ORIENTAÇÕES A NÍVEL ESSENCIAL PARA O ARMAZENAMENTO DO CIMENTO PORTLAND NA CONSTRUÇÃO CIVIL, DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE QUALIDADE
O sistema de gestão da qualidade baseia-se em um processo sistemático, visando um padrão aceitável por quem utilizará um produto dentro das medidas adotadas na fabricação de produto, como o cimento por exemplo.
Nesse artigo serão apresentadas medidas essenciais para o armazenamento do cimento, objetivando um padrão para manter a qualidade do produto. A etapa da estocagem representa uma singela fase de todo o processo para o desempenho ideal do cimento, porém que faz diferença quando executada de forma correta, evitando desperdícios de material e gerando economia.
Com base nisso, os procedimentos para o armazenamento do cimento são os seguintes:
Ø Evitar contato do cimento com a umidade é fundamental na hora da estocagem, logo o cimento deve ser posto sob um estrado de madeira (em superfície plana), com altura de 30 cm (0,30 m), com isso evita-se o contato com o solo que por sua vez, está propício a umidade;
Ø O cimento deve ser armazenado em pilhas. Essas pilhas devem estar afastadas 30 cm (0,30 m) da parede para também evitar a umidade, caso haja, e no máximo 50 cm (0,50 m) do teto, no caso é sempre bom verificar se não há goteiras quando o armazenado ficar próximo a tetos, uma solução aplicável é a de colocar lonas impermeabilizantes sobre a estocagem do produto em questão;
Ø O cimento não deve ficar exposto a altas temperaturas e a baixas temperaturas, isso pode afetar suas propriedades físico-químicas, diminuindo total ou parcial seu desempenho no momento de sua aplicação, de preferência sua estocagem deve ser em local seco e arejado;
Ø Caso o cimento chegue aquecido ao local de sua estocagem, é necessário formar pilhas menores com espaço para ventilação;
Ø Caso o local de armazenamento do cimento seja em área a céu aberto, utiliza-se a lona impermeabilizante;
Ø Como apresentado no item acima, o cimento deve ser armazenado em pilhas, e essas pilhas não devem ultrapassar 10 sacos de cimento, isso evita o excesso de carga sobre os sacos que se encontram iniciais da pilha formada na estocagem, além é claro de não alterar propriedades do material;
Ø Se o cimento for utilizado antes do décimo quinto dia após seu armazenamento, é aceitável pilhas com até 15 sacos, respeitando as medidas de afastamento das paredes, do teto e do solo;
Ø Como forma de organização, o responsável pelo armazenamento deve identificar cada tipo de cimento (quando chegou, tipo, fabricante, etc.) a partir de placas que fiquem visíveis a quem vai utilizar o produto;
Ø A estocagem deve ser realizada visando na utilização do cimento em ordem de recebimento, ou seja, de maneira a usar primeiro o cimento que se encontra a mais tempo no estoque;
Ø A atenção do responsável em relação aos padrões de organização da estocagem do cimento, é fundamental, para que não ocorra desperdício do material.
A organização no armazenamento do cimento deve seguir as regras básicas, porém existem fatores de região para região, no qual a metodologia aplicada merece uma atenção maior, por exemplo, no Brasil existem locais com elevadas temperaturas e outros com baixas temperaturas. Logo, as medidas a serem adotadas merecem maior atenção de acordo com as condições locais. Além disso, existem vários tipos de cimento e a atenção é no mínimo uma regra preventiva para evitar danos.
Por fim, medidas simples atendem ao bom funcionamento do cimento, com isso a desempenho do serviço é notório, e os maiores benefícios são direcionados a empresa por prestar um serviço com eficiência e ao cliente que receberá um serviço que possui controle de qualidade no processo de execução.
O autor deste artigo sintetizou o assunto apresentado a partir das referências citadas abaixo.
REFERÊNCIA PARA ENTENDIMENTO DO AUTOR:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia Básico de utilização do cimento Portland. 7.ed. São Paulo, 2002. 28p. (BT-106)
FORMOSO, Carlos Torres; SAURIN, Tarcísio Abreu. Planejamento de Canteiros de Obra e Gestão de Processos. Porto alegre: ANTAC, 2006. ? (Recomendações Técnicas HABITARE, V. 3)
MARSHAL JÚNIOR, Isnard. Gestão da Qualidade. 4.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
Autor: Jander Ramires Rodrigues Silva
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