Uma nova perspectiva: teoria da história no século XX




Uma nova perspectiva: teoria da história no século XX.
Carla Aparecida Lopes Silva

Resumo: o artigo presente tem como objetivo propor a discussão e reflexão sobre a compreensão da teoria da historia do século XX analisando as inovações no campo histórico trazidos pela Escola dos Analles e a critica ressaltada ao historicismo.

Palavras chaves: historicismo, inovações, Analles.

Ao partir da avaliação do que consiste de novo na teoria da história do século XX, deve se interpretar a priori a respeito da critica ressaltada aos historicistas realizada pelos Analles, sendo que esta se tem como base a prerrogativa de que os historicistas mesmo tentando se afastarem da filosofia da historia eles acabam fazendo com que a historia tome apenas um partido de analise, ou seja, que os historicistas fazem uma historia de eventos políticos, uma história fatual sem compreender os processos que desencadearam os eventos.
Os historicistas apenas produziram uma história política baseada em documentos oficializados, sendo assim construiu uma história que o Estado deseja que se conceda para a humanidade esse conhecimento, por isto torna se idéia construída a partir da visão do Estado, uma meta ? física. No entanto os Analles compreendem o importante papel desenvolvido pelos historicistas, sendo que estes abriram as portas para que os historiadores percebessem o valor do trabalho heurístico. Mas a pergunta que se faz é como pode se reconstruir a história sem faze - lá com viés unicamente político e meta ? física, e como fazer para superar a crise da descrença do conhecimento histórico, em razão da história dos Analles não conseguir prever?
A partir desta questão que o viés dos Analles propôs maior abrangência na questão de documentos, sendo que agora até mesmo um diário de uma donzela serviria como vestígio histórico, a qual a nova perspectiva coloca como interesse para a construção do processo do devir histórico uma classe que estava marginalizada os camponeses, ou seja, os pobres, esta perspectiva possibilita estudar o passado histórico de um ponto de vista diferente, não apenas se fechando para a visão de uma classe elitizada, assim abrangendo o conceito de documento ao qual não necessitava ser mais físico e o oficializado papel, abriu se as portas para a possibilidade de uma história oral, avaliando uma historia das mentalidades, buscando entender na sociedade o pensamento que é compartilhado por uma época, o imaginário para reconstruir o processo que encadeou o fato em si, outro ponto era buscar o auxilio interdisciplinar das ciências sociais como a geografia, sociologia, arqueologia, então o conceito de fonte passa a ser qualquer vestígio que possa se analisar e tornar viável para a reconstrução da historia total, mas quando se pensa na reconstrução de uma história total logo se critica então é filosofia da história, porém esse conceito de total não significa expor um sentido único (telos), para a história da humanidade, e sim significa para os Analles que através do auxilio e da amplitude de documentos juntamente com as ciências sociais possibilitará uma história que possa abarcar mais a realidade histórica da humanidade tanto em seu campo político, econômico, cultural e social, e neste sentido se torna mais amplo, total, buscando capitar as varias dimensões e os sentidos do devir histórico e superando a crise com sua capacidade de sempre estar em reconstrução e readaptação, pois a humanidade modifica e os métodos para analisa ? lá devem modificar para não se tornarem ineficientes e isto que propôs os Anallistas.
Os analles procura entender a temporalidade no sub ? extrato, pois busca atrás do fato que é a ponta para avaliar os processos que levaram á determinado evento, analisando que o fato em si tem uma curta duração, entretanto o processo que desencadeou o fato possui uma longa duração que aos poucos emergiu no evento em si instantâneo, propondo assim reconstruir a história avaliando o contexto histórico do período e reconstruí - lo de forma clara e verídica dando sentido e coesão aos fatos, sem produzir uma história de causa e efeito.
Com a ajuda das ciências auxiliares propõe que não se faça uma história economicista apenas factual que compreenda as mentalidades, uma história psico - social, porém quando se utiliza da psicologia deve - se lembrar que esta área da ciência mental que da apenas o diagnóstico particular do individuo e assim não se pode analisar uma sociedade complexa apenas por um individuo e delimitar as ações dos outros por este diagnóstico particular e transformá - lo em universal com isso se desenvolveu um outro aspecto que possibilita para a história o nexo entre a história factual, história sócio mental que passa a ser a antropologia histórica, ou seja, através da antropologia que se define como a disciplina que estuda a cultura de determina sociedade e que irá possibilitar compreender os eventos em suas estruturas tanto mentais e o pensamento compartilhado pelos indivíduos e correlacionando com os valores, símbolos e os significados que cada evento e seus processos estruturantes refletem na cultura da sociedade, e assim interpretando os códigos simbólicos, conceituando com o objetivo de reconstruir a história que compreenda os sentidos do processo histórico o evento e suas estruturas em sua historicidade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Lê Goff, Jacques, A historia nova. Sob a direção {Roger Chantier, Jacques Revil}.Tradução Eduardo Brandão. 5 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.pg 32-84.





Autor: Carla Aparecida Lopes Silva


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