A Multidão... Não Julga!



(Caso... Isabella)

Recentemente, uma pessoa emitiu uma opinião em um dos meus textos, dizendo, mais ou menos, o seguinte:
“Pessoas ricas, quando cometem um crime bárbaro, fazem de tudo para dificultarem a elucidação dos fatos que os apontariam como autores! Ocasião em que, as pessoas de classes inferiores, devem ir para as ruas se manifestando contra Elas, o que evitará que tudo acabe sem os seus indiciamentos e, ou, condenações judiciais!”

Discordo, plenamente, dessa opinião! Pelas razões a seguir:

— Num aglomeramento de pessoas de várias classes sociais, abaixo da principal, onde, se reúnem vários tipos humanos, uns esclarecidos e, a maioria esmagadora, carente do saber... Apreendendo do ético e da justiça ilibada! A somatória das suas tomadas de posições e decisões as iguala a uma criança de poucos anos de idade, portanto, sem estribo para galgarem os degraus da sapiência e da legalidade do que pedem... Protestando!
— Longe de querer comparar suspeitos de homicídios e, outros crimes bárbaros com o Mestre Jesus Cristo, foi um análogo aglomeramento de pessoas... Impessoais, que preferiram Barrabás, condenando o inocente Jesus ao suplício e morte na Cruz!
O emissor do recado me enviado, se precipitou ao dizer que o povo, reunido, deveria tomar às rédeas, julgando, sem defesa, os Suspeitos de um crime bárbaro, para os seus suspeitos não virem a ser absolvidos com artimanhas ou, amparados pelos seus saberes didáticos e/ou, monetário, pois, de entremeio das Pericias e investigações não pode haver interferência popular, embora sem a prática de dolo, em razão de o inquérito resultante ser uma mera peça informativa que, só terá validade, após a denúncia firmada pela Promotoria, na fase judicial que, pode ser, ou não, aceita pelo MM. Juiz de Direito do feito.

Em todos os vários textos que criei e difundi para mais de 15 Sites, inclusive, para a minha associação (Aespol) e Ouvidoria de Polícia do meu Estado (MG), alusivo ao covarde assassinato da menina ISABELLA NARDONI, Nunca procurei defender os pai e a madastra Dela, primeiro, por não ser advogado e, segundo, por desejar, tão somente, que a verdade, clara e insofismável, venha a surgir, com ampla defesa para quem for apontado, como autor ou, autores, para que haja a Denúncia do Promotor, porém, como estou, por enquanto, “remando contra a maré popular” tendo que ouvir comentários desairosos e precipitados de várias pessoas, inclusive me chamando de “Maconheiro”, os quais, não comungam com as minhas idéias e, na certa, fazem parte da Multidão contrária que emitem as suas opiniões pelas ruas, tendo, em suas atitudes, a idade mental de poucos anos de vida, Crianças mesmo!

Não devemos fazer dos crimes bárbaros uma disputa entre classes sociais ou, profissionais, em razão dos autores, com os atos praticados em público ou, às escondidas, o que os faz pertencerem a nenhuma das classes, a não ser, a dos assassinos a caminho das Penitenciárias!

Não irei mais me manifestar a respeito do Caso Isabella, primeiro, em razão dela estar no Céu e, segundo, por preferir esperar o desenvolver das investigações, confissões dos autores, com direito a ampla defesa e, a denúncia conseqüente da Promotoria Pública, como vestíbulo do Julgamento dos “animais em pele de gente” que mataram a indefesa Daniella.

Sebastião Antônio BARACHO.
[email protected]


Autor: Sebastião Antônio Baracho


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