René Descartes
A partir do século XVII os filósofos buscavam reacomodar os novos pensamentos, construir um sistema filosófico. A primeira tentativa foi com Descartes através de dois aspectos: a) ter garantias sobre o conhecimento seguro e b) propor uma relação entre o corpo e a alma, pois, estava convencido de que havia uma divisão entre o espírito e matéria.
O filósofo apresentou sua obra intitulada "Discurso do Método", que tratava se um método filosófico que buscava resolver os problemas filosóficos. Entre suas explicações encontramos sobre como considerar algo verdadeiro. Baseado na razão defendia que algo para ser seguro, somente se apresentar como algo claro e distinto e para a compreensão deste mesmo pensamento haveria a necessidade de decompor em quantas partes fosse possíveis resolvendo do simples para o mais complexo.
O pensamento passou ser pesado e medido, testado e calculado através da razão para chegar as conclusões filosóficas. O filósofo aplicava o método matemático para sua reflexão filosófica utilizando-se da razão. Todavia, a razão no entendimento de Descartes era a única coisa capaz de oferecer um conhecimento seguro, pois, os sentidos no seu entendimento não eram confiáveis.
Descartes ao ponto duvidar de tudo procurou se desfazer do conhecimento antigo e construir uma nova filosofia no qual lhe causou três momentos de inquietação.
Primeiro o ceticismo, se questionou sobre qual diferença que havia na sensação encontrada no sonho e na realidade? Pensando sobre esta questão da sensação do estar dormindo ou acordado, percebeu que não chegaria muito longe.
Segundo momento, Descartes determina o seu marco zero para a construção de sua filosofia. Ao duvidar de tudo, chegou a sua primeira verdade. Antes de pensar em qualquer outra coisa percebia a capacidade de pensar e isto, o permitia reconhecer a sua existência. Concluiu-se que ele pensava. Que ele era um ser pensante, no qual elaborou a seguinte frase: "Cogito Ergo Sun" (penso logo existo).
O terceiro momento, o filósofo considerava a existência da idéia de perfeição, mas não de maneira espontânea, pois sendo um ser imperfeito, não haveria condições para isso. Esta qualidade emanava de Deus (ser perfeito), incutindo desde o nascimento.
Para ampliar seu pensamento filosófico Descartes estabeleceu uma comunicação interdependente entre o corpo e a alma, o denominando de dualismo. Ele reconhecia como duas substâncias livres e independentes que consiste parte da criação de Deus.
Considerando a realidade exterior, Descartes defendia o dualismo entre corpo e espírito. Afirmava que havia uma extensão para o corpo (matéria), ocupando lugar no espaço e composta de partes menores. E uma realidade do pensamento (espírito), conhecida como a alma ou consciência no qual não ocupa lugar no espaço.Ambas no ser humano habita um ponto central no cérebro em que elas se comunicam. Podendo causar transtornos entre o corpo e alma. Sobretudo, Descartes alertava sobre os cuidados para a alma assegurar-se do método, pois, o corpo poderia oferecer informações enganosas.
Autor: Kleber Marin
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