Je t?aime



Ana Lee não sabia o que era o amor, até conhecer Jhon. Palpitações no peito, suor e calafrios quando os olhares se cruzavam. O amo por Jhon crescia a cada segundo. Ela não sabia nada sobre Jhon, tudo o que sabia era que parecia ser o ser mais perfeito que existia. Jhon começou a lhe enviar cartas amorosas, com juras eternas e poesias. Certa vez lhe escreveu: "Ana Lee, Lee entrego meu amor, Lee entrego meu coração, Lee entrego tudo, dona da minha paixão". Acreditando que o amor chegara, Ana Lee aceitou o pedido de namoro de Jhon. Apaixonada ela vivia para fazer Jhon feliz. Jhon apesar de sério correspondia a este amor, porém com arrogância. Peeter, melhor amigo de Ana Lee, lhe alertou que Jhon não era um bom rapaz. Ela sabia que Peeter escondia um amor por sua pessoa, então achou que fosse intriga do amigo e afastou-se dele, magoando o coração do rapaz. Jhon soube do ocorrido e foi até a casa de Peeter, onde o agrediu com palavras. Ana Lee, a cada dia estava mais cega de amor por Jhon que não percebia o quão mal este amor lhe fazia. Já não comia para manter a bela forma para o exigente namorado. Não sorria, para não enciumar o pobre namorado sensível. Certo dia, Peeter ficou doente. Ana Lee, com remorso de ter abandonado o amigo que sempre esteve ao seu lado foi visitá-lo. Chegando a sua casa, avistou-o sentado em seu velho balanço de madeira segurando uma carta nas mãos. Tinha a aparência casada, e no rosto, profundas olheiras. Peeter ao avista Ana Lee sorriu-lhe como se nada tivesse passado e lhe estendeu a carta dizendo com um leve tom sussurrado: "Eu sabia que viria". Ana lhe olhou confusa e notou em seus olhos uma carga, um duro fardo. Passou a mão no rosto cansado do amigo, percorrendo-lhe toda a face, e com os olhos fechados Petter disse: "Je t'aime". "Je t?aime", pensou Ana enquanto ainda fitava o rosto do amigo. "O que será Je t?aime"? Ela não conseguia dizer nada. Peeter se levando e segurando uma das mãos de Ana em seu rosto disse: "Não se esqueça de mim". E foi-se adentro a sua casa. Ana sem compreender o que estava acontecendo, correu atrás do amigo que percebendo a confusão na pequena cabeça de Ana virou-se e complementou: " Está tudo bem, não vou mais confundi-la. Até algum dia.E leia a carta." Com os lábios trêmulos Ana conseguiu pronunciar murmúrios: " Aonde você vai Peet?" . "Está tudo bem, tudo acabara como tem que ser." Respondeu Peeter fechando a porta. Ana confusa sentou no balanço onde estava Peeter e leu a carta. Der repente lágrimas lhe escorriam a face enquanto lia o fim da carta: "Teu silencio, me manda ir embora, e é isso que queres, e é assim que farei. Mais lhe deixo um pouco do meu amor com você. Você mesma. Lembra quando quebrei o braço quando pulei daquela árvore só para evitar que você escorregasse dela? E quando segurei a panela quente de pipoca só para que não caísse em seus pés? E quando virava noites escrevendo-lhe versos e colocando-os em seus armários para enfim achares que Jhon, o desconhecido Jhon quem escrevera? Hoje descobrirá quem te ama realmente. Me arde na alma, saber que me deixastes, por alguém que só tem a enganar-te. Minha Ana, pequena amada, não estou mais em tempo de querer o teu amor. Dizem, que a males que vem para o bem. Talvez vou sofrer hoje, para que vivas bem. Espero que esteja certa. Seja feliz, mesmo que com alguém que não lhe quer o bem." Correndo Ana Lee foi até seus pertences onde guardava os bilhetes que até então acreditara serem recebidos por Jhon. Leu um a um procurando pela assinatura, ou algo que pudesse convencê-la de que realmente fora Jhon. Nada encontrou. Em seu rosto havia lágrimas. Não pelo fato de ter se enganado em relação ao romantismo do namorado, mas pelo fato de que magoara seu melhor amigo da pior forma, aonde mais se machuca alguém: não dando a razão quem devido tem. Enquanto lágrimas doídas lhe escorriam a face, Jhon apoiando em seus ombros e erguendo-lhe a face perguntou: "Por que chora?" Ana fitou-lhe os olhos, mas dessa vez de uma forma diferente. Não sentia mais arrepios, nem palpitações. Tudo o que ela conseguiu dizer foi "o que é Je t?aime?" "Ora, eu te amo em Frances, porque minha bela, o que há?" "Jhon, o que sentiu quando me escreveu estes bilhetes?" Perguntou novamente ao namorado. "Senti meu coração palpitando e minhas mãos tremerem bela. O que há?" Jhon ficava ansioso. "Tudo bem... eu confiei a você todos os meus sorrisos, todos os meus segredos, e você... mente." Jhon começou a ficar sério. Afastou-se de Ana. Esta chegou mais perto. "Porque mentir? Porque enganar? Porque não ser sincero, afinal, isso não é amar?" Jhon com o semblante derrotado disse: "Je t?aime, mais eu não sei amar." E saiu em largos passos em direção a porta. Ana Sentiu-se perdida, sozinha e desamparada. Não havia ninguém para diz a ela que tudo iria ficar bem. Afinal, o que é amor? Ana não sofria muito por Jhon. Afinal descobrira que não o amara. Descobriu que amor não são somente calafrios e palpitações. Descobriu que amor era algo mais. Amar era sofrer para fazer o bem amado feliz. Amor consistia em abrir mão das coisas, mais não abrir mão da vida. Je t?aime, significava tudo naquele momento, Je t?aime significava Peeter. Ana Lee não sabia o que era o amor até conhecer Jhon, porque conhecendo Jhon, descobriu que seu grande amor sempre esteve ao seu lado. Peeter.
Autor: Mylena Las


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