Técnica da Telemedicina




AVALIAÇÃO NOTA
ORIGINALIDADE 2,5 2,5
COERÊNCIA-CONTEÚDO 2,5 2,5
NORMAS ABNT/METODOL. 1,5 1,5
NORMAS UNINTER 1,5 1,0
RELEVÂNCIA DO TEMA 2,0 2,0
TOTAL 10 9,5




TÍTULO
A TÉCNICA DA TELEMEDICINA



Romulo Bandeira de Vasconcelos Filho
Sonia M.C.Bakonyi




RESUMO




Este artigo apresenta uma contextualização sobre a técnica da telemedicina, que é uma revolucionária técnica aplicada na área de saúde, do qual os estudiosos acreditam que pode revolucionar os serviços médicos, através da utilização de computadores. Atualmente são diversos métodos utilizados na área de telemedicina, fazendo com que aumente consideravelmente o acesso à saúde, permitindo que os trabalhos sejam realizados em centros de saúde. A telemedicina torna-se extraordinária devido ao tratamento do médico especializado à distância, onde o profissional pode expor suas habilidades em maior âmbito. Porém, é importante frisar que ainda faltam pesquisas de como utilizar essa tecnologia que hoje em dia é usada para melhorar os resultados de forma racional. Portanto, a telemedicina é um tratamento moderno, que através das tecnologias da informação e telecomunicações fornecem atenção médica à pacientes à distância.


Palavras-chaves: Telemedicina. Tecnologia. Técnica.

1 INTRODUÇÃO

Este estudo aborda sobre a telemedicina e suas técnicas, que é uma tecnologia aplicada para realização de ações médicas à distância, tornando possível que novas modalidades de ação médica sejam aplicadas com grande velocidade.
O objetivo deste estudo é analisar de que forma é utilizada a telemedicina.
Este assunto foi escolhido devido ao grande potencial de promover e acrescentar benefícios socioeconômicos a sociedade, de forma rápida.
A metodologia utilizada nesse estudo é de caráter bibliográfico, com uso de revistas e artigos da internet referente ao tema.
Inicialmente foi visto como surgiu a telemedicina, depois foi feito a sua conceitualização, os principais benefícios sócios econômicos, alguns fatores tecnológicos como o sistema tem tempo real e o sistema stare-and-forward, os fatores caracterizadores da telemedicina, que estão envolvidos em número de locais envolvidos, número de pessoas em cada local e a mídia instrucional e comunicativa, que incluem vídeo animado, áudio e vídeo estático, para facilitar o procedimento médico. Também foi escrito sobre as linhas gerais da telemedicina, tais como: teleconsulta, telepatologia, teleradiologia, telecirurgia, telemonitoração e comunidades virtuais. E por fim será visto os principais componentes utilizados na telecirurgia, que são equipamentos eletrônicos auxiliadores por outros médicos aprendeizes que são orientados para cirurgias.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DEFINIÇÃO

A telemedicina é definida como a aplicação da medicina a distância, sem que haja contato físico direto para sua execução, manutenção ou complementação da relação médico-paciente, usando-se o meio de comunicação entre os pontos interessados. Como se sabe o médico se envolve com o paciente o primeiro contato, depois o diagnóstico, o tratamento, podendo se estender à intervenção cirúrgica através de qualquer meio de comunicação, podendo ser por telefone, rádio ou através da internet, que possa fazer a união dos pontos distantes fisicamente, também podendo ser através de cartas escritas até prontuários de pacientes eletrônicos interligados por rede wireless, ou seja, rede sem fio (TELEMEDICINA, 2009).
Segundo Seabra (2003), a telemedicina é definida como:

A telemedicina é a combinação das tecnologias de informática, robótica e telecomunicações com a proficiência médica, provendo condições de enviar e receber informações e realizar procedimentos. Essa combinação objetiva viabiliza ações médicas em que os profissionais e pacientes não estão fisicamente e/ou temporalmente próximos. As aplicações de telemedicina muitas vezes estão relacionadas à educação à distância e à informática médica, e por isso achamos importante sumarizar esses dois conceitos. A informática médica é o campo de estudo relacionado à vasta gama de recursos que podem ser aplicados no gerenciamento e utilização da informação biomédica, incluindo a computação médica e o próprio estudo da natureza da informação em saúde. A educação à distância mediada por computador (EDMC) corresponde ao processo de ensino e aprendizado realizado sem a presença simultânea e/ou física do instrutor e do aluno, onde o meio utilizado para as interações é o computador. Utilizaremos então o termo telemedicina para designar toda a aplicação envolvendo informática médica, telesaúde, telemedicina e educação médica à distância, visto que na prática as tecnologias são utilizadas em conjunto.


Já a ATA - American Telemedicine Association (2010), define a Telemedicina como: "o uso de informação médica veiculada de um local para outro, por meio de comunicação eletrônica, visando à saúde e educação dos pacientes e do profissional médico, para assim melhorar a assistência de saúde".
Nos dizeres de Rosa et al (2010, p. 1):

A telemedicina, caracterizada pela prática da medicina à distância através do uso de recursos tecnológicos, está emergindo nos últimos anos como uma forma adicional de atendimento, promovendo a saúde. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento da telemedicina ao longo dos últimos anos, baseado em metodologias de análise semelhantes citadas em quatro publicações.

E, conforme o Current Medical Diagnosed & Treatment (2000), Telemedicina é definida como: "o uso de informação eletrônica e outras tecnologias de comunicação para proporcionar e dar suporte à saúde quando a distância separa os participantes do processo".
Em 1897, com o uso do telefone teve seu primeiro contato com a telemedicina; em 1916 que foi registrado uso da telemedicina, durante a primeira guerra mundial, com o uso do rádio os médicos instruíam os hospitais frente às batalhas da guerra. Em 1940 teve a primeira transmissão de imagens de radiografias por meio telefônico, porém devido a pouca velocidade e as tentativas de utilização da telemedicina foram mal-sucedidas até 1980, quando surgiu os microcomputadores de mesa, com alta capacidade e com custos acessíveis para o usuário, que contribuíram brilhantemente para as experiências da telemedicina.
E com a evolução da telecomunicação, possibilitou o uso da telemedicina de forma mais abrangente, que hoje em dia pode acompanhar os pacientes com patologias cardíacas, podendo-se usar as comunicações através da internet, fax ou telefone. Hoje em dia a telemedicina é mais usada no mundo, onde se encontra muitas propagandas de empresas em todo o universo, inclusive no Brasil (TELEMEDICINA, 2010).

2.2 BENEFÍCIOS SÓCIO-ECONÔMICOS

São muitos os benefícios advindos da telemedicina, com seu enorme potencial de promover e agregar benfeitorias a comunidade.
Neste rumo, lecionam Medeiros e Wainer (2010, p. 1):

a) Promover o acesso aos serviços de saúde;
b) Criar oportunidades de aprimoramento (educação) para os profissionais;
c) Melhora a atenção e qualidade de vida, além é claro, ajudar na organização dos provedores (instituições e empresas).


Para os referidos autores, estes benefícios sempre são apontados de forma generalizada. Nesta mesma literatura, de fato, não há ainda registros de sucesso, isto é, não há relatos dos resultados obtidos com o uso da telemedicina para a sociedade, exceto é claro o de aprimoramento dos profissionais através da videoconferência.
Portanto, de acordo com as pesquisas de Medeiros e Wainer (2010) ainda não foi comprovado os benefícios sócio-econômicos para a telemedicina, só foi comprovada para os profissionais da área.

2.3 FATORES TECNOLÓGICOS DA TELEMEDICINA


As categorias de aplicação da telemedicina são (SEABRA, 2003) o sistema em tempo real e o sistemas em stare-and-forward, assim especificados:

Sistema em tempo real ? que é desenvolvida em dois ou mais indivíduos através da comunicação eletrônica, podendo ser usadas técnicas de videoconferência, permitindo uma opinião direta do diagnostico, onde o paciente e o assistente têm que estarem presentes.
Sistemas em stare-and-forward ? São arquivos eletrônicos de áudio, vídeo, textos, imagens radiográficas, ecográficas ou histopatológicas que são comunicados através de dispositivos. Seabra (2003, p. 3) ainda salienta que: "Mais conveniente para as partes envolvidas, não exige presença simultânea dessas; os custos de transmissão são inferiores, mas dependem da qualidade da informação fornecida pelo assistente primário de saúde".

Continuando com Seabra (2003) verifica-se que existem alguns fatores que caracterizam a aplicação da telemedicina tais como:

Número de locais envolvidos ? Dois locais no mínimo, envolvidos na aplicação, porém podem beneficiar outras localidades de ensino.
Número de pessoas em cada local - Este item é de grande importância devido a sua modalidade e aplicação, variando de indivíduos e classes tradicionais composto de dezenas de indivíduos.
Mídia instrucional e comunicativa ? neste item Seabra (2003, p. 3) afirma que:

As mídias tipicamente utilizadas incluem: a) vídeo Animado: Captura em vídeo dos aspectos visuais dinâmicos do instrutor ou do paciente. b) áudio: Possibilita a transmissão de sons de interesse médico, bem como a conversação entre as partes envolvidas sem uso de conferência por texto, normalmente menos presente na prática das partes envolvidas. c) Vídeo Estático: Imagens capturadas do vídeo sem animação; podem ser utilizadas em situações tecnicamente incompatíveis com a transmissão ou captura de vídeo animado, capturando imagens sugestivas, fases evolutivas de uma doença, lesões características, imagens médicas para transmissão.


Continuando com Seabra (2003, p. 3-4) quanto à natureza da interação em uma aplicação de telemedicina, são utilizados com uma via em local-paramúltiplos locais; em duas vias, local-para-local; duas vias parcial, múltiplos locais; e duas vias, múltiplos locais.


Uma via local-paramúltiplos locais - A comunicação só ocorre no sentido do local que publica a informação para múltiplos locais ou indivíduos (alunos). Nesse modelo, a comunicação entre aluno e professor não ocorre, sendo comumente exemplificado pela rede de televisão educativa.
Duas vias, local-para-local - A comunicação ocorre nos dois sentidos, porém limitada a um circuito fechado de conversação; múltiplos grupos não podem se beneficiar da mesma informação.
Duas vias parcial, múltiplos locais - A comunicação ocorre nos dois sentidos, porém limitada a um circuito semiaberto de conversação; múltiplos grupos podem se beneficiar da mesma informação simultaneamente, porém apenas um local por vez pode se comunicar com a origem da informação (no nosso caso, unidade de referência) e os locais de aprendizado ou de assistência primária não se comunicam entre si.
Duas vias, múltiplos locais - A comunicação ocorre nos dois sentidos, sem limitação de circuito. Todos os locais envolvidos podem trocar informação simultaneamente com a origem da informação (unidade de referência) ou entre si. Um exemplo típico dessa tecnologia é a transferência de vídeo e áudio em redes de pacotes, com software como o CUSeeMe da Califórnia University, para utilização sob a plataforma da Internet.


Dessa forma, compreende-se que a telemedicina é vista sob a ótica pragmática, que atualmente torna-se realidade devido a experiências em projetos que foram estudados e desenvolvidos através de aplicações específicas, usando a infra-estrutura da internet. Vale a pena destacar que algumas redes americanas e européias e algumas redes brasileiras, denominadas REMAV (Rede Metroplitana de Alta Velocidade).
Existem algumas linhas gerais da telemedicina que podem ser aplicadas, tais como:

§ Teleconsulta ? Através de mecanismos eletrônicos que passam informações a um médico na realização de um diagnóstico;
§ Telepatologia ? Onde são trocadas imagens estática ou dinâmica em estudo de casos e resoluções em diagnósticos;
§ Teleradiologia ? Muito similar a telepatologia, tendo como foco do estudo as imagens radiológicas, ultra-sonografias, tomografias e ressonâncias magnéticas;
§ Telecirurgia ? Demonstram teleconferência através de cirurgias tradicionais realizadas por equipe médica a outro grupo distante, fazendo uma ponte entre a pesquisa e o trabalho. Pode ser desenvolvido dispositivos que podem ser teleguiados por um cirurgião na realização de procedimentos cirúrgicos nas cavidades corporais, como também pode ser manuseado instrumentos cirúrgicos tradicionais através de instrumentos cirúrgicos robotizados.
§ Telemonitoração ? É onde são registrados dados de um paciente que será colocado em análise, interpretação e alerta, incluindo o monitoramento cardíaco através da linha telefônica. Através do telemonitoramento o médico pode analisar em casa, através de um microcomputador os parâmetros vitais dos pacientes internados em UTI.
§ Comunidades virtuais ? São grupos que usam tecnologias da internet, tais como: correio eletrônico, lista de discussões, newsgroups sítios, com a finalidade de discutir casos clínicos de variadas especialidades médicas, refletindo suas experiências e opiniões técnicas, esses sítios são também conhecidos como portais da internet.










2.4 COMPONENTES UTILIZADOS NA TELECIRURGIA






Figura 01 - Componentes do sistema de telecirurgia.
Fonte: Seabra (2003)






Figura 02 - Ferramenta mestra, operada pelo telecirurgião.
Fonte: Seabra (2003)
















Figura 03 - Ferramenta escrava, tele-operada pelo telecirurgião.
Fonte: Seabra (2003)







Figura 04 - Sistema de teleoparação utilizado no HMSL.
Fonte: Seabra (2003)

















Figura 05 - Sistema de teleoparação utilizado no HMSL.
Fonte: Seabra (2003)




Figura 06 - Ambiente de simulação para as tarefas telecirúrgicas desenvolvidas no modelo.
Fonte: Seabra (2003)





Figura 07 - Ambiente de simulação para as tarefas telecirúrgicas.
Fonte: Seabra (2003)



Como foi vistos nas figuras 01 a 07 existem uma infinidade de mecanismos utilizados na teleconferência, servindo como ferramenta mestra na operação de uma telecirurgia, onde os movimentos prevêem um auxiliar presente no campo cirúrgico.

3 METODOLOGIA


A metodologia foi utilizada para alcançar o objetivo almejado, contará com o uso da pesquisa exploratória, sendo adotado a abordagem qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica.
O motivo pelo qual escolher-se-á esse tipo de instrumento, advêm do conceito explicitado por Antonio Carlos Gil:


A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora quase todos os estudos seja exigida algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas, desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas, boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como aquelas que se propõem a analise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente a partir de fontes bibliográficas (GIL, 2002, p. 48).


Pela orientação dada acima por Gil (2002), a pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, através de dados bibliográficos, enquadrar-se-á perfeitamente no desenvolvimento desse projeto, pois, apresenta uma preparação com mais facilidade possibilitando uma maior compreensão do problema investigado.
Seguindo a orientação dada por Marconi e Lakatos (2003), todo levantamento bibliográfico, (livros, revistas, artigos, entre outros) visando uma melhor organização no sentido de situar o pesquisador, constará em fichário, assim facilitar-se-á a identificação bibliográfica, proporcionando ao leitor uma fiel consulta das fontes pesquisadas.


4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A telemedicina é um avanço tecnológico, que através da comunicação, sendo através de telefone, rádio, internet, ou vídeo conferência vem auxiliando outros profissionais compartilhem de informações, fazendo com que a qualidade da assistência ao doente seja aprimorada.
Através da combinação da telemedicina visa viabilizar ações médicas onde tanto os profissionais como os pacientes sejam beneficiados.
Caracterizam-se a telemedicina com várias classificações tais como os recursos utilizados, as categorias de aplicação, os fatores de sua aplicação e a natureza da interação.
Atualmente existem alguns equipamentos que podem ser usados na telemedeicina para realização de telecirurgia, utilizadas como ferramenta mestra para operação, onde são realizados movimentos repetitivos, como braços articulares que são desenvolvidos me laboratório de inteligência artificial do MIT, que tornam a operação básica simples.

















5 REFERÊNCIAS

ATA American Telemedicine Association. Disponível no site: http://www.ata.com. Acessado em 03 de janeiro de 2010.

CURRENT MEDICAL DIAGNOSED & TREATMENT 2000. Disponível no site: http://www.matmo.org. Acessado em 03 de janeiro de 2010.

GIL, A. C.- Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

LAKATOS, Eva Maria de Andrade; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da metodologia científica. 3 ed. Atlas. São Paulo, 2003.

MEDEIROS, Rogério; WAINER, Jacques. Telemedicina: Onde estão seus benefícios sócio-econômicos? Disponível no site: www.sbis.org.br/cbis9/arquivos/ 326.pdf. Acessado em 05 de janeiro de 2010.

ROSA, Rogério Bueno da (et al). Avaliação do Crescimento da telemedicina Brasil e no Mundo. Disponível no site: www.sbis.org.br/cbis/arquivos/993.pdf. Acessado em 05 de janeiro de 2010.

Seabra, André Luis Ramires. Telemedicina. Disponível no site: http://www.lava.med.br/LIVRO/pdf/seabra_telemedicina.pdf. Acessado em 05 de janeiro de 2010.

TELEMEDICINA. Assistência Médica à Distância... Disponível no site: http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-med/temas/med5/med5t12000/tele/ _tica.html. Acessado em 03 de janeiro de 2010.




Autor: Romulo Bandeira


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