POR QUE SERÁ QUE EU ESCREVO?



POR QUE SERÁ QUE EU ESCREVO?

Até a adolescência, e mesmo na fase adulta, eu sempre quis ser aceito socialmente. Eu fazia o que achava que as pessoas esperavam de mim, talvez seja por isso que tantas vezes tenha sido avaliado como "leal" pelos trabalhos que passei.

Porém, por vaidade intelectual, passei a querer admiração. E a internet foi o instrumento que faltava. Ali eu defenderia minhas idéias, ali era a minha tribuna. E-mails em profusão, website, twitter, facebook, webartigosos, blogs, páginas de discussão, dois livros publicados, mais a colaboração em um outro ? já escrevi o suficiente para colecionar 3.300 resultados na pesquisa Google pelo meu nome: "marcelo c p diniz".

E pra que serviu todo esse esforço? Dinheiro, diretamente, não rendeu. Se serviu para me dar um certo status que gerou clientes de consultoria, pode ser, mas ninguém disse que foi por isso. De tudo por tudo que já escrevi até agora, fora das agências de publicidade, só ficaram claros uns poucos retornos positivos:
- o livro Crônicas de Um Bipolar recebeu muitos elogios e até agradecimentos;
- o blog do mesmo nome também recebe. Acho que essas duas obras serviram para ajudar alguns bipolares a conhecerem melhor as suas potencialidades;
- os artigos "A favela é formal ou informal" e "A desigualdade social e a estética das classes A e B" já passaram de 3.500 leitores. Acho, não tenho certeza, que algumas pessoas fizeram estudos com eles.

É o que eu posso dizer. Plantar cinco filhos, um flamboyant e dois livros neste mundo, para o ego não foi nada mal. Mas ainda não foi o suficiente...

Autor: Marcelo Diniz


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