A ACEITAÇÃO DA SURDEZ POR PARTE DE PAIS OUVINTES
Este trabalho tem um enfoque pedagógico objetivando, de tal maneira, fornecer subsídios àqueles que almejam saber mais sobre essa questão e o que for relevante à educação de alunos Surdos, no sentido de desmistificar a suposta deficiência do aluno portador de necessidades especiais.
Para efetivar o presente estudo, centrou-se na Universidade Vale Estadual Vale do Acaraú abrangendo alguns pólos de extensão da mesma IES nesta cidade de Belém. A clientela alvo da pesquisa foi composta por alunos e ex-alunos Surdos e ouvintes dos vários cursos ofertados por essa IES, assim como, todo o corpo que constitui a coordenação de Inclusão, professores e pais de alunos Surdos.
Fez-se um levantamento bibliográfico, com autores que discutem o tema, como, BUSCAGLIA (1993), MARCHESI (1995), ARIÉS (1991), entre outros que abordam o assunto, considerando as condições objetivas e subjetivas presentes no momento de reestruturação de idéias e as visões educacionais sobre a surdez dos atores sociais envolvidos no processo educacional.
Nesse sentido, no presente trabalho, analisou-se a pesquisa de campo de cunho analítico descritivo, tendo por objetivo identificar as questões pertinentes ao paradigma da Educação de Surdos por meio de questionário contendo perguntas abertas e fechadas dirigidas ao corpo técnico, docente e discente ouvintes e surdos e pais de alunos Surdos. Logo se verificou que os discentes surdos envolvidos nesta pesquisa apresentam particularidades na aprendizagem, ou seja, dificuldades relacionadas à abstração dos conteúdos pela falta de domínio da Língua de Sinais e da Língua portuguesa, inclusive percebeu-se que alunos surdos e ouvintes têm dificuldades em interagir dado o problema de comunicação, o que vem a contribuir na dificuldade no processo de ensino-aprendizagem do aluno surdo.
Neste contexto, o presente estudo foi dividido em três Capítulos: No primeiro Capítulo abordou-se o Surdo e seu processo instrutivo dentro e fora do contexto familiar e educacional, enfatizando as concepções sobre ele, assim como a sua identidade e os aspectos históricos de sua educação, as políticas que regulamentam sua formação. No segundo Capítulo analisou-se os dados coletados e abordou-se, a título de informação, uma breve estatística de alunos Surdos já formados pela Universidade Estadual Vale do Acaraú e um relato de experiência da Coordenadora do Setor de Inclusão (SINC), como primeira Intérprete desta Universidade.
O terceiro Capítulo está composto por uma conclusão no sentido de intervir diante dessa temática, visando o pleno desenvolvimento do aluno surdo no que diz respeito ao contexto sócio-educacional e familiar.
Autor: Rosa Maria Rodrigues Diniz
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