No palco da vida



Ainda em cena, palco aberto, interpreta

Faz-se rir com olhos úmidos e lábios trêmulos

Silencia mas não cala, sente o que não devia

Demonstra o que não sente

Sobrevive a vida que não possui

Permite buscar uma dor latente

Sobrepuja o sentimento alheio

Com uma querência desmedida

Imagina seus anseios

No seio da prometida

Querendo guarida, um espelho

Precisa se ver, reconhecer

Atuar para si

Sentir na vida o que no palco domina

Transformar o palco em vida

Abrir a cortina do sentimento

Mesmo que seja para uma platéia vazia

Sem vida

$$ 28/02/11 $$

Autor: Rodrigo Eimantas


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