A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA NA ESCOLA COMUM



ESCOLA COMUM
A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA NA
Silvia Moreira Alves
Prof. Davi de Miranda
Centro Universitário Leonardo da Vinci ? UNIASSELVI
Licenciatura Plena em Geografia (GED-0611) ? Educação Especial
10/06/2009


RESUMO

Ao estudarmos o aspecto educativo de pessoas portadoras da Síndrome de Autismo, é necessário, fazer uma viagem pela história, passando pela seleção natural, pela eliminação de crianças mal formadas ou deficientes em várias civilizações do mundo, a marginalização na Idade Média, até chegarmos a um período mais "humanista" na Europa após a Revolução Francesa, para chegarmos ao século XIX, onde foram realizados os primeiros estudos sobre deficiências.

Palavras-chave: Autismo, Escola, Inclusão.


1 INTRODUÇÃO

A síndrome do autismo pode ser encontrada no mundo todo e em famílias de qualquer classe social, racial ou étnica. Até hoje, não se conseguiu provar nenhuma causa psicológica, ou até mesmo no ambiente que vivem estas pessoas.

Os sintomas, causados por disfunções físicas do cérebro, estas características são: distúrbios no ritmo de aparecimento de habilidades físicas, sociais e lingüísticas, reações anormais às sensações, alterações na visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo, fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Funções específicas do pensar, presentes ou não, um ritmo de fala imaturo, uso de palavras sem associação com o significado, relacionamento "anormal" com objetos e pessoas, linguagem não apropriada para adultos ou crianças...


2 AUTISMO E A INCLUSÃO ESCOLAR

A escola tem o seu papel no nível da educação. São elaboradas várias estratégias para que estes alunos consigam desenvolver capacidades de integração com as outras crianças ditas "normais". Mas, a família tem um papel fundamental, porque são as que convivem e são os que possuem mais experiência em lidar com as crianças, principalmente, porque as crianças autistas necessitam de atenção redobrada, durante 24 horas.

Muitas vezes, no ambiente familiar a profissão e a disposição do horário cotidiano não ajudam, mas é importante dispensar algumas horas para que as crianças com a síndrome do autismo possam se sentir queridas e mostrar o que aprenderam.

Os pais podem e devem encorajar a criança a se comunicar espontaneamente, tentando criar situações que provoquem a necessidade de comunicação. Não se deve antecipar tudo o que a criança precisa, deve - se criar momentos para que ela sinta a necessidade de pedir aquilo que precisa.


3 O PAPEL DO PROFESSOR

A família é muito importante nesse processo de inclusão da criança na escola, mas caberá ao professor adequar um sistema de comunicação a cada aluno, antes de chegar à sala de aula, o aluno é avaliado pela supervisão técnica, para saber em qual grupo ele se encaixa, considerando a sua idade cronológica, desenvolvimento e nível de comportamento. As turmas, segundo estudos, são formadas por três a cinco alunos, no máximo, sob a responsabilidade do professor e um auxiliar que nesse caso é de grande ajuda, para haver um funcionamento no ensino regular, é dada atenção especial à sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses alunos portadores de necessidades especiais.

Com a aplicação desse processo, deve-se tomar cuidado, pois a criança pode reagir violentamente quando submetida ao excesso de pressão, é preciso levar em conta, se o programa está sendo positivo, se precisa haver outras mudanças, algo que não prejudique nem alunos nem professores.

O professor precisará ter uma postura que não seja agressiva, com muita paciência, transmitindo muita segurança e controle da situação e acima de tudo, muito amor pelo que está fazendo.

No início do século XX, a questão educacional passou a ser abordada, porém, ainda é muito contaminada pelo estigma do julgamento social. Nos dias de hoje, entre todas as situações da vida de uma pessoa com necessidades especiais, uma das mais críticas é a sua entrada e permanência na escola. Ainda hoje, embora mais sutil, pratica-se a "eliminação" de crianças deficientes do ambiente escolar. (BEREOHFF, p. 52, 1991)



3 CONCLUSÃO

Para trabalhar com crianças autistas, são impostos ao profissional vários desafios, como o de lidar com a questão do tempo e da criança, deve haver uma tolerância com o "mundo em que vive esta criança". A família dando seu apoio, e a escola fazendo a sua parte, ambos trabalhando em conjunto, há uma maior reação do lado da criança autista, pois todo autista é único. Sabemos que o esse tratamento não esgota o problema porque autismo não é doença, então não tem cura, é a partir dele que se começa um trabalho que irá ser para vida toda.

Durante sua vida, o autista vai passar por vários profissionais, vários educadores e de cada um, vai tirar uma experiência nova.


4 REFERÊNCIA

BEREOHFF, A. M. P. Autismo, uma visão multidisciplinar. São Paulo, Ed. GEPARI, 1991.

Autor: Silvia Moreira Alves


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