Osteoporose



FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS ? FASB
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM





ANA ANGÉLICA RIBEIRO DE OLIVEIRA
JUCILENE DA SILVA CUNHA






ANÁLISE SOBRE OS PRINCIPAIS HÁBITOS PRECURSORES DA OSTEOPOROSE EM MULHERES IDOSAS, CADASTRADAS NO PROGRAMA IDADE VIVA, EM UMA UNIDADE DE SAÚDE NA CIDADE DE BARREIRAS-BA




















BARREIRAS- BA
2010




ANA ANGÉLICA RIBEIRO DE OLIVEIRA
JUCILENE DA SILVA CUNHA







ANÁLISE SOBRE OS PRINCIPAIS HÁBITOS PRECURSORES DA OSTEOPOROSE EM MULHERES IDOSAS CADASTRADAS NO PROGRAMA IDADE VIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE NA CIDADE DE BARREIRAS-BA






Monografia apresentada como requisito para obtenção do titulo de Bacharel em Enfermagem, da Faculdade São Francisco de Barreiras- FASB, sob orientação da docente: Luciana Ângelo Leal Campos.










Barreira ? BA
2010
ANÁLISE SOBRE OS PRINCIPAIS HÁBITOS PRECURSORES DA OSTEOPOROSE EM MULHERES IDOSAS CADASTRADAS NO PROGRAMA IDADE VIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA CIDADE DE BARREIRAS-BA

ANA ANGÉLICA RIBEIRO DE OLIVEIRA
JUCILENE DA SILVA CUNHA

Este trabalho de conclusão de curso foi submetido ao processo de avaliação pela Banca Examinadora como requisito parcial par obtenção do Titulo de: Bacharel em Enfermagem.
E aprovado na sua versão final em 04/11/2010, atendendo às normas da legislação vigente da Faculdade São Francisco de Barreiras e Coordenação de Curso de Enfermagem.

_________________________________
Marilissa Mainere Dobrachinski
Coordenadora do Curso de Enfermagem

BANCA EXAMINADORA

___________________________________
Luciana Ângelo Leal Campos
Orientadora


___________________________________
Carina Gheno Pinto
Membro Convidado

________________________________
Berendina Christoforo
Membro Indicado



Agradecimentos



No decorrer dessa jornada estiveram presentes em minha vida pessoas que colaboraram de forma direta ou indireta, acreditando nos meus ideais me incentivaram para a consolidação de mais essa conquista. Com certeza são pessoas especiais. A marcha foi árdua, longa, porém vitoriosa!

Agradeço a Deus por ter sentido sua presença constante ao meu lado, por iluminar meu caminho me dando força para seguir em frente, tornando sempre possível as conquistas.

A minha mãe, aos meus filhos, Thatyanna, Jackson e familiares, que apesar da distância me dão, incentivo e compreensão nos momentos em que precisei estar ausente, durante todos esses anos. Sei que sem vocês não chegaria até aqui.

Aos meus colegas, principalmente a Fernandinha, a qual jamais poderia esquecer.


Á todos muito obrigada!!!



Ana Angélica













Agradecimento


Agradeço primeiramente a Deus por ter me concedido sua benção ao longo dessa caminhada, pois sei que tua presença se fez constante na realização desse sonho.

A minha mãe, pelos ensinamentos, carinho e dedicação e por nunca ter deixado faltar amor em minha vida, por todos os sacrifícios em prol dos meus sonhos, pois sem a sua presença eu não conseguiria ter chegado até aqui. Obrigada por existir em minha vida. Te amo!

A minha família que está sempre comigo mesmo com a distância que nos separa deixando sempre uma saudade infinita em meu coração. Dedicaram-me amor, confiança, me apoiaram incondicionalmente em todos os momentos, me incentivando a crescer pessoal e profissionalmente, são meu porto seguro e exemplo de trabalho, dedicação, fé e amor! Para eles não bastaria apenas obrigada mas sim. Como é grande o meu amor por vocês!!

Ao meu amor, pelo apoio, paciência, compreensão, companheirismo e amor, me apoiando sempre nas dificuldades me trazendo palavras de carinho, e por esta sempre ao meu lado em todos os momentos. Você foi e é muito especial em minha vida. Te amo.

Á todos vocês muito obrigada, são meus verdadeiros presentes de Deus!

Jucilene da Silva Cunha.





































Mensagem

Ninguém acende uma lâmpada e a põe em lugar oculto ou debaixo da amassadeira, mas sobre um candeeiro, para alumiar os que entram. Lucas, 11, 33.


OLIVEIRA, A. A. R.; CUNHA, J. S. ANÁLISE SOBRE OS PRINCIPAIS HÁBITOS PRECURSORES DA OSTEOPOROSE EM MULHERES IDOSAS CADASTRADAS NO PROGRAMA IDADE VIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE NA CIDADE DE BARREIRAS-BA: Monografia p. (Bacharel em Enfermagem), Faculdade São Francisco de Barreiras, 2010.
Orientadora: Luciana Ângelo Leal Campos
Resumo
Trata-se de uma pesquisa quantitativa de caráter exploratório descritivo cujo objetivo é analisar os principais fatores que levam a desencadear a osteoporose em especial na mulher idosa acima de 60 anos de idade, bem como avaliar seus conhecimentos a cerca dessa doença, além de informá-las da importância dos bons hábitos alimentares para a prevenção e tratamento da patologia estudada, buscando junto a essas mulheres alternativas para sanar algumas conseqüências que possam vir acometê-las. A pesquisa foi realizada na cidade de Barreiras-BA, com amostragem de 20 mulheres idosas, não possuindo nenhum critério de exclusão. A coleta de dados desenvolveu-se por meio da aplicação de um questionário estruturado composto por 11 questões fechadas. Os dados foram analisados com estatística simples em forma de gráficos. Através da pesquisa, verificou-se uma quantidade significante de fatores de risco que podem favorecer para o desenvolvimento da osteoporose, confirmando, assim a necessidade de um trabalho educativo, não só com as idosas, mas também com as crianças no sentido de contribuir para um melhor entendimento com relação a essa patologia e consequentemente favorecer futuros planejamentos e condutas eficazes para uma melhor qualidade de vida.





Palavras Chaves: Orientação; Idoso; Enfermagem.







OLIVEIRA, A. A. R.; CUNHA, J. S. ANÁLISE SOBRE OS PRINCIPAIS HÁBITOS PRECURSORES DA OSTEOPOROSE EM MULHERES IDOSAS CADASTRADAS NO PROGRAMA IDADE VIVA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE NA CIDADE DE BARREIRAS-BA: Monografia p. (Bacharel em Enfermagem), Faculdade São Francisco de Barreiras, 2010.

ABSTRAT





























1.0 INTRODUÇÃO


O idoso exibe sinais diversificados que identificam o envelhecimento e suas conseqüências, sendo este um cliente que precisa de orientações e cuidados necessários para que saiba lidar com tais mudanças. Devido o envelhecimento ocorrem certas limitações funcionais no indivíduo que estão associadas a afecções agudas e crônicas, tornando os idosos mais suscetíveis aos riscos ambientais.
Segundo Zimerman (2005), envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais em cada indivíduo, que são naturais e gradativas. Essas transformações são gerais, podendo ser verificada em jovens ou pessoas com idade avançada, dependendo de suas características genéticas e raciais e do modo de vida de cada pessoa.
Esse envelhecimento fisiológico traz consigo o aumento de comorbidades pelo o desgaste ósseo acentuado no idoso, podendo resultar em fraturas decorrentes da osteoporose. "A promoção de saúde, a identificação das pessoas em risco e o reconhecimento de problemas associados à osteoporose formam a base para o cuidado" (ATKINSON; MURRAY, 1989 p. 188).
De acordo com o Brasil (2007), a osteoporose faz com que os ossos fiquem cada vez mais porosos, quebradiços e frágeis, causando fraturas com facilidade, o que não aconteceria com os ossos normais.
Kauffman, (2001); Freitas et al., (2006), diz que, a osteoporose é uma doença crônica esquelética progressiva, causada por diversos fatores, caracterizada por deficiência óssea, resultando em comprometimento da força muscular e suscetibilidade a fratura. Devido à redução da massa óssea pode causar deformidades, rigidez, o paciente sente muita dor, além da diminuição da altura, perde também os dentes (TORTORA; GRABOWSKI, 2002).
Nessa perspectiva, pode-se dizer que a osteoporose é ocasionada pela "fraqueza" dos ossos, pode levar a fratura, pois aumentam o risco de quedas, é a doença óssea de maior prevalência na população geriátrica, sendo as mulheres as mais acometidas em conseqüência, principalmente da falta de reposição hormonal, além de hábitos alimentares inadequados, e da falta de exercícios físicos. Por isso é necessário que a sua prevenção comece desde a infância até a fase adulta. Para tanto é importante oferecer as crianças alimentos saudáveis e orientar os idosos no que diz respeito à prevenção e alguns cuidados que deverão seguir para minimizar as conseqüências posteriores que a osteoporose possa vir acometê-los.
Constitui-se como objetivo principal deste estudo, analisar os principais fatores que levam a desencadear a osteoporose em especial na mulher idosa acima dos 60 anos, cadastrada no Programa Idade Viva em uma Unidade de Saúde na Cidade de Barreiras-BA, bem como avaliar seus conhecimentos acerca da osteoporose, conhecendo as causas que levam a não realização das atividades físicas, relatando a importância dos bons hábitos alimentares para a prevenção e tratamento da doença.
Este trabalho foi elaborado a partir do método exploratório descritivo com abordagem quantitativa através da aplicação de questionário, visando contribuir para que as mulheres idosas acima dos 60 anos tenham melhor compressão com relação à patologia estudada. Propondo aqui oferecer informações sobre a prevenção e tratamento da osteoporose e com isso entendam a importância de evitar fatores de risco que levam a desencadear a doença, que as quais estão expostas, contribuindo assim para uma melhorar qualidade de vida.
Optamos pelo Programa Idade Viva para realização da nossa pesquisa, por ser o ponto de referencia de atendimento aos idosos sendo um dos locais onde as mulheres idosas são atendidas. A escolha por essa Unidade de Saúde foi devido à acessibilidade e receptividade dos profissionais, em especial a Coordenadora (Psicopedagoga) e principalmente pelo prazer de se trabalhar com idoso. Com a finalidade de diminuir as consequências provocadas pela osteoporose nas idosas, através de informações com relação à patologia estudada.
Sabe-se que à osteoporose é uma doença com alta prevalência em idosos, especialmente em mulheres na menopausa e pós-menopausa devido ao avanço da idade, sendo responsável por altos índices de fraturas e internações. Assim, à prática de exercícios físicos e bons hábitos alimentares são meios que podem tratar e evitar a doença, pois as atividades físicas realizadas de forma correta e uma alimentação saudável podem melhorar a capacidade funcional, e consequentemente melhora a qualidade de vida de qualquer indivíduo e principalmente o idoso que é acometido pela doença.






2.0 REFERÊNCIAL TEÓRICO


2.1 Idade


Segundo Zimerman (2005), velho é aquele que tem diversas idades: a idade do seu corpo, da sua história genética, da sua parte psicológica e de sua ligação com sua sociedade, ou seja, a pessoa quando chega á idade adulta passa por uma série de transformação desde as mudanças do corpo assim como todos os hábitos de sua vida, pode-se dizer que sofre uma metamorfose. O envelhecimento acontece de forma progressiva, que se caracteriza pela perda de reservas funcional e consequentemente ocorrem alterações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, propiciando o indivíduo a adoecer, aumentando assim, sua chance de morte (MESQUITA; et al., 2009).
As mudanças psicológicas e as físicas estão relacionadas diretamente com a história, hereditariedade e atitude de cada um, podendo originar dificuldades de adaptação a novos papéis. Dessa forma, pessoas que são mais otimistas e saudáveis têm mais facilidade de adaptação às transformações decorrente da idade. (Zimerman, 2005).
Conforme Freitas, et al., (2006), o envelhecimento pode ser definido como um quadro de mudanças, descrito por alterações de um indivíduo para outro. As alterações provocadas pelo envelhecimento acontecem em ambos os sexos, porém no sexo feminino acontece com mais intensidade, pois é na quarta década de vida que começa o processo de reabsorção óssea, impedindo a formação do osso e levando a redução fisiológica da massa óssea. Esse desequilíbrio na formação óssea acontecendo de forma intensa é chamado de osteoporose (RODRIGUES; ROMEIRO; PATRIZZI, 2009).
Em sua literatura Zimerman (2005, p. 35), relata que:
Sendo o envelhecimento uma perda progressiva da eficiência funcional, há sempre uma necessidade de adequação à nova realidade. Além disso, não devemos esquecer que cada velho é um indivíduo diferente, que precisa de um programa pessoal de trabalho, de acordo com suas necessidades. Devemos levar em conta seu passado, sua bagagem, suas perdas, assim como seu presente, suas possibilidades, seus ganhos, seu respaldo psicossocial e econômico. Só assim estaremos trabalhando para que esse velho seja uma pessoa méis saudável, capaz de usar todas as suas potencialidades e ter uma vida mais feliz.



2.2 Anatomia Óssea


Em sua literatura Tortora e Grabowske (2002), afirmam que o osso é uma textura viva, complicada e enérgica o qual faz parte de um seguimento sem interrupção no processo de remodelamento dinâmico propiciando ossos novos e degradando ossos velhos. Assim, osso é um tecido multifuncional constituído por três tipos celulares: os osteoblastos, os osteócitos e os osteoclastos. O primeiro tipo celular deriva-se das células osteoprogenitoras da medula óssea e se localiza na superfície das trabéculas, no canal de Haveres do tecido ósseo osteônico e no periósteo, e sua função principal é de sintetizar a matriz óssea não mineralizada. Essas células têm como função manter a viabilidade do tecido ósseo (OCARINO; SERAKIDES, 2005).
Para Rebelatto e Morelli (2004), os ossos são formados por duas camadas macroscópicas: osso cortical, situado fora do osso, é a camada mais dura, e a esponjosa, que é chamada de osso trabecular que fica dentro do osso, sendo a mais vulnerável a osteoporose. O osso é um protetor dos órgãos que tem como função sustentar o corpo, auxiliarem nos movimentos, levantar o sistema muscular, e ainda serve para guardar cálcio e sais minerais do organismo. Esses nutrientes endurecem os ossos e aumentam sua densidade para o processo de construção de um osso novo, ou seja, para que aconteça a remodelação óssea, pois o osso estando normal tem um equilíbrio entre a ação dos osteoblástos e dos osteoclasto.
O osso é um tecido metabolicamente dinâmico e sua rigidez depende do equilíbrio entre os processos de aposição e reabsorção. Assim, alterações no metabolismo, na absorção de cálcio e no perfil hormonal, principalmente em mulheres após a menopausa, associados à inatividade física, contribuem para um balanço negativo no equilíbrio da remodelagem óssea, tendo a osteoporose como principal conseqüência (OSCARINO; SERAKIDES, 2005).
O esqueleto tem função metabólica e biométrica. A rigidez característica permite a manutenção da forma corpórea, protegendo os tecidos moles e servindo de arcabouço para a medula óssea, bem como para transmissão da força muscular (FILHO; NETO; apud BORELLI, 1996, p. 553).
O sistema ósseo sofre grande influência das alterações hormonais impostas pela menopausa, resultando em um processo de reabsorção óssea maior que o processo de formação, levando à diminuição fisiológica da massa óssea. E quando esse processo acontece, pode resultar no aparecimento da osteoporose, pois essa doença é caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da micro-arquitetura, conduzindo a fragilidade do osso e consequentemente o risco de fraturas. A osteoporose é de grande importância socioeconômica, pois, é reconhecida como um problema de saúde pública, sendo as mulheres as mais acometidas, devido ao processo hormonal que é um dos fatores que favorece o aparecimento da doença. (OCARINO; SERAKIDES, 2005)



2.3 Osteoporose


Conforme Kauffman (2001), a osteoporose é a evidencia do "osso poroso", é uma patologia mais evidente que sucede o envelhecimento. Essa doença debilita os ossos ocasionando rupturas, e sua incidência tem ampliado conforme nossa população vai se tornando velha. Assim, a osteoporose é uma doença crônica, provocada por diversos fatores, está principalmente relacionada ao envelhecimento, é de importância crescente, tendo-se em vista o aumento da expectativa populacional, que no Brasil para as mulheres é de aproximadamente 72 anos (PAIVA, et al.; 2003).
Considerando esta estimativa, define-se a osteoporose como uma desordem esquelética sistêmica caracterizada pelo comprometimento na resistência óssea, que predispõe o aumento de fraturas, devido principalmente ao avanço da idade. A resistência óssea reflete na integração da densidade mineral e na qualidade óssea, que são os aspectos principais para desencadear a doença (LEITE, et al.; 2008).
Para Freitas, et al., (2006), a osteoporose é uma patologia que atinge em especial o indivíduo quando vai se aproximando da velhice, sendo esta de pouco diagnóstico. A identificação das mulheres na pós-menopausa com fatores de risco para fraturas ajudam a facilitar a intervenção precoce, auxilia na manutenção, ou no aumento da massa óssea reduzindo assim o risco de fratura (LEITE, et al.; 2008).
A osteoporose é uma doença esquelética, sistêmica, caracterizada pela perda da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com conseqüente aumento da fragilidade óssea, e da suscetibilidade à fratura (KAUFFMAN, 2001, p. 68).
Segundo Guyton e Hall (1998), a osteoporose é uma doença óssea que acomete em especial a pessoa na fase adulta principalmente na velhice, pois provoca diminuição da matriz do osso. As diferenças genéticas, e raciais, socioculturais e econômicas, nutricionais e de recursos públicos de saúde em diversos países contribuem para explicar as divergências na incidência e prevalência da osteoporose (MARTINI, et al.; 2009).
Para Lanzillotti, et al., (2003), as mulheres quando chegam na menopausa tendem a aumentar a renovação e reduzir a constituição óssea, o que pode levar ao desaparecimento da massa óssea. O risco para desencadear a osteoporose depende tanto da massa óssea máxima adquirida no decorrer da juventude quanto o índice de massa que se perde na idade avançada. Alguns fatores de risco como a terapia de reposição hormonal, ausência de atividades físicas regularmente além das predisposições genéticas, são fatores com grande probabilidade para desenvolver a osteoporose. Os efeitos da osteoporose são sistêmicos e existem riscos elevados de quase todos os tipos de fratura em indivíduo com baixa densidade mineral óssea e, independente do local afetado, pacientes com história de fratura atraumática, também podem aumentar o risco de sofrer diferentes episódios de fraturas (Leite, et al., 2008).
Segundo os autores acima citados, na mulher a diminuição da massa óssea inicia após os 30 anos, e em torno dos 45 anos, esse processo acontece mais rapidamente, devido à diminuição dos níveis do hormônio estrogênio. Aos 70 anos a mulher já perdeu até 30% do cálcio existente no osso, assim a cada 10 anos a mulher pode perder em média 8% de massa óssea. No homem a perda de cálcio só inicia quando ele já completou os 60 anos de idade, e perde apenas 3% a cada 10 anos. Além de aumentar a suscetibilidade a fraturas, a perda da massa óssea também leva a deformidades, dor, rigidez, perda de altura e perda dos dentes.
Devido às fraturas ocasionadas pela doença, podem ocorrer complicações graves gerando transtornos como a necessidade de internações, atendimentos domiciliares, podendo levar a morte. Nessa perspectiva Rebelatto e Morelli, (2004) explica que a perda da massa óssea inicia-se precocemente nas mulheres 1% ao ano, sendo mais marcante no período da menopausa, e nos homens, cerca, de 0,3% ao ano, sendo decorrente do desequilíbrio entre a ação dos osteoblastos que são responsáveis pela modelagem, a qual está diminuída e dos osteoclastos que são responsáveis pela remodelagem que está aumentada, ocorrendo perda de cálcio, tornando o osso mais quebradiço podendo ocasionar osteoporose.
Os autores acima citados relatam ainda que, devido à diminuição dos hormônios após a menopausa, as mulheres possuem o risco quatro vezes maior de desencadear a osteoporose do que os homens, porém eles também estão propícios a desenvolver a doença com menos freqüência, devido aos distúrbios hormonais e o uso de algumas medicações. Na mulher pós-menopausa diminuição da massa acelerada da massa óssea, a qual pode ser até 10 vezes maior do que a observada no período de pré-menopausa, sendo que nos primeiros 5 a 10 anos que seguem a última menstruação, essa perda pode ser de 2% a 4% ao ano para osso trabecular e de 1% ao ano para o osso cortical. (BRASIL, 2007)


2.4 Epidemiologia


De acordo com Instituto de Geografia e Estatística (IBGE, 2007), o envelhecimento da população brasileira que atinge em mais de 16 milhões de pessoas com mais de 60 anos, esse número deve ultrapassar dos 50 milhões até 2050. Aumentando assim as chances de ocorrências de doenças relacionadas à idade, e entre elas a osteoporose (MARTINI; et al., 2009). Devido o seu crescimento nas ultimas décadas, a osteoporose passou a ser um problema de saúde pública mundial, porém graças aos avanços da medicina, as maiorias das populações estão envelhecendo e com isso as pessoas conseguem atingir cada vez mais a idade avançada (SZJNFLD, et al., 1998).
Estudos realizados pelo Grupo de Trabajo en Osteoporose (1992), constataram que na Espanha, estima-se que a osteoporose deve atingir três milhões de mulheres e 750 mil homens. E no Canadá essa doença já afeta aproximadamente 1,4 milhões de pessoas e as mulheres idosas e na pós-menopausa são as mais atingidas pela doença.
E cerca de 46% dos pacientes acometidos por fraturas de quadril podem desenvolver dependência de cuidados para realizar suas atividades de vida diária e boa parte desses pacientes estarão confinados em suas casas um ano após a fratura. E na Comunidade Européia, em uma pesquisa realizada na década de 1990, onde o resultado obtido foi que, até o ano de 2040 o número pessoas idosas acometidas pela osteoporose deve dobrar nesse continente e consequentemente o número de fraturas pode aumentar entre 50 a 300% (SZEJNFELD et al., 1998).
A osteoporose atinge entre 21 á 38%, das pessoas com mais de 65 anos, sendo que as mais atingidas são as mulheres acima de 70 anos de idade e segundo o Sistema de Informação Médica, a taxa de mortalidade hospitalar por queda no Brasil, em Julho de 2008, foi de 2,6% entre pessoas de 60 a 69 anos, 3,8% entre 70 a 79 anos e 7,6 entre as com mais de 80 anos sendo o Sudeste, a região mais afetada (SILVA, et al., 2003, p. 497).


2.5 Diagnóstico


Para Freitas et al., (2002), a osteoporose pode ser detectada precocemente, e uma das formas indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é a medida da densidade mineral óssea. É uma patologia diagnosticada cada vez mais em mulheres e homens de todo o mundo (OCARINO; SARAKIDES, 2005).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1994), a densiometria óssea é a forma mais simples de diagnosticar a osteoporose. É um teste não-invasivo, indolor que serve para medir a densidade óssea. O colo do fêmur, ossos de punho e a coluna vertebral (na região lombar), são os locais do esqueleto mais importantes para a realização do exame, já que as fraturas acontecem com mais freqüência exatamente nesses locais (REBELATTO; MORELLI, 2004)
Conforme relato dos mesmos autores, avaliação periódica da osteoporose através da densidade óssea pode dá um diagnóstico precoce da doença. Essa avaliação é importante, pois os hábitos de vida, a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável desde a infância e na adolescência influirão diretamente na quantidade de massa óssea adulta. Para a prevenção da osteoporose, é necessário mudanças nos hábitos de vida da pessoa, o que na maioria das vezes torna-se difícil de realizar, porém deve-se considerar que devido à gravidade da doença o individuo da terceira idade pode se tornar incapaz para realizar as suas atividades de vida diárias. Devido à fragilidade óssea, a prevenção da osteoporose deve ser bastante rigorosa e intensa para as mulheres no período de dez anos após a menopausa.
Nesse contexto Navega e Oishi (2007), expõe que a medida da qualidade de vida dos pacientes que já desencadearam a osteoporose, é importante, pois vai determinar as mudanças necessárias para alcançar o bem estar do paciente.


2.6 Fatores de Risco


Os fatores de risco da osteoporose conforme aborda Rebelatto e Morelli (2004) dependem de fatores genéticos, biológicos e ambientais de alguns costumes que predispõe a chance de desencadear a patologia, entretanto, trata-se de uma doença multifatorial cujas causas não são completamente notórias. É visto que alguns indivíduos estão mais predispostos a expandir essa doença, são citadas as mulheres; as idosas; as de pequeno porte; as brancas ou as asiáticas e aquelas com históricos familiares da doença. É visto que a percepção dos fatores de risco é de grande valia para os cuidados de saúde pública do que para o indivíduo isoladamente (FREITAS, et al., 2006).
Em sua literatura (BORELLI apud FILHO; NETTO, 2006, p.561), diz que:
Do conhecimento dos fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento ou precipitação do processo de osteoporose decorrem as medidas preventivas gerais, como aumento da ingestão de cálcio, exercício físico e reposição hormonal. Os mais importantes são: raça, estrutura corpórea grácil, história familiar de osteoporose, menopausa precoce, tabagismo e ingestão excessiva de café ou álcool.
Conforme Silva, et al., (2009), a queda é uma mudança deposição que pode acontecer de forma inesperada. É um acontecimento multifatorial que se atribui a fatores extrísecos, relacionados ao ambiente, e intrísecos que diz respeito ao estado físico e cognitivo da pessoa.
Para (Martini, et al., 2009), a falta de consumo de derivados lácteos e o uso constante de bebidas alcoólicas estão dentre os fatores de risco mais associados com a baixa densidade óssea. Outros fatores podem também contribuir para o surgimento da doença, podendo relacionar além do alcoolismo; a vida sedentária, a poluição, a água sem flúor e o estresse (REBELLATO; MORELLI, 2004).
Segundo Smeltzer e Bare (2004), são considerados alguns fatores individuais como idade elevada, perda óssea inicial, baixa estatura, condições médicas coexistentes e medicamentos, assim como, outros fatores de risco associados ao estilo de vida entre eles a falta de exercícios, dieta pobre em cálcio e vitamina D, além da falta de exposição à luz solar pelo menos 15 minutos todos os dias.



2.7 Sinais e Sintomas

Sabe-se que pessoas entre 75 e 85 anos de idade que necessitam de ajuda para as tarefas diárias, têm probabilidade de cair 14 vezes maior que as pessoas da mesma idade independentes. Estima-se que as quedas causam 90% das fraturas de quadril em idosos, acometimento que apresenta alta morbidade, mortalidade e custos para a saúde pública (SILVA, et al., 2003, p. 497).
A osteoporose tem como principal conseqüência a fratura que na maioria das vezes, pode se tornar grave, causar severas limitações, deixando o individuo emotivo e retraído socialmente, comprometendo a sua qualidade de vida, estabelecendo um quadro de ansiedade, depressão e mudanças de humor, levando a pessoa a manter um estilo de vida sedentária se isolando socialmente, e com isso preferindo ficar dentro de casa não só por medo de adquirir outras fraturas, mas também para evitar a dor. Dessa forma, a maior contribuição para uma péssima qualidade de vida em pessoas idosas com osteoporose é a presença de fraturas causadas pela doença, e não somente a doença (NAVEGA; OISHI, 2007).
As fraturas associadas à osteoporose, além de um elevado custo social e econômico podem apresentar consideráveis morbidades e mortalidades. A taxa de mortalidade de uma pessoa com fratura de quadril é de 30% em 1 ano. Os pacientes com idade superior a 70 anos são considerados particularmente de alto risco (SZEJNFELD, et al, 2007):
Segundo NAVEGA e OISHI (2007), a doença pode trazer dificuldades para a pessoa realizar suas atividades cotidianas, pois a osteoporose é um problema clínico e social, que está diretamente ligado no bem-estar e na qualidade de vida relacionada à saúde. As quedas que acontecem com freqüência levam aos graves problemas de saúde pública em pessoas idosas, pois ocorrem constantemente. O ideal é que se faça a ingestão de cálcio ao nascer, na infância e principalmente na juventude, além de praticar exercícios físicos regularmente, pois esses são fatores importantes na prevenção da osteoporose (LANZILOTTI, et al., 2003).


2.8 Tratamento


Para Rebelato e Morelli (2004), o tratamento para a osteoporose pode ser adicionado a alguns cuidados para evitar fatores de risco, independente de qualquer situação. As atividades esportivas são benéficas para a saúde; mais podem ser usadas também as atividades do cotidiano como; ir andando para o trabalho; conversar durante a caminhada; dançar; substituir a televisão pelos jogos de cartas; levar o cachorro para passear; deixar o carro em casa; ir às compras a pé, além da natação, hidroginástica, são oportunidades que devem ser aproveitadas desde que realizem com prazer e cuidado, pois as atividades realizadas com satisfação é de fundamental importância principalmente para a pessoa idosa.
Tortora e Granbawk (2002), relata que o tratamento para à osteoporose nas mulheres pós-menopausa pode ser através da terapia de reposição hormonal, porém alerta que esse tratamento pode provocar o câncer de mama. Para ele, mais importante que o tratamento seja prevenir, pois assim trará mais benefícios do que fazer uso de medicações na idade avançada. Dessa forma o ideal que se faça exames periodicamente
Kauffman (2001), reforça, dizendo que o tratamento da osteoporose pode diversificar de simples modificação comportamental a terapia medicamentosa significativa; o certo consiste em uma abordagem multidisciplinar, sendo um dos pontos a orientação por parte da equipe multidisciplinar ou mesmo por um profissional particular. Tendo como objetivo facilitar a decisão terapêutica em que o indivíduo entenda da melhor forma as informações que serão passadas sobre o tratamento, mudanças nos hábitos alimentares, risco de quedas, podendo estar também informando quanto à importância dos exercícios físicos para evitar a osteoporose.


2.9 Prevenção


Em sua literatura Tortora e Grabawki (2002), relatam que a prevenção da osteoporose, pode ser muito mais importante que o tratamento, pois, através da ingestão de cálcio, além da prática de exercícios físicos, como, sustentação de peso, durante a juventude, são formas bem mais favoráveis para as mulheres do que medicamentos e suplementos de cálcio na idade avançada.
A prevenção da osteoporose e das fraturas deve ser feita através de medidas preventivas não farmacológicas apoiando-se a um tripé: adequada nutrição; bons hábitos de vida, incluindo exercícios físicos, evitando o consumo de álcool e tabaco e mantendo o ambiente adequado para a prevenção de quedas, assim, pode-se evitar o risco de fratura e consequentemente o internamento (FREITAS, et al. 2002).
A genética contribui com cerca de 70% para o pico de massa óssea na época da puberdade, por isso durante o desenvolvimento puberal são formados aproximadamente 60% da massa óssea, enquanto o restante fica por conta da ingestão de cálcio, exposição ao sol e exercícios físicos (BRASIL, 2007).
A influência da atividade física na prevenção e tratamento da osteoporose é essencial, porque além de ajudar na manutenção da massa óssea, aumenta a força muscular, da flexibilidade, aumentando assim a coordenação, e o equilíbrio, que são de grande importância na prevenção de quedas que podem causar fraturas. Por isso os idosos devem ser orientados para realizarem exercícios físicos, que além de contribuir para a prevenção da osteoporose ajudam na melhora da qualidade de vida, diminuindo também as consequências provocadas pela velhice (RODRIGUES; ROMEIRO e PATRIZZI, 2009).
Nessa perspectiva Freitas et al.,(2006), relata que atividades físicas podem trazer benefícios desde que sejam indicados por um profissional. Assim é necessário que se faça uma avaliação médica prévia com base na história e exame clínico, para identificar fatores de risco que impeçam o indivíduo de praticar exercício físico.

2.10 Assistência de Enfermagem a Pessoa Idosa

Segundo Oguisso e Schmidt (2007), para uma assistência adequada ao idoso é fundamental que se faça uma avaliação de sua capacidade funcional com a intenção de identificar os problemas relacionados às atividades que são exigidas pelo ambiente, e que muitas vezes o idoso não consegue realizá-las, podendo também considerar o que ele pode fazer e o que ele quer fazer. Para isso é importante inserir a família ao cuidado, pois, além de estar mais próxima do idoso, ela é de fundamental importância na identificação de suas capacidades, podendo contribuir para um bom relacionamento entre o cuidador e a enfermagem, e consequentemente poder oferecer ao idoso uma assistência de qualidade.
Conforme Portter; Perry (2004), a atitude da enfermagem como cuidador pode resultar, das experiências obtidas pelo tempo de trabalho bem como das atitudes de colaboradores e das instituições. A própria idade do enfermeiro contribui na quantidade de experiência, sendo fatores que, também podem facilitar para oferecer um melhor cuidado ao paciente idoso.
Dessa forma é necessário que a enfermagem inclua o paciente e a família no planejamento do cuidado e tratamentos preventivos como fazer avaliação do ambiente para oferecer segurança, eliminando assim os perigos que os quais estão expostos. Sabe-se que um ambiente seguro deve ter escadas iluminadas com corrimão, barras de segurança no banheiro, os calçados devem ser apropriados, disposição dos objetos de uso em local de fácil acesso, facilitando assim, a vida desses idosos, pois são meios que podem evitar a queda e reduzir a incidência de fraturas (SMELTZER; BARE, 2004).




3.0 METODOLOGIA

A metodologia é entendida por Barros e Lehfeld (2000), como o caminho a ser percorrido para alcançar o objetivo de uma investigação por meio de técnicas e métodos que amparam a compreensão do processo da pesquisa científica.
Método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permite alcançar o objetivo traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 83)
De acordo com Richardson (1999, p. 21), "a característica distintiva do método é a de ajudar a compreender, no sentido mais amplo, não os resultados da investigação cientifica, mas o próprio processo de investigação".


3.1 Tipo de Estudo


Foi apresentada para orientação desse estudo a pesquisa de campo, que segundo Michel (2005, p.37), é aquela "utilizada para construir informações e/o conhecimento no ambiente real no qual a situação ou o problema ocorre, constituindo parte integrante da pesquisa descritiva". Portanto, esta pesquisa é do tipo exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa, pois se entendeu que para estudar as questões que envolvem o índice de idosas cadastradas no programa com diagnóstico de osteoporose nada mais apropriado que se faça uma abordagem científica, que segundo Gil (2002), estabelece critérios, métodos e técnicas para a elaboração da pesquisa, pois oferece informações sobre o objeto de estudo, analisando e interpretando os fatos e os dados obtidos.
O autor acrescenta que, as pesquisas exploratórias podem ilustrar, desenvolver, e transformar os conceitos em idéias, tendo como objetivo maior á formulação de enigmas ou hipóteses que quando resumidas, analisam estudos futuros. Com o intuito de ter uma visão universal, aproximando, a importância de determinado fato.
A pesquisa quantitativa "se realiza na busca de resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas de variáveis preestabelecidas [...] através da análise de incidência e correlações estatísticas" (MICHEL, 2005, p. 33).

A proposta do projeto de pesquisa é um estudo de caráter e abordagem quantitativa, que foi desenvolvido a partir de uma análise sobre os principais hábitos precursores da osteoporose em mulheres idosas acima de 60 anos cadastradas no Programa Idade Viva, em uma unidade de saúde da cidade de Barreiras - BA. Tendo como instrumento de coleta de dados um questionário, sendo este estruturado e respondido pelas mulheres pesquisadas.


3.2 Local da Pesquisa


Na pesquisa de campo, o pesquisador deve assumir o papel de observador buscando ao mesmo tempo informações sobre o seu objeto de estudo e o local onde se encontram os fenômenos. Desta forma, o trabalho de campo pode se caracterizar pela ligação direta e explorada ao fenômeno (BARROS; LEHFELD, 2000).
A pesquisa foi realizada na cidade de Barreiras ? BA. É um município situado no extremo oeste da Bahia, na margem esquerda do Rio São Francisco, com uma área de 7.895,24 km². Está estabelecida a 853 quilômetros de Salvador - capital do Estado e 622 quilômetros de Brasília - capital federal. É um entroncamento rodoviário entre norte, nordeste e o centro - oeste do país. A oscilação climática é de quente a seco com chuvas no período de novembro a janeiro, sua economia envolve atividades como a agropecuária e a prestação serviços, com uma população estimada em 138.037 habitantes (BARREIRAS, 2009). O instrumento utilizado neste estudo como estratégia de coleta de dados foi um questionário estruturado composto de 11 (onze) questões fechadas (APÊNDICE I).
Essa pesquisa do tipo quantitativa foi realizada com as idosas cadastradas no Programa Idade Viva, residentes na cidade de Barreiras - BA. Atualmente o programa é sediado a rua, Piratini, nº 550, bairro Morada Nobre, porém continua vinculado a uma Unidade de Saúde Centro de Referência. Possui uma estrutura física que comporta setores como: grande área livre com piscina, uma sala equipada para realização de atividade física, uma sala de pintura, uma sala de espera, uma sala de hidroginástica, uma sala de teatro, três consultórios, sala de administração, uma cozinha, dois banheiros, dois sanitários e área de serviços. O atendimento aos idosos é realizado de segunda a sexta-feira, das 07:00 às 13:00h, sendo que é dividido por bairros, ou seja, cada dia da semana um grupo é atendido. O programa se responsabiliza pela ida e vinda desses idosos, pois, oferece o transporte gratuitamente.
O desenvolvimento e realização das atividades referentes à pesquisa de campo do presente estudo aconteceram na sede atual do programa o qual é destinado à população idosa acima dos 60 anos, é composto por uma equipe de profissionais qualificados para atender os idosos.


3.3 População


São cadastradas no programam mais de 300 (trezentas) idosas acima de 60 (sessenta) anos sendo que de acordo com as informações, não são todas acometidas pela osteoporose. Foram envolvidas nesta pesquisa as mulheres idosas com faixa etária acima dos 60 anos de idade com diagnóstico da doença e que estavam presentes na sede do programa no momento da aplicação do questionário.


3.3 Amostra


A pesquisa foi realizada com 20 idosas, acima dos 60 anos, cadastradas no programa, pois, conforme Brasil (2002), essa é a idade mais propicia para desenvolver a osteoporose uma vez que essa doença atinge principalmente as mulheres na menopausa e pós-menopausa sendo considerado um problema de saúde pública mundial,.


3.4 Instrumento de Coleta de Dados


Os dados foram coletados conforme atendimento diário na instituição, com as mulheres idosas que se fizeram presente nos dias da coleta, onde as mesmas consentiram e participaram da pesquisa. Para essa etapa, fez-se o uso de um questionário individual estruturado (Apêndice I). Tal prática possibilitou a aquisição de conhecimentos necessários acerca do assunto proposto, uma vez que segundo Rey (2003), uma pesquisa deve ser conduzida por um indivíduo de forma responsável estando este disposto a dedicar-lhe tempo e esforço de forma organizada. Pois a mesma requer concentração, interesse e compromisso para dar continuidade, assim o trabalho do pesquisador torna-se gratificante mesmo sabendo que apesar do esforço podem haver falhas.


3.5 Descrição da Coleta e Análise dos Dados.


Foi realizado um questionário estruturado com as idosas portadoras da osteoporose, composto por 11 (onze) questões fechadas no período de Setembro á Outubro de 2010. Foi concedida a liberação para realização da nossa pesquisa pelo responsável da instituição, após a liberação do Comitê de Ética e Pesquisa da FASB. Fomos apresentadas pela administradora do programa às mulheres portadoras da osteoporose como acadêmicas da Faculdade São Francisco de Barreiras ? FASB, concluintes do curso de Enfermagem.
A escolha por essa Unidade de Saúde foi devido à acessibilidade e receptividade dos profissionais, em especial a Coordenadora (Psicopedagoga) e principalmente pelo prazer de se trabalhar com idoso. Com a finalidade de analisar os principais hábitos precursores da osteoporose nas mulheres idosas acima dos 60 anos cadastradas no Programa Idade Viva. Foi ofertado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A) esclarecendo os objetivos da pesquisa, após as mulheres concordarem e assinarem o termo, foi iniciado a aplicação do questionário para a obtenção dos dados. A pesquisa foi realizada como programada, onde foram entrevistadas as 20 (vinte) mulheres cadastradas no programa. O período escolhido para a pesquisa foi tempo necessário para realização da mesma.


3.6 Ética em pesquisa com Seres Humanos.


Segundo Fortes (1998) ética é um dos mecanismos de regulação das relações sociais do homem que visa garantir socialmente interesses individuais e coletivos onde existem diferentes compreensões e interpretações sobre princípios e valores éticos - sociais.
O autor acima citado enfatiza ainda que:
"Ética é uma reflexão crítica sobre o comportamento humano, reflexão que interpreta, discute e problematiza, investiga os valores, princípios e o comportamento moral à procura do "bem estar da sociedade" (FORTES, 1998, p. 26).
O projeto de pesquisa foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB) em razão do envolvimento de seres humanos para realização do mesmo. A iniciação da coleta dos dados do referente estudo se deu após aprovação pelo CEP, com a emissão do respectivo parecer favorável através do processo número 104/10 para realização da pesquisa.
A pesquisa envolveu seres humanos, portanto, os sujeitos participantes assinaram antecipadamente o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A) que foi oferecido após aceitação verbal e em seguida para aceitação escrita e tendo como ferramenta um questionário contendo onze (11) questões subjetivas, aplicadas as mesmas (Apêndice I). O pesquisado foi informado do objetivo da pesquisa, da importância das informações contribuindo assim para o levantamento dos dados, o sigilo dos dados coletados assim como o direito de aceitar ou não, tendo conhecimento dos conceitos éticos (Apêndice II). Obedecendo dessa forma os critérios para a participação das pesquisadoras através da leitura e assinatura deste Termo conforme estabelece a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que contêm diretrizes e normas regulamentadoras para as pesquisas que envolvem seres humanos, de forma direta ou indireta, individual ou coletivamente, sejam elas realizadas por quaisquer categorias profissionais.
As pesquisadoras prestaram esclarecimentos aos sujeitos da pesquisa sobre o objetivo deste estudo verificando o seu interesse em participar do mesmo. Foram garantidas as idosas, o sigilo das informações, sua participação e voluntariedade, e na possibilidade de interromper o preenchimento do instrumento a qualquer momento, sem penalidade alguma e sem prejuízo às atividades profissionais.


3.7 Declaração de Publicidade dos Dados da Pesquisa

Após o desenvolvimento do referido estudo, os dados foram analisados e em forma de gráficos que serão discutidos e/ou descritos. Para serem divulgados em Revistas Científicas; Congressos, e os dados estarão disponíveis aos Órgãos Públicos, possibilitando uma qualidade de vida e atendimento aos portadores da osteoporose, pois segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15 milhões de brasileiros tem a doença.













RESULTADOS E DISCURSÕES

Na pesquisa de campo, realizada com uma população de 20 mulheres idosas cadastradas no programa Idade Viva, com o interesse de analisar os principais fatores que levam desencadear a osteoporose em especial na mulher idosa acima dos 60 anos, buscou-se avaliar os conhecimentos das idosas com relação a doença, conhecer as causas que impedem a realização das atividades físicas, bem como informá-las sobre a importância da prevenção e tratamento da patologia estudada.
Através deste estudo foi possível coletar dados, que nos auxiliaram para o desenvolvimento deste estudo, bem como funciona o atendimento diário que é oferecido aos idosos pelo Programa Idade Viva.

Gráfico 01- Faixa etária das mulheres idosas que aceitaram participar da pesquisa
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.

Conforme demonstrado no gráfico 01, a faixa etária da população pesquisada a qual 50% têm entre 60 a 65 anos de idade, sendo que 10% possuem de 66 a 70 anos e 40% são idosos com mais de 71 anos, confirmando assim as informações acima.
Esse resultado afirma a pesquisa realizada por Martini (2009), quando relata que o envelhecimento da população brasileira reflete-se nos mais de 16 milhões de Brasileiros com idade acima de 60 anos, podendo ultrapassar os 50 milhões até 2050, aumentando assim as chances de ocorrência de doenças relacionadas ao envelhecimento, entre elas a osteoporose.
Navega e Oishi (2007), refere-se à osteoporose, dizendo que essa doença vem atingindo cerca de um terço das mulheres tanto na menopausa como na pós-menopausa, tornando uma das doenças mais comum que atinge os ossos, é responsável por alto índice de morbidade e mortalidade entre idosos, provocando enorme impacto na qualidade de vida, deixando o indivíduo acometido cada vez mais dependente.
A osteoporose atinge entre 21 á 38% das pessoas com mais de 65 anos, sendo que as mais atingidas são as mulheres acima de 70 anos de idade e segundo o Sistema de Informação Médica, a taxa de mortalidade hospitalar por queda no Brasil, em Julho de 2008, foi de 2,6% entre pessoas de 60 a 69 anos, 3,8% entre 70 a 79 anos e 7,6 entre as com mais de 80 anos sendo o Sudeste a região mais afetada (SILVA, et al., 2003, p. 497).

Gráfico 02- Nível de escolaridade
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.

O segundo gráfico apontam nível de escolaridade, apresentando que 45% das idosas não têm nível de instrução, 5% tem ensino fundamental completo, 35% não concluíram o ensino fundamental, 5% já concluíram o ensino médio e 10% ainda não concluíram o ensino médio.
Quanto ao nível de escolaridade, a nossa pesquisa revela que quase à metade das entrevistadas nunca freqüentaram a sala de aula. Dessa forma, ficou evidente que a osteoporose pode atingir as pessoas em qualquer nível de escolaridade, mas principalmente aquelas que não tiveram oportunidade de informação.
Em pesquisa Navega e Oishi (2007, P. 259), relata que a osteoporose é um problema clinico e social, pois pode dificultar o desenvolvimento das atividades cotidianas, influenciando no bem-estar e na qualidade de vida relacionada à saúde. Diferenças socio-culturais e econômicas, nutricionais e de outros hábitos de vida, assim como utilização de recursos públicos de saúde em diversos países do mundo contribuem para explicar as divergências na incidência e prevalência da osteoporose. (MARTINI et al., 2009, p.107).


Gráfico 03 - Informações sobre a osteoporose.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.

No terceiro gráfico foi verificado que 95% das mulheres idosas estão informadas com relação a osteoporose e apenas 5% delas não sabem informar sobre a doença. Nesse momento da pesquisa foi relatado assuntos referentes a patologia estudada. Kauffman em sua literatura (2001, p.68), relata que "osteoporose é uma doença esquelética, sistêmica, caracterizada pela perda da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com conseqüente aumento da fragilidade óssea, e da suscetibilidade à fratura".
Para Freitas, et al., (2006), a osteoporose é uma patologia que atinge em especial o indivíduo quando vai se aproximando da velhice, sendo esta de pouco diagnóstico. A identificação das mulheres na pós-menopausa com fatores de risco para fraturas ajudam a facilitar a intervenção precoce, auxilia na manutenção, ou no aumento da massa óssea reduzindo assim o risco de fratura (LEITE, et al.; 2008).
Paiva, et al,. (2003, p. 507-512), define osteoporose como sendo "doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do osso, levando ao aumento da fragilidade óssea e, consequentemente maior risco de fratura".



Gráfico 04- Falar sobre a osteoporose.
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.

Quando se tratou de informações sobre a osteoporose, 85% responderam que sabem sobre a osteoporose, e 15% disseram que nunca ouviram falar. As que responderam sim, falaram que essa doença deixa a pessoa com os ossos fracos, pois dificulta a caminhada, provocando quedas, às vezes seguida de fraturas que precisa de internamento, o que é preocupante, porque quando a pessoa fica muito tempo internada adquire outras doenças
Em sua literatura Tortora e Grabowki (2002, p.161), descreve os efeitos do envelhecimento relatando que:
Do nascimento até a adolescência, mais tecido ósseo é produzido do que é perdido, durante o remodelamento do osso. Em adultos jovens, a deposição e a ressorção do osso são, aproximadamente, equivalentes. Com a diminuição dos esteróides sexuais na meia idade, especialmente na mulher após a menopausa, há diminuição da massa óssea, porque a ressorção do osso supera a deposição. Na idade avançada, a perda de osso pela ressorção ocorre mais rapidamente que o ganho de peso. Como o osso da mulher geralmente é menor e com menos massa que o do homem, a perda de massa óssea, no idoso, tem tipicamente efeito mais adverso na mulher.
Segundo os autores acima citados, na mulher a diminuição da massa óssea inicia após os 30 anos, e em torno dos 45 anos, esse processo acontece mais rapidamente, devido à diminuição dos níveis do hormônio estrogênio. Aos 70 anos a mulher já perdeu até 30% do cálcio existente no osso, assim a cada 10 anos a mulher pode perder em média 8% de massa óssea. No homem a perda de cálcio só inicia quando ele já completou os 60 anos de idade, e perde apenas 3% a cada 10 anos.



Gráfico 05- Causas que predispõem o indivíduo.
Fonte: Pesquisa de Campo.

O gráfico 5, aponta que 55% das idosas sabem quais as causas que predispõe o indivíduo a essa doença, relatando-as que não fizeram uso de alimentos com cálcio na infância até a fase adulta, 35% não sabem e 10% sabem mais ou menos. As que disseram sim informaram que o leite, as frutas e as verduras são bons para evitar a doença. Nesse momento da pesquisa foi acrescentado que os derivados do leite, (queijo, iogurte), feijão branco, os vegetais verdes escuro, (brócolis, couve, repolho), além de amêndoa e peixes (salmão, sardinha), podem ser incluídos na alimentação, porque são ricos em cálcio, porém esses alimentos devem ser consumidos desde a infância, e ao longo da vida, como também praticar exercícios físicos diariamente; corrida, subir e descer escadas, além de musculação e dança e principalmente a caminhada, vão ajudar na prevenção e tratamento da doença.
Essa fala está na pesquisa realizada por Lanzellotti (2003), que traz uma abordagem relatando que a ingestão de cálcio deve começar desde o nascimento, decorrendo em toda fase da vida, podendo também ser aliada às atividades física de forma moderada, incluindo nos fatores que podem impedir a predisposição da osteoporose.
De acordo com Brasil (2006), apenas três pessoas com osteoporose são diagnosticadas e somente uma de cada cinco recebe tratamento, chegando a 100 mil o número de indivíduos atingidos por fraturas de quadril anualmente.Cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com osteoporose e 24 milhões de pessoas terão fraturas a cada ano, sendo que 200 mil indivíduos morrerão com consequência de fratura.

Gráfico 06 - Prevenção
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.

No gráfico 06 das entrevistadas 30% disseram que não sabem como prevenir a osteoporose, 55% sabem mais ou menos e 15% sabem bastante. É evidente nessa pesquisa que das idosas entrevistadas a maioria sabem um pouco como deve prevenir a doença, pois no momento da pesquisa relataram que para evitar a osteoporose deve-se, ingerir alimentos como: leite, queijo, verduras, frutas em geral, fazer caminhada, podendo também aderir a terapia medicamentosa (analgésicos e hormônios)
Confirmando a fala de Navega Oishi (2007), quando diz que para melhorar a qualidade de vida da pessoa com osteoporose é necessária a prática diária de atividade física, pois os exercícios físicos realizados de forma moderada podem melhorar também a capacidade funcional do indivíduo e consequentemente reduzir a dor diminuindo assim o uso de analgésicos.
Em sua literatura Filho e Neto (2006; p. 561), mencionam que embora a prevenção deva ser desenvolvida para todos os indivíduos, a existência de alguns fatores importantes como; raça, estrutura corpórea, baixa ingestão de cálcio, historia familiar de osteoporose, menopausa precoce, tabagismo e ingestão excessiva de café ou álcool, podem acelerar ou desencadear o processo osteoporótico.
A influência da atividade física na prevenção e tratamento da osteoporose é essencial, porque além de ajudar na manutenção da massa óssea, aumenta a força muscular, da flexibilidade, aumentando assim a coordenação, e o equilíbrio, que são de grande importância na prevenção de quedas e consequentemente de fraturas. Por isso os idosos devem ser orientados para realizarem exercícios físicos, que além de contribuir para a prevenção da osteoporose ajudam na melhora da qualidade de vida, diminuindo também as conseqüências que a velhice e a doença podem causa (RODRIGUES; ROMEIRO e PATRIZZI, 2009).



Gráfico 07- Tratamento

O sétimo gráfico aponta que 55% das mulheres entrevistadas disseram que a osteoporose tem cura, e 45% responderam que não.
De acordo com Paiva, et al; (2003), a osteoporose é uma doença crônica, provocada por diversos fatores, está relacionada ao envelhecimento. O tratamento para a osteoporose em mulheres na pós-menopausa pode incluir terapias de reposição hormonal. Porém alerta que esse tratamento, apesar de ajudar no combate a doença, pode também aumentar o risco dessas mulheres desencadearem o câncer de mama. E que mais importante que o tratamento seja prevenir, pois assim trará mais benefícios do que fazer uso de medicações na idade avançada. (TORTORA; GRABOWKI, 2002).



Gráfico 08 - Exercício físico
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.

Nesse gráfico 08, foi avaliado que 50% das idosas praticam exercícios físicos, 30% não praticam e 20% praticam às vezes. As que responderam sim, relataram que fazem caminhadas todos os dias, as que responderam não, são idosas que têm algum tipo de dependência, como (idade, companhia, problema de saúde), porém, as que responderam que as vezes só praticam quando vai ao programa, ou seja, uma vez por semana.
Para Rebelato e Morelli (2004), o tratamento para a osteoporose pode ser adicionado a alguns cuidados para evitar fatores de risco, independente de qualquer situação. As atividades esportivas são benéficas para a saúde; mais podem ser usadas também as atividades do cotidiano como; ir andando para o trabalho; conversar durante a caminhada; dançar; substituir a televisão pelos jogos de cartas; levar o cachorro para passear; deixar o carro em casa; ir às compras a pé, além da natação, hidroginástica, são, oportunidades que devem ser aproveitadas desde que realizem com prazer e cuidado, pois as atividades realizadas com satisfação é de fundamental importância principalmente para a pessoa idosa.
Nessa perspectiva Freitas et al.,(2006), relata que atividades físicas podem trazer benefícios desde que sejam indicados por um profissional. Assim é necessário que se faça uma avaliação médica prévia com base na história e exame clínico, para identificar fatores de risco que impeçam o indivíduo de praticar exercício físico.

Gráfico 09 - Idade interfere na pratica de exercício físico
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.

O gráfico 09 apresenta resultados que, 25% das entrevistadas responderam que a idade interfere na prática de exercício físico, 65% acham que não interfere e 10% disseram que a idade interfere mais ou menos. As que responderam sim disseram que dependendo da força de vontade a idade não interfere, as que responderam que não, explicaram que não tem condições físicas para praticar as atividades físicas, e o restante praticam quando vão ao programa.
Em pesquisa realizada por Navega e Oishi (2007, p.259), "a pratica regular de atividade física possibilita a manutenção ou até mesmo a melhora do estado de saúde física e psíquica de indivíduos de qualquer idade inclusive de pacientes com osteoporose. Concordando assim com o resultado da pesquisa".
Conforme descreve Mota et al., (2006), a atividade física realizada com freqüência é de grande importância para a qualidade de vida da terceira idade. O sedentarismo é um dos fatores desencadeantes de doenças crônicas dessa faixa etária e entre elas a osteoporose. A prática regular dos exercícios físicos podem reduzir o risco de tais enfermidade, ajudam a melhorar o estado emocional e consequentemente a sua qualidade de vida.


Gráfico 10 - Inclusão de ingestão de cálcio na alimentação diária
Fonte: Pesquisa de campo, 2010

Foram identificados neste gráfico que 70% das mulheres idosas incluem cálcio na alimentação diária, 25% não incluem e 5% incluem cálcio na alimentação. As que responderam sim disseram que já fazem uso de cálcio desde a idade adulta, e por isso conseguem fazer bem as atividades do cotidiano, além das físicas, e as que responderam não, relataram que não sabiam que tais alimentos prevenia a osteoporose, e o restante que responderam nem sempre, falaram que sabiam da importância desses alimentos para prevenção de doenças como a osteoporose, porém fazem pouco uso desses alimentos.
Assim confirma os relatos de Lanzillotti et.al (2003), que os alimentos derivados do leite como, coalhada, iogurte, queijo minas, queijo prato, e requeijão devem ser consumidos no desjejum, além do almoço, lanche, jantar e ceia, pois são medidas que podem ajudar na prevenção da osteoporose.

Gráfico 11- Alimentos que contem cálcio
Fonte: Pesquisa de campo, 2010

Quando se tratou de alimentação 85% responderam que sabe quais alimentos contem cálcio e apenas 15% disseram que não sabem. As que disseram sim, falaram que os alimentos que contêm cálcio estão presentes na sua alimentação diária, dentre eles foram relatados vegetais verde escuro (brócolis, espinafre, couve, rúcula, alface), além de verduras e frutas em geral.
Segundo Smeltzer e Bare (2004), são considerados alguns fatores individuais como idade elevada, perda óssea inicial, baixas estatura condições médicas coexistentes e uso prolongado de medicamentos, assim como, outros fatores de risco associados ao estilo de vida entre eles a falta de exercícios e sustentação de peso, dieta pobre em cálcio e vitamina D além da falta de exposição à luz solar durante pelo menos 15 minutos diariamente.
O autor relata ainda que uma dieta, rica em cálcio e vitamina D durante a adolescência, fase de adulto jovem e a meia-idade, pode proteger contra a desmineralização esquelética. Tal dieta incluiria três copos de leite desnatado ou integral, enriquecido com vitamina D, ou outros alimentos ricos em cálcio (p. ex., queijo e outros derivados do leite, brócolis cozido ao vapor, salmão com espinha) por dia. A prevenção da osteoporose e das fraturas deve ser feita através de medidas preventivas não farmacológicas apoiando-se a um tripé: adequada nutrição; bons hábitos de vida, incluindo exercícios físicos, evitando o consumo de álcool e tabaco e mantendo o ambiente adequado para a prevenção de quedas, assim, pode-se evitar o risco de fraturas (FREITAS, et al. 2002).





































Conclusão


A concretização do estudo sobre a temática em apreço foi de suma importância para analisar os principais hábitos precursores da osteoporose nas mulheres idosas acima dos 60 anos cadastradas no Programa Idade Viva.
A pesquisa teve como objetivo analisar os fatores que podem desencadear a osteoporose em especial na mulher idosa, bem como avaliar seus conhecimentos a cerca dessa doença, além de relatar sobre a importância dos bons hábitos alimentares para a prevenção e tratamento da patologia estudada, buscando junto a essas mulheres alternativas para sanar algumas conseqüências que essa doença possa vir acometê-las. Algumas referiram como fatores dificultadores para se evitar à osteoporose; a escassez de recursos financeiros para a execução das atividades física, e até para a própria alimentação, além das dificuldades de se conseguir certos alimentos na época, outro fator relatado por elas foi à falta de informação com relação aos alimentos que podiam evitar essa doença.
Quanto à hipótese, foi possível verificar que as mulheres idosas entrevistadas não fizeram uso de uma alimentação saudável na infância e nem na fase adulta, como também não tiveram condições sócio - econômica para praticarem atividade física no decorrer de suas vidas. Sabe-se que além desses fatores o sedentarismo, o uso excessivo de álcool e o tabagismo podem também contribuir para desencadear a osteoporose, que pode ser definida como distúrbio caracterizado pela perda de massa e deterioração óssea que leva a uma fragilidade dos ossos e aumento do risco de fraturas principalmente de quadril.
A análise dos dados permitiu a identificação dos fatores de risco que são responsáveis por desencadear a osteoporose além de poder constatar que essa é uma doença que se desenvolve de forma silenciosa, é progressiva, pode levar a desordem esquelética, afeta o indivíduo independente do sexo, sendo que atinge principalmente as mulheres na menopausa e pós-menopausa, e na maioria das vezes a pessoa afetada só vem saber que tem a doença quando acontece a fratura, uma vez que foi possível observar junto à essas mulheres, através de relatos a deficiência para realização das atividades físicas e dificuldade de consumir alimentos necessários que possam minimizar as conseqüências aumentando assim, a sua qualidade de vida.
Dessa forma concluí-se que os conhecimentos identificados nesse estudo servirão de base na identificação de patologias relacionadas ao envelhecimento como a osteoporose, uma vez que se percebe a necessidade de melhorar a educação essa doença que é considerada um problema de saúde pública mundial
Enfatizamos que essa experiência possibilitou um resultado satisfatório evidenciando os fatores necessários e disponíveis na coleta de dados, oportunizando assim um melhor desenlace dessa pesquisa bem como da população estudada.
Entretanto, diante do exposto espera-se poder ajudar no processo de pesquisa sobre as mulheres acometidas pela osteoporose, onde os resultados possam servir como base na realização de novos estudos.









































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ZIMERMAN, I. G. Velhice Aspectos Biopsicossociais. 1 ed. Porto Alegre: Artmed S. A. 2005.































APÊNDICE





























APÊNDICES

APÊNDICE I


QUESTIONÁRIO

1- Faixa etária
60 a 65 anos ( ) 66 à 70 anos ( ) acima de 71 anos ( )

2- Escolaridade

Sem Instrução ( )
Ensino fundamental: Completo ( ) Incompleto ( )
Ensino médio: Completo ( ) Incompleto ( )
Ensino superior: Completo ( ) Incompleto ( )

3- Você já teve informações sobre a osteoporose?
Sim ( ) Não( )

4- O que você sabe sobre essa doença?
Sim ( ) Não ( )

5- Você sabe as causas que predispõe os indivíduos a essa doença?
Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( )

6- O que você sabe sobre sua prevenção?
Nada ( ) Mais ou menos ( ) Bastante ( )

7- Para você a osteoporose tem cura?
Sim ( ) Não ( )

8- Você pratica exercícios físicos diariamente?

Sim ( ) Não ( ) As vezes ( )

9- Você acha que a idade interfere na prática de exercícios físicos?
Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( )

10- É incluída a ingestão de cálcio na sua alimentação diária?
Sim ( ) Não ( ) Nem Sempre ( )

11- Você sabe quais alimentos tem cálcio?
Sim ( ) Não ( )























ANEXO



















ANEXO A


Termo de Consentimento Livre e Esclarecido


A Sra é convidada a participar do projeto "Análise Sobre os Principais Hábitos Precursores da Osteoporose nas mulheres idosas acima dos 60 anos". Cujos objetivos são. "Analisar os fatores que levam a desencadear a osteoporose, conhecer as causas da não realização das atividades físicas, além de relatar quanto à importância da prevenção e tratamento da doença".
Para tanto, necessitamos que respondesse ao questionário (entrevista) em anexo. Sua participação é voluntária, não remunerada, os registros desta pesquisa serão transcritos e analisados.
A pesquisa oferece riscos e benefícios, tais como: Os indivíduos que farão parte da pesquisa não sofrerão danos. Os benefícios serão traduzidos em conhecimentos para a população estudada e após será divulgado os dados.
Sra. terá acesso a qualquer etapa do estudo, bem como aos profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas.
Os principais investigadores são: O Pof. Ms. Filipe Toni Sofiati e a Profa Esp. Flávia Carvalho Pena Dias que podem ser encontrados no endereço: BR 135 Km 01, n°2341 Bairro: Boa Sorte, Cidade Barreiras, CEP:47805-270, Fone (77) 3613-8800. Se o Sr (a) tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética Pesquisa (CEP) localizado no mesmo endereço acima ou pelo E -mail: [email protected], Fone (77) 36138854.
A Sra. tem garantida a liberdade da retirada deste consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo. As informações aqui obtidas serão analisadas em conjunto com as de outros, não sendo divulgada sua identificação e nem a de qualquer outro participante. Nós nos comprometemos a utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa. A Sra. deverá receber uma cópia deste termo e assinar esta via se sentir-se realmente esclarecida conforme a resolução 196/96.
DECLARO TER SIDO SUFICIENTEMENTE INFORMADA A RESPEITO DAS INFORMAÇÕES QUE LI OU QUE FORAM LIDAS PARA MIM. CONCORDO VOLUNTARIAMENTE EM PARTICIPAR, DESTE ESTUDO, E PODEREI RETIRAR O MEU CONSENTIMENTO A QUALQUER MOMENTO.

_________________________________________
Assinatura pesquisado/representante legal
Data / /
(Somente para o responsável do projeto)
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste paciente ou representante legal para a participação neste estudo.

Ana Angélica Ribeiro de Oliveira Jucilene da Silva cunha
Data / / Data / /


Autor: Jucilene Cunha


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