coitada da primeira galinha que minha avó mandou minha mãe preparar com apenas nove anos. Por ser criança não tinha força para destroncar o pescoço da galinha que sofreu muito com as puxadas de pescoço que recebia, a pobre se não virasse canja com certeza sofreria um baita torcicolo. Não bastastando o sofrimento de meia hora com os puxões e torcidas, minha mãe satisfeita, achando que já tinha dado cabo da vida da infeliz, que nessa altura já tinha ''desmaiado'', achou que já era hora de colocar ela na água fervente para tirar as penas. Pobre da criatura, a sem sorte ainda estava viva e saiu pulando pra fora da panela, toda escaldada. Minha mãe era o terror das penosas e o engraçado é que, mesmo minha mãe sendo a única em casa que "executava" as coitadas também era em quem as mesmas mais confiavam.
Tem a história do meu tio quando pequeno achou uma nota de reis e não sabia o quanto valia, juntou-se com a minha mãe e os dois cabeçudos foram ao armazém comprar tudo de banana. Só que a nota valia muito e receberam mais de um cacho. Comeram tantas que chegaram a estufar, acabaram deixando mais da metade largada no meio do caminho, não queriam levar pra casa, pois corriam o risco de apanhar e nem podiam falar que estavam passando mal pelo mesmo motivo: VARINHA.
Autor: Márcia Ferreira Marques
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