Yes, nós podemos!



A baixa estima do nosso povo tem um componente histórico que não vale a pena aprofundar agora. De qualquer forma, isso precisa mudar.
No último dia 31estive em São Paulo e para fechar o ano de 2010 completei a minha 6º Corrida de São Silvestre. O vencedor depois de 04 anos foi um brasileiro, Marilson Gomes dos Santos.
Foi sua terceira vitória nesta prova, feito inédito até então para um brasileiro.
Este sujeito simples nasceu em Brasília, mas tem origem nordestina. Entre tantas conquistas, ele é BI CAMPEÃO da Maratona de Nova Iorque, batendo nestas ocasiões os tão temidos corredores africanos. Além disso, ele é recordista sul americano dos 5000, 10000 e Meia Maratona. Enfim, é um grande atleta e está em grande forma.

Fiz este relato para dizer que após a prova li e ouvi comentários de alguns jornalistas brasileiros sobre um possível baixo nível da prova, o que teria facilitado a vida do brasileiro.
Primeiro faltou informação e conhecimento sobre o esporte. Depois, fica mais uma vez evidente o nosso complexo de vira-lata, usando a expressão do dramaturgo carioca Nelson Rodrigues, para quando somos realmente bons. A prova foi de alto nível, os africanos presentes são fortes e tem excelentes resultados. O terceiro colocado, por exemplo, também buscava sua terceira vitória na prova. Marilson ganhou porque é um dos maiores do mundo hoje, sem dúvida. E é brasileiro. Exemplos como ele, temos no esporte e em vários outros setores.

Precisamos disseminar sentimentos que elevem a nossa alta estima como povo e nação. Afinal, somos aquilo que acreditamos. Chega de acharmos que representamos o que há de pior no planeta ou que somos inferiores a outros povos.
Nosso país ainda tem muitos problemas, alguns críticos como saúde, educação e segurança. Isso precisar mudar. Ainda somos jovens e precisamos acreditar na nossa capacidade de criar e de transformar nosso país em uma nação mais justa, desenvolvida e fraterna. Os ingredientes já temos em mãos, sendo nós mesmos os mais valorosos.
Tenho contatos freqüentes no exterior, e não aceito nas conversas que tenho frases preconceituosas de que aqui só temos samba, futebol e mulatas. Sou de fato porta voz das outras riquezas e qualidades da nossa terra.

Passamos neste momento pelo chamado bônus demográfico. Isso significa dizer que a maior parcela de nosso povo está na faixa da chamada população economicamente ativa. Portanto, momento de mais produção, desenvolvimento e riqueza. Assim, não podemos desperdiçar esta oportunidade. A hora é agora, até porque em 30 anos teremos uma situação oposta, ou seja, uma nação predominantemente mais envelhecida. Temos que construir agora as bases para sustentar este cenário futuro.

Independente de governo, partido ou ideologia precisamos acreditar e fazer a nossa parte. A responsabilidade é de todos, nossa e dos poderes em todas as suas esferas.
Uma grande nação surge do trabalho, do envolvimento e da crença de seu povo. Somos miscigenados, como poucas nações no mundo, e, portanto ricos por conta desta mistura. Além disso, de maneira geral somos tolerantes e solidários. Sim, nós podemos.

Que sejamos intolerantes com a corrupção, com a injustiça e com tantos outros males que ainda nos afligem.
Porém, vamos acreditar e valorizar mais o nosso país.

Um ótimo 2011.

Sérgio Freitas
Autor: Sérgio Freitas


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