O NATAL CRISTÃO TEM ORIGEM PAGÃ
A origem do Natal é muito fácil de constatar. O 25 de dezembro sempre foi uma data tradicionalmente especial, porém, meramente simbólica, comemorado universalmente a milênios antes da Era Cristã (aEC) por vários povos do velho mundo. Na politeísta Roma Antiga, o Natal fazia parte dos festejos das tradicionais religiões pagãs romana, também comemoradas em torno do Solstício de Inverno, com efeito, A Festa da Saturnália que homenageava O Deus Saturno protetor da agricultura, festejado entre 17 e 23 de dezembro, nesta festa havia troca de presentes; a outra grande tradicional festa, O NATALIS SOLIS INVICTI, celebrado com muita solenidade no dia 25 de dezembro homenageava o SOL, o Deus maior, o mantenedor da vida na terra.
No século I aEC foi introduzido no Império romano, através de seus guerreiros um forte deus adorado pelos persas, povo nômade que, desde 4000aEC já cultuava um deus-touro chamado MITRA, símbolo da força, do poder e da masculinidade. Um dos deuses da intrincada teia formada a partir de Nemrod (primitivo deus babilônico, filho da Deusa Semíramis). Em Roma, Mitra ficou conhecido como o poderoso deus da luta e protetor dos soldados. Não por coincidência, o nascimento do Deus Mitra, assim como os de tantos outros deuses solar, também era comemorado no sagrado dia 25 de dezembro. O culto a Mitra tornou-se fortimente popular em Roma. A medida que o tempo passava o deus importado confundia-se e, cada vez mais, se fundia ao Deus SOL, ao ponto de suplantá-lo. No passo que, por volta do século III EC, a tradicional celebração do Nascimento do Sol Invencível, agora, realizava-se em honra ao Deus Mitra; o qual, aos olhos do povo, tornara-se o criador da luz, sendo simbolizado pelo próprio Sol. Assim, no ano 274EC o Imperador Aureliano instituiu o mais importante Feriado no Calendário Civil romano, da época, oficializando o 25 de dezembro, O NATAL de MITRA. Assim, na parte do hemisfério norte que dominava a terra, a meia-noite do dia 24 para 25 de dezembro, uma das madrugadas mais longa e fria do ano, as cidades enfeitadas e iluminadas, a população adepta de Roma reunia-se para celebração do culto ao Deus Mitra, fazendo preces e oferendas, rogava peloretorno da luz e calordo sol.
No ano de 313EC, devido ao crescente número de adeptos (mais de 15% da população) da ilegal e perseguida Religião Cristã romana, o Imperador Constantino I, visando interesses políticos, assinou o Edito de Milão, pondo fim à proibição ao seu culto; declarou o Cristianismo mais uma das religiões oficiais do seu Império politeísta.
Diante vertiginoso crescimento do Cristianismo no decorrer dos anos e, a consequente contínua prevalência dos sacerdotes dirigentes da mais nova Igreja romana, estes, a exemplo dos Judeus, aspiravam o monoteismo. Assim, planejaram acabar com as seculares Celebrações de Inverno dos Cultos romano, mas, devido a grande oposição popular, enfrentaram imensa dificuldade. Dai então, surgiu a idéia de substituir as tais Celebrações de Inverno por outra grande festa, agora Cristã. Assim, por simples imposição do, então já bastante fortalecido religiosamente, Papa Julius I (337-352), no ano 350EC foi decretado O NATAL DO MENINO JESUS, também pretensiosamente incorporado na mesma data do nascimento de Mitra, o 25 DE DEZEMBRO, dia considerado sagrado, não só pelos romanos, desde tempos imemoriais.
No ano de 525EC, o CRISTIANISMO já como a única religião oficial de Roma (monoteísmo consolidado), o poderoso Papa João I (papado-523/526EC) ao fundar o calendário cristão, instituiu a Era Cristã; confirmou e introduziu no recém-criado Calendário o 25 DE DEZEMBRO, oficializando definitivamente o NATAL Cristão. Proibindo acontecimentos paralelos, relegou definitivamente ao fim as pretensas diferentes datas natalinas do Cristo: 06 de janeiro, 28 de março e 19 de abril, tradicionalmente comemoradas por populações cristãs de diferentes regiões do Império romano.
Atualizado em 18/11/12 - Marbrasil
Autor: Marcos Brasiliano
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