A ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE



A ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE

A economia é uma ciência que, basicamente, trata da produção de bens e serviços, e de sua apropriação. O tamanho da economia, de forma simplificada, é o numero de sacos de arroz e de automóveis produzidos de quilowatts gerados, minutos de conversão telefônica realizados e os demais bens e serviços. Portanto ela lida com grandezas físicas. A cada uma dessas grandezas econômicas se atribui uma determinada quantidade de moeda. Esse correspondente valor em dinheiro se tornou necessário para que as pessoas pudessem efetuar trocas de seu tempo de trabalho com uma infinidade de bens e serviços, o que seria impossível sem esse denominador comum.
A gestão ambiental necessita de uma economia ambiental, cuja principal grandeza são os recursos naturais. Os elementos da natureza transformam-se em recursos naturais, dependendo da forma com que o homem se relaciona economicamente com o ambiente. A matéria e a energia existentes no ambiente passam a ser recurso quando tem utilidade para os homens.
Os recursos naturais são classificados em renováveis e não renováveis. Os renováveis se reproduzem no tempo, seja pela natureza seja pelo trabalho humano. Para os não renováveis, uma vez consumidos, será impossível, economicamente, voltarem à situação anterior. Dentre os combustíveis, o álcool é renovável e o petróleo é não renovável. Atribuir valores a bens naturais tem sido um desafio para os economistas. Alguns princípios e modelos foram desenvolvidos e estão sendo testados. Entre eles temos: a) O poluidor-pagador é um princípio que taxa os poluidores, proporcionalmente à poluição que gerarem, para estimular-mos a reduzi lá. b) O modelo disposição a pagar e disposição a receber. O primeiro se baseia no conserto de quantos se está disposto a pagar para não perder um recurso natural e o segundo qual a indenização que se quer receber pela perda do recurso. c) Títulos de poluição ambiental estão sendo usados nos Estados Unidos. O governador emite títulos equivalentes ao limite da capacidade de poluição de uma certa área. As empresas que poluem tem que comprar esses títulos, em bolsa, para poluírem uma determinada quantidade. Se melhorarem o processo e reduzirem a poluição poderão vender em bolsa títulos equivalentes à redução de poluição conseguida.
O crescimento da população está se fazendo cada vez mais rapidamente, com o aumento da natalidade e expectativa de vida. A apropriação crescente dos recursos naturais não renováveis, está impactando fortemente o meio ambiente e a humanidade está perdendo a batalha para substituir esses recursos por outros renováveis e de combater as poluições que crescem.
A situação tende naturalmente a piorar porque a população da terra, partindo de 2 bilhões, levou 30 anos para atingir 3 bilhões, 15 anos para 4 bilhões,11 anos para 5 bilhões e 9 anos para 6 bilhões, no ano 2000. Em 2040 a terra terá 9 bilhões de habitantes. Se não for alterado o comportamento do homem em relação ao meio ambiente, os recursos naturais que hoje asseguram produção mais barata estarão consumidos e a poluição estará aumentada. Os investimentos para crescer economicamente e para produzir alimentos terão de ser cada vez maiores e levarão o mundo a uma crise.
Faz-se indispensável tornar o desenvolvimento sustentável, ou seja, garantir que ele atenda às necessidades humanas no presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem as suas.
Há um século que se fala na economia do bem-estar que objetiva a locação eficiente de recursos por uma sociedade. Como os recursos são escassos é necessário otimizar sua aplicação para que o balanço seja positivo, isto é que sempre haja saldo positivo entre o acréscimo do bem-estar de algumas pessoas e a redução do de outras.
Mas, a nosso ver, com o crescimento da população, será inexorável o aumento do uso dos recursos naturais, como as florestas, porque o homem precisará de espaço para viver e área para plantar.
Dez mil pesquisadores de 181 países analisaram as condições de 17 mil reservas naturais. O estudo foi realizado pelas ONG "União Mundial para a natureza", em 2001. Os cientistas disseram que um dos maiores desafios do século será encontrar uma forma de atender às necessidades da população e preservar a biodiversidade. Se o ritmo atual de devastação continuar, 25% das espécies de plantas e animais e metade das florestas poderão estar extintas ou seriamente ameaçadas em 50 anos. Os cientistas propuseram que a agricultura e a preservação do meio ambiente sejam unidas sob uma só bandeira, a da ecoagricultura.
Não há como impedir que a sociedade, com o tempo, vá se transformando e mudando sua maneira de viver. O importante e ter uma formula para que a preservação do meio ambiente não perca, no geral, qualquer que seja essa transformação. Ninguém odeia a natureza. O problema se situa no plano econômico- financeiro e cremos que ai deva ser travada a luta pela preservação e conservação do meio ambiente e dos recursos naturais.
Seria feito um balanço anual da degradação ambiental que não poderia aumentar e se quantificaria, criteriosamente, em dinheiro o custo de reposição de qualquer prejuízo ao meio ambiente. O causador da degradação deveria ser penalizado com a compra de um titulo de um fundo que utilizaria o recurso para compensar esse prejuízo, incrementando projetos que reponham os ativos ambientes, mesmo que de outra natureza. Dessa forma, o balanço anual global não apresentaria prejuízo ambiental.


Autor: Alexsande Franco


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