Opinião Pública



Acho que o caso Isabella não esteja dentro de um enfoque por assim dizer pessimista quando por alguns abordado. O caso é que a imprensa - ao se apossar da opinião pública - monopoliza fatos sensíveis como fatalidades e catástrofes - o que justifica o motivo de tanta comoção que tomou cunho da situação hoje vivida. No entanto, da opinião de que a imprensa se apossou da ‘dor alheia’ não é de se esperar outro andamento nos acontecimentos deste caso. Comento a opinião de Sanguinetti, Prof de Medicina Legal - o mesmo do caso PC Farias – que contradiz o laudo do corpo da menina Isabella dizendo que há contradições relevantes não apuradas pelos legistas, tais como: o hematoma encontrado no lado direito do pescoço da vítima não caracteriza esganadura pela existência de lesões profundas no lado esquerdo o que caracteriza uma consequência da queda do 6° andar, o que contradiz as informações dos laudos – fato que, por força da imprensa e a ausência de poder, atribuiu a culpa aos envolvidos. Fala, ainda, que há questionamentos sobre o gotejamento de sangue encontrado do carro até o local do crime, pois afirma a não existência de ferimento até o momento em que a vítima estava dentro do apartamento. Complementa dizendo que há dúvidas sobre de qual ferimento é proveniente o sangramento, pois, o único ferimento registrado no laudo é um de 4 milímetros na cabeça da vítima e que nela houve apenas fraturas devido a queda. Comenta também que a perícia não sinalizou o local da queda do corpo, relembrando, neste ponto, o princípio da presunção de defesa, dizendo que a primeira atitude do acusado, quando se tratando da queda de sua filha, seria ir até o local, no caso, até a rede perfurada, tentar a qualquer custo investigar o acontecido e, que de tal fato não há indícios e sim, apenas vestígios. Finaliza dizendo que de sua análise ainda existem outros pontos a serem apresentados. Aguardemos os acontecimentos e o procedimento da imprensa ao ponto de percebermos o quando a opinião pública pode ser ‘influenciada’ e ‘manipulada’.


Autor: Adalberto Borges de Carvalho


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