O PAPEL DA RAZÃO PARA A MORAL
A moral, que para Descartes é a mais sublime e mais importante das ciências, ou o conjunto de costumes, é um ato racional, que nos leva a criar um espaço sem conflitos para exercermos a virtude, em Botelho (2010) é a união da ciência com verdade, ou seja, executar tudo que a razão aconselha e assim alcançar a verdade no caso da ciência, e no caso da moral, os melhores juízos possíveis pela verdade livre, a liberdade de escolha, ou o livre arbítrio.
A moral está ligada à liberdade de escolhas, as escolhas são mais facilmente acertadas se Deus influir nos pensamentos concedendo o conhecimento do que é bom e verdadeiro, porém em Descartes, se conhecêssemos claramente o que é bom e verdadeiro, nunca estaríamos em dúvida.
A moral deve ser dada pelo conhecimento da verdade em Descartes, a verdade é clara e distinta e isso se alcança através da dúvida, da análise, da síntese e da revisão, podemos concluir que, a moral em Descartes também é um processo matemático, onde se alcança a segurança de começarmos a nos tornarmos "mestres e possuidores da natureza" através de um resultado de processos matemáticos, e quanto maior forem os números de experiências, mais se tem conhecimento das coisas, do mundo ou das pessoas.
Referências
BOTELHO, Osmair Severino. Temas de história da filosofia II, unidades instrucionais referenciais, 2010.
DESCARTES, René. Discurso do método, Porto Alegre: L&PM, 2007
Autor: Frederico Fonseca Soares
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