A Crise no Egito e a Economia



Mais uma vez a história se repete. Pena que da primeira vez pela farsa e pela segunda pela tragédia.
O nível de liquidez no mercado internacional até este longo janeiro 2011 era enorme.
As moedas dos países em desenvolvimento como o Brasil se apreciavam. Os ativos reais como commodities e a bolsa de valores batiam recordes sobre recordes. Os preços dos ativos reais nos países emergentes disparavam.
A instabilidade monetária persistia sob as ondas de uma emissão quase irresponsável do governo americano para fazer frente à guerra cambial com a China.
Com isso, pressões inflacionárias se propagavam pelo planeta.
Tudo isto num contexto de alta instabilidade monetária e com problemas quase insolúveis na questão da dívida européia.
Mas mesmo assim os mercados foram testar seus limites.
Agora com a instabilidade política do Egito que ameaça contaminar parte do Oriente Médio parece que o mercado acordou e passou a ditar ordem de vendas maciças sobre as bolsas de mercadorias, futuros e de valores.
Mais uma crônica de uma morte anunciada.
Não acredito que a crise no Egito seja a razão para tudo isso, Mas uma boa desculpa para o senhor mercado fazer as correções necessárias sobre os preços dos ativos e purgar os exageros de todas as partes.
Em artigo anterior havia destacado que as condições prevalentes no mercado global no início de 2011 eram muito parecidas à crise de 2008. (vide artigo, 2011: uma nova crise?)
Para que o pânico não se estabeleça como em 2008 é necessária uma coordenação global para o enfrentamento da situação. Num mundo ainda lambendo as feridas da crise de 2008, urge que algo seja feito. E rapidamente!







Autor: Vitor Bellizia


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