O Meu Ciúme



 

Admito que dói em mim não poder ser o seu amor.

Confesso a dor de estar fora do seu destino.

E ver você sair sorrindo pros braços que não são meus.

 

Mas devo ser firme como o farol que acena da solidão ao mar.

Devo ser como a estátua de bronze ao pé da escada que não sente o perfume que o vento traz nem responde ao sol que aquece as tardes frias.

 

Admito. Dói muito mais do pude supor um dia!

Dói em mim que a sua alegria não seja eu.

Dói em mim saber que o perdi sem jamais tê-lo além do sonho pesado do pecado de bem-quer a quem não se pode ter.

 

E quando um dia tiver que responder a alguém sobre o amor, direi sem grande entusiasmo: - Não sei, nunca vi, jamais senti.

E na lembrança reviverei a dor que hoje dói em mim.

Autor: Nara Junqueira


Artigos Relacionados


País De Duas Faces

Saudades - Tempos Dourados

Solidão

Mulher ImaginÁria

DiÁrio De Um Depressivo

Brasil, Dilema De Um Povo Esquecido

Quem Sou Eu...quem és Tu ?!