SÓBRIOS



SOBRIOS

Quero me rir dos idiotas
Que vive a vida em compotas.
Sóbrios em sua hipocrisia.
Quero rir-me de quem de mim se ria.

Vejo muros pixados.
Por olhos vazios.
Outros muros mijados
Por bêbados sem tribos.

Corpos franzinos estirados
Nas calçadas das cidades.
Por ânsias de coisas absolutamente cruéis.
Da liberdade é preza o liberto.

O que vive é pesadelo
Os pais destes meninos.
Enquanto driblam, nas peladas.
A vida de pesadelos.

Hão de ser um dia
Livres. Pela liberdade da cria.

Neste verso já não rio.
E nem o devo.
Seria hipocrisia se condeno.
A hipocrisia dos sóbrios.

A liberdade custa caro.
Sou mais a democracia,
Que ainda não é plena.
Mas que a Pátria rege.
Entre os capítulos das novelas.

Autor: Luiz Carlos Da Costa


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