O Rato Farsante



Hoje estou aqui para desvendar e desmascarar uma das maiores farsas do mundo dos jograis. Preparem-se pois são fatos muito fortes que podem mudar o destino das brincadeiras infantis. Eu não suporto mentiras históricas e por isso vou acabar com esta lorota textual. Bom, chega de enrolação e vamos lá.


Quem é que nunca ouviu a frase: "O rato roeu a roupa do Rei de Roma"? Sim, meus caros. Essa frase é uma farsa sem tamanho. São 5 mentiras escondidas em uma simples e singela brincadeira. A grande verdade é que distorceram significativamente os fatos para que a sentença ficasse divertida e que pessoas desprovidas de coordenação vocal se enrolassem na pronúncia. Tudo bonitinho, fofinho e cut-cut, mas chega! Vamos dar um basta em meias-verdades. Preparem-se para o que vocês lerão a seguir. São as 5 falsidades linguísticas escondidas nesta pegadinha gramatical brasileira.


1 – O rato – Começa por aí a farsa. A grande verdade é que não tratava-se de um rato e, sim, uma capivara-anã da região do Mar Morto. Essas capivaras tinham um aspecto que se assemelhava aos ratos, mas não eram ratos. Cientistas acreditam que elas adquiriram essa característica por bebericar a água do Mar Morto, que possue alto grau de sanilização, impedindo que seus ossos cresçam e, assim, impedindo que as capivaras se desenvolvam. A diferença das capivaras-anãs para os ratos são basicamente as orelhas pontudas em forma de lança medieval e uma deformação na pata traseira esquerda que as impedem de andar em terrenos áridos próximos à minas de bauxita e manganês do sul da Tailândia.


2 – Roeu – Balela! A capivara encontrada na Itália naquela fatídica noite não poderia roer por um motivo simples: Ela acabara de tratar o canal em seus dentes e só podia alimentar-se de sopa de creme de mandioca não muito quente, pois sua dentição ainda estava sensível ao calor. A perícia constatou, analisando a saliva e mandíbula que provavelmente a capivara-anã estava somente limpando a boca após degustar sua sopinha antes de dormir.


3 – a roupa – No século XVI, a nobreza italiana tinha uma particularidade curiosa. Era hábito praticar o nudismo dentro dos imensos castelos. Era uma forma de homenagear os eremitas do século X que, desnudos, queriam desprender-se do lado material e enaltecer a carne e a alma. Eles acreditavam que assim os deuses reservariam um nobre lugar no céu para eles. A nobreza adaptou esta tradição e, por causa do frio europeu, vestiam-se somente com um sobretudo de plástico transparente.


4 – do Rei – Essa é a pior parte da história. Muitas mortes aconteceram por isso. Milhares de ratos foram cruelmente assassinados, por ordem do Rei Romanus Amor ao Contrárius (amor ao contrário - AMOR – ROMA. Hein? Hein?), que acusou roedorezinhos de abocanharem sua roupa. Séculos passaram-se e especialistas descobriram que o rato que não era rato não roeu, e sim limpou, a roupa que era um sobretudo do primeiro-ministro de relações exteiores e não do Rei. Um engano que foi abafado pela nobreza para evitar um escândalo.


5 – de Roma – Outro ledo engano. Os monarcas daquela época estavam impedidos de morarem na capital. A igreja acusava que os grandes castelos despertavam o interesse de corsários e piratas e isso poderia provocar rebeliões e saques de jóias reais, causando desordem na cidade. Como os sacerdotes pentecostais italianos mandavam no país, decidiram transferir os palacetes reais para o Vilarejo de Mamma Mia Maledeto Berdinazzi Farabuto.


Assim, a verdadeira frase é esta: "A capivara-anã limpou a boca no sobretudo de plástico transparente do primeiro-ministro das relações exteriores do Vilarejo de Mamma Mia Maledeto Berdinazzi Farabuto."



Autor: Mauro Teixeira


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