Seria a preguiça e o acomodamento inimigos do conhecimento Filosófico?



Seria a preguiça e o acomodamento inimigos do conhecimento Filosófico?


Diante da ampla revolução tecnológica a maioria da população tem facilidades múltiplas no seu dia a dia. Ocasionando assim, a preguiça e o acomodamento de grande parte dos homens para criarem suas próprias idéias. Por que esse acontecimento pode ser encarado como um problema filosófico? (Os problemas filosóficos são de conhecimento crítico, reflexivo e analítico). Até que ponto a internet pode se virar contra nós? Eis, nossa breve reflexão.

O computador, por exemplo, nos dá inúmeras capacidades de aperfeiçoarmos nossos conhecimentos técnicos que os trabalhos burocráticos possam exigir. Porém, os jovens e, até mesmo adultos, tem usado a técnica para atrofiar seu próprio cérebro, (para melhor entendimento, devem-se levar em consideração as leituras ‘mecânicas’ com vistas a resultados imediatos e ao mesmo tempo incertos). Um exemplo clássico é nos debruçarmos sobre os trabalhos de alunos do ensino fundamental, médio e universitário que são apresentados aos professores. A legitimidade deles são um tanto duvidosa. Estariam eles desenvolvendo seus conhecimentos necessários?

Tem sido um vício antipedagógico copiar e colar (computador) trabalhos alheios. Já não é possível acreditar piamente que um jornalista é Jornalista, que um professor é Professor, que um médico é Médico. Será que as matérias que eles têm o dever de dominarem foram eles que as concluíram? Seria fácil criticar apenas os alunos do ensino básico. O problema, é que maioria dos profissionais com graduação e pós- graduação quando senta na ‘cadeira de aluno’ tem tendência de se comportarem como alunos de nível inferior. Também não usa de forma ética a internet, portanto, não estão num patamar que se possa servir de padrão a filhos e alunos das escolas públicas ou particulares.

A preguiça e o acomodamento têm feito do homem contemporâneo um objeto qualquer e, ele próprio tem feito questão de sê-lo. É fácil usar idéias de outros como nossa, apossar-se de conceitos alheios, dizer, que a monografia de sua graduação, especialização, mestrado e doutorado foram realmente você quem a fez. Mas, eu lhes pergunto, e daí? Devemos confiar? Os papéis aceitam até mesmo fezes!

Num mundo onde as pessoas preferem, Aparecer que, Ser, o que fazer diante deste problema educacional e ético? Também, é fácil culpar a fragilidade das faculdades e universidades, o difícil ao homem é culpar a si próprio. E, parar de dizer que a culpa é do outro, da internet, da vizinha, do amigo da sala que ‘manja’ de computador, do destino, do diabo etc, etc, etc… um verdadeiro caipira riria muito desse tal de ‘Diproma’ ou certificado que adquirimos nos cursos! Sim, porque Diploma mesmo está virando raridade! Até que ponto nós merecemos tais titulações?

No mais, a tecnologia não faz nada que o homem não tenha criado ou organizado. Filosoficamente falando, se tem ‘alguém impuro’ entre nós, quem está fedendo não é o computador e nem a internet, mas sim, nós mesmos.  Será que o grande problema do conhecimento é o próprio homem, ou, a causa de suas ações? Será que todos sabem o que realmente é ser uma pessoa Esclarecida diante da tecnologia? Deixo-vos de ‘lembrança’ a dica de um breve texto do filósofo alemão Immanuel Kant, o qual foi fruto de nossa inspiração. A obra é titulada, Resposta a pergunta: que é Esclarecimento?  Textos seletos. Petrópolis: editora; Vozes, 1994. Mas, não dá para ‘colar’, tem que ler mesmo! Isto sim pode ser comparado a um conhecimento que não é inimigo de si próprio.

 

“Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. (Albert Einstein)

 



Autor: Bessani, Dinaldo


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