O texto Economia e Expansionismo Romano: Interações e Caracterisiticas no Período Republicano



O texto Economia e Expansionismo romano: Interações e Caracterisiticas no Período Republicano, de Fabricio Nascimento de Moura, apresentam a ánalise dos aspectos comerciais e economico e sua relação com o expansionismo romano durante o periodo republicano.
De acordo com A.H.M.Jones (1974) Roma e os romanos enriqueceram muito com a exploração imperialista ao exigir as indenizações de guerra, botim, pagamento pela venda de prisioneiros, lucros com a exploração de metais e minas. A partir do III a. C, houve o acúmulo de vastas fortunas pessoais devido ao exercício do comando militar: Sula, Pompeu, Júlio César, Otávio Augusto.
A Política Expansionista Romana revelou-se também como uma fonte de riquezas em metais preciosos e escravos, destacando-se as guerras de conquistas na defesa de povos vizinhos rivais e a obtenção de terras necessárias à agricultura e ao pastoreiro. Saliento que era de extrema necessidade a conquista de novos territórios, pois a base economica romana se baseava na agricultura.
As conquistas romanas tiveram profunda repercussão na vida rural, dentre as quais podemos destacar as seguintes transformações: formação de vastas propriedades (latifundia), o aumento do número de escravos capturados em guerras vitoriosas que afluíam para o campo e concorriam com os trabalhadores livres. A participação dos escravos nos trabalhos nas grandes fazendas era de extrema necessidade, mas apresentou algumas alterações no transporte dos mesmos, pois a produção era grande e tinha como destino as provincias que necessitava dos alimentos.
Segundo os autores Aymard e J. Ayboyer a motivação econômica apresenta-se até certo ponto
Questionável: No primeiro aspecto pode-se perceber que por se tratar de um povo camponês, o Romano cobiçou as terras de seus vizinhos, principalmente quando eram mais férteis e mais bem exploradas; instalados num local por onde passavam certas rotas, quis monopolizar e aumentar os lucros desse tráfico e desejou também obter mais facilmente certas matérias primas. Quando se tratava da evolução territorial e agrícola no Período da República Romana, destacava os conflitos em busca da exploração de movos territórios produtivos.
Destacava- se as guerras Punicas que envolveram Roma e Cartago, o que difereciavam era que a primeira defendia direitos comerciais e era Oligarquia militar dirigida aristocráticamente e a segundas rurais, sendo uma oligarquia de mercadores que armava mercenários para defender-se. Caracterísiticas marcantes dos Romanos era que eles pobres e por isso fortes e unidos enquanto os Cartageneses eram ricos e por isso egoistas e depravados. Com isso possibilitou a vitória aos Romanos contra Carta.
Os resultados mais importantes, contudo estavam em dois setores: a exploração de metais preciosos e o cultivo de cereais. Deixando à parte o aspecto financeiro propriamente dito, a conquista romana teve para o autor motivações estritamente econômica. (NICOLET, 1982: 100).
Segundo o autor José Roberto Marcadores do artigo Transformações Econômicas e Sociais no Império Romano, apresenta que não foram apenas as terras conquistadas aos povos do ocidente que fizeram a fortuna e o poder dos Romanos. Salienta que fizeram diferença a administração local, onde que começou a haver um grande número de dinheiro sendo enviado ao estado e com isso possibilitou avanço na sociedade local e com isso os impostos foram abolidos e surgiram novos conhecimentos sobre a evolução e administração do que era poduzido.
Segundo Max Weber (1994: 179-224), estabelece em suas análises o paradigma de "cidade consumidora". O mesmo considerou que a economia antiga era uma autarquia, pois o campo produzia todos os meios necessários para a sua sobrevivência e abastecia as suas necessidades de alimentação. De acordo com seu ponto de vista as cidades não eram caracterizadas por seu empenho produtivo e seriam apenas consumidoras das riquezas produzidas pelo meio rural. De acordo com o autor as cidades também eram centros econômicos, mas a maior parte de seus recursos era proveniente do campo, fato pelo qual, podemos caracterizá-la como uma cidade consumidora.
Como já foi dito a base da economica romana era a agricultura, sendo assim saliento que as cidades dependiam da zona rural para o seu desenvolvimento e naturalmente para sanar as necessidades em relação à sobrevivência. A localização geográfica de Roma também interferiu para que a mesma se tornasse ecomicamente agrícola.
Com a evolução da zona rural em relação à produção de alimentos que eram exportados para as cidades, percebe-se que com isso surgiu também a evolução das indústrias que começaram a ganhar espaço com a extração do ferro e metais preciosos o que favoreceu para que Roma ganhasse espaço produtivo e rendável.

BIBLIOGRAFIA:
AYMARD, André; AYBOYER, Jeannine. Roma e seu Império: O ocidente e a formação da unidade
mediterrânea. Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 1993.
DURANT, Will. A história da civilização III: César e Cristo. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1999.
FINLEY, M. I. História Antiga: Testemunho e Modelos. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
GIORDANI, Mario C. Antiguidade clássica II: História de Roma. Petrópolis: Vozes, 1968.
HOPKINS, Keith. Conquistadores y Esclavos. Barcelona: Península, 1981.
NICOLET, Claude. Roma y la conquista del mundo mediterráneo: 264-27 a. De J.C.Barcelona: Labor,
1982.
ROSTOVTZEFF, M. História de Roma. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1983.
_________________. História Social y Económica del Imperio Romano. Tomo II, 3ª. Ed. Madrid: Espasa-
Calpe,1972.
WEBER, M. História Agrária Romana. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Disponível em:
Acessado em: 23/10/2010

Edicléia Santana Rocha

Autor: Edicléia Santana Rocha


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