Refutação de "A CEIA DO SENHOR OU O SACRIFÍCIO DA MISSA?" do pseudo pastor Yure Garcia




REFUTAÇÃO


O Sacrifício da Missa sempre foi a renovação do Calvário de Cristo

O herege pastor começa sua exposição afirmando que "A ceia do Senhor foi celebrada na forma original por doze séculos, mas no ano de 1200 A.D. o romanismo substituiu o pão sem fermento pela "hóstia sagrada"".

Ora, basta procurar nos escritos dos Santos, inclusive nos de Santo Irineu de Lyon, que o autor até cita em seu herético artigo, e deste grande Santo não podemos deixar de mencionar aqui que ele foi discípulo de São Policarpo, Bispo de Esmirna depois de São João Evangelista, o que lhe dá crédito e autoridade para dizer em sua obra "Adversus Haereses", o que ponho logo abaixo, onde o Santo deixa muito clara a fé da Igreja no Sacrifício da Santa Missa e complementa que a mesma recebera tal Sacrifício dos Apóstolos:

"(Nosso Senhor) nos ensinou também que há um novo sacrifício da Nova Aliança, sacrifício que a Igreja recebeu dos Apóstolos, e que se oferece em todos os lugares da terra ao Deus que se nos dá em alimento como primícia dos favores que Ele nos concede no Novo Testamento. Já o havia prefigurado Malaquias ao dizer: Porque desde o nascer do sol, (...) (Malaquias, I, 11). O que equivale dizer com toda clareza que o povo primeiramente eleito (os judeus) não havia mais de oferecer sacrifícios, senão que em todo lugar se ofereceria um sacrifício puro e que seu nome seria glorificado entre as nações." (Sto. Irineu, "Adversus Haereses")

Com esta citação de Sto. Irineu, cai por terra a tese fajuta de que por doze séculos celebrara-se a Ceia e não a renovação do Sacrifício de Cristo.

Sabendo que o discípulo transmite àquilo que aprendeu de seu (s) mestre (s), não resta dúvida de que a Igreja não criou ou inventou a fé no Sacrifício, mas, que a recebeu não apenas dos Apóstolos, e sim do próprio Cristo.


A Transubstanciação

"No Concílio de Latrão em Roma (1215-1216 A.D.), o papa Inocêncio III deturpou as palavras figuradas de Cristo registradas no quarto evangelho "Isto é o meu corpo e isto é o meu sangue" criando o dogma da Transubstanciação"

Confusamente o autor dá à palavra Transubstanciação o caráter de dogma, quando na verdade, é um termo preciso para descrever o tipo de conversão que se dá na consagração da Missa, onde as matérias do pão e do vinho se tornam realmente o Corpo e Sangue de Cristo. Vale lembrar ainda que a igreja não cria os dogmas, e sim os define, esclarece.

"Dogmas são verdades que Deus nos revelou e que a Igreja confirma como revelados, obrigando-nos a crer neles, porque Deus não pode errar, nem pode nos enganar. (Orlando Fedeli, "O que são dogmas?")".


O dogma da Presença Real de Cristo na Eucaristia foi instituído pelo próprio Cristo, como ensina o Concílio de Trento:

Sessão XIII (11-10-1551), Cap. 4. ? A Transubstanciação

877. Uma vez, porém, que Cristo Nosso Redentor disse que aquilo que oferecia sob a espécie de pão era verdadeiramente o seu corpo (Mt 26, 26; Mc 14, 22 ss; Lc 22, 19 ss; l Cor 11, 24 ss.), sempre houve na Igreja de Deus esta mesma persuasão, que agora este santo Concilio passa a declarar: Pela consagração do pão e do vinho se efetua a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue. Esta conversão foi com muito acerto e propriedade chamada pela Igreja Católica de transubstanciação [cân. 2].

Esclarecimento: João XXIII foi eleito Papa em 1958, sucedendo Pio XII, e, portanto, não participou do Concílio de Constança em 1414, e sim João XXII.


Comunhão em uma espécie

Por questões de zelo e cuidado a Igreja decidiu administrar aos fiéis a comunhão apenas em uma espécie, abstendo-os, ordináriamente, da do vinho, concedendo-lhes apenas sob a espécie do pão. Ademais, isto não significa que sejam privados do Sangue Santíssimo de Cristo, pois, não há corpo sem sangue, e portanto, quem comunga a hóstia, comunga também o Sangue, Alma e Divindade de Cristo, ou seja, comunga-O todo inteiro, como bem ensina a Santa Igreja.


O símbolo do Sol

"Quando na época da festa de Corpus Christi, o "Santíssimo Sacramento" é levado às ruas em procissão dentro de uma patena de ouro representando o sol. Nisto, pode-se constatar uma flagrante analogia com as religiões pagãs da antiguidade."

Assim como a Igreja converteu a Roma pagã à Roma Cristã (entenda-se Católica!), também é o símbolo do Sol um ícone do simbolismo Católico. Cristo é "O Sol de Justiça", que julgará e condenará os pecadores e premiará os justos, assim, também a Igreja, por ensinar a Doutrina de Cristo, é a Luz do Mundo, àquela que tira o homem da escuridão do pecado e o faz alvo como a neve, convertendo-o à Luz (Doutrina) de Cristo.

Da mesma forma que sem o sol toda a vida terra é extinta, tudo morre, assim também o homem sem a Doutrina de Cristo é extinto, pois, entrega-se ao Mundo, ao Demônio e à Carne, e, conseqüentemente, é levado ao pecado, e é fatalmente condenado ao Inferno, perdendo a Vida Eterna. Desta maneira, como o Sol é símbolo da vida do mundo, também a Sagrada Eucaristia é a vida do homem que quer salvar-se, "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. (Jo 6, 53)". É por este motivo que o ostensório tem, geralmente, forma de sol.


São Cipriano e o Sacrifício da Missa

Este grande Santo nada mais fez que confirmar o que Cristo, e os Apóstolos a seu mando ensinaram, o mesmo que a Santa Igreja sempre ensinou, e este é, aliás, um dos fatores que confirma a Igreja Católica como a Única de Cristo.

"Contudo, foi apenas no tempo de Cipriano que a concepção da ceia como um sacrifício real oferecido a Deus pelo sacerdote, alcançou o estágio pleno do seu desenvolvimento. Segundo ele, a função do sacerdote é "servir ao altar e celebrar os sacrifícios divinos" (Cartas, 67:1). Na missa, o sacerdote atua in persona Christi, i.e., assumindo ativa e deliberadamente o lugar de Cristo. Na época de Tertuliano, o sacrifício eucarístico também era celebrado em comemoração e a favor dos mortos.
Os pontos centrais da teologia católica da eucaristia, já estavam estabelecidos por volta do ano 253 A.D."

Exatamente! "Os pontos centrais da teologia católica da eucaristia, já estavam estabelecidos por volta do ano 253 A.D." Estavam estabelecidos antes de 253, estão hoje e estarão sempre, pois, assim como Deus é imutável, também o é a Fé que Ele nos deixou, e que a sua Santa Igreja ensinou, ensina e ensinará até o fim dos tempos, pois, "...as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (Mt 16, 18)".

In Nomine Domini!

Cleber Lourenço

Autor: Cleber Lourenço


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