Um Motivo Pra Sorrir



Apresentação

Seria mais simples dizer ola me chamo fulano de tal e tenho tantos anos e sou casado e tal,mas acho que seria no mínimo uma falta de respeito já que vocês dedicam o tempo de vocês para ler o que escrevo acho que o correto é eu contar quem eu realmente sou, e pra fazer isso como em toda boa história teria que voltar no tempo se tratando da data de hoje eu voltaria 32 anos e 5 dias atrás quando eu nasci, e eu não nasci em uma família convencional nem nada eu nasci fruto de um relacionamento secreto que minha mãe tinha com o canalha do meu pai, desculpes o extravaso mas é que ele realmente é um canalha, era casado e vivia iludindo minha mãe que um dia largaria a família e tal e quando soube que minha mãe estava grávida de mim deu até dinheiro para ela fazer um aborto, ela usou todo o dinheiro para montar o enxoval,rsrs. Bem feito e graças a persistência da minha amada mãe eu estou aqui, sei que a vida não é fácil pra ninguém e também não foi pra mim, a minha mãe já tinha duas filhas quando eu nasci, e logo depois de mim ela ainda teve meu irmão caçula, pra ver se prendia de vez o meu pai. É mais não deu certo, ele se mandou. Ai ficou minha mãe com quatro filhos pra criar sem eira nem beira, e não é que hoje seja fácil nem nada mais naquele tempo as coisas conseguiam serem piores. E minha mãe estava em uma grande enrascada, e ainda bem que no mundo temos amigos.

A separação

E foram justamente eles que ajudaram e apoiaram ela, não tinha grana pra ajudar então fizeram o que estava a seu alcance que seria se propor a cuidar dos meus irmãos , cada padrinho aceitou cuidar de seu afilhado, apesar de doloroso para qualquer mãe se separar dos filhos. minha mãe não tinha muitas opções e acabou aceitando, o único problema é que eu não tinha padrinhos, o que pra mim foi maravilhoso por que a ultima coisa que eu queria na vida era se separar da minha mãe. Eu era muito pequeno para realmente entender o que estava acontecendo. Mas lembro da tristeza no olhar da minha mãe. Mas que chances ela tinha ? nossa casa era alugada e acabávamos de entregar ao proprietário, seu trabalho era de domestica em uma casa de família em Ipanema, e apesar de não aceitar filhos no trabalho acabaram cedendo devido a necessidade que ela passava naquele momento. Porem eu não ajudava muito. perguntava e mexia muitos nas coisas era uma verdadeira pimenta, então aconteceu o que minha mãe já esperava a patroa impôs que minha mãe arrumasse alguém para tomar conta de mim, e com muita dor minha mãe começou a buscar alguém para fazer isso, era meio que uma corrida maluca já que não haviam muitas pessoas para isso, o que realmente eu me lembro é que eu conheci muita gente, que rapidamente eu também esqueceria muito rapidamente e dessa época, de poucas pessoas eu realmente me recordo , me lembro de um casal de idosos muito carinhosos que acho que foram os primeiros a cuidar de mim e logo depois de outro casal também bem idosos. Os nomes sinceramente eu não consigo lembrar mas lembro que foram muitos atenciosos, pouco tempo depois eu iria passar a morar com outras pessoa s que de fato já não consigo recordar de nada porque algo bem mais marcante aconteceria.

A doença

eu estava com cinco para seis anos e comecei a sentir dores na perna esquerda na altura do tornozelo, e surgiu uma bolha estranha na minha perna também, minha mãe veio desesperada pra me buscar e levar para o médico nessa época minha mãe estava grávida de gêmeas e teve um dia que jamais vou me esquecer, minha mãe com a barriga enorme andando o dia todo comigo no colo atrás de médicos até que já bem a noitinha chegamos no hospital da posse, na cidade de nova Iguaçu onde conseguimos dar entrada e me internar, minha mãe era linda morena clara cabelos negros cumpridos baiana mas naquele dia, ela tinha o rosto da tristeza e do cansaço, ainda não sabíamos o que eu realmente tinha mas só por termos encontrado um atendimento já estávamos muitos satisfeitos, depois de alguns dias e exames foi descoberto que eu estava sofrendo de uma doença rara chama osteomilite que na verdade era causada por falta de cálcio nos ossos, e parte dos meu osso da tíbia estava esfarelando, e era muito perto do tornozelo e a solução que o médico deu a minha mãe era amputação na altura do tornozelo, isso não é solução que se de a ninguém isso é o que eu penso.mas foi a solução encontrada, então minha mãe pensou no meu pai.
Há eu não contei a vocês mas meu pai tinha bastante dinheiro, por isso ela pensou nele. E fez o coração mandou ligou para ele e falou
-Artur estou hospital com nosso filho e os médicos disseram que vão cortar o pé dele!
Meu pai também fez aquilo que o coração dele mandou, desligou o telefone na cara da minha mãe deixando bem claro que aquilo não era problema dele. E o que fazer agora?
Foi exatamente isso que minha mãe se perguntou e fez algo que realmente mudou a minha história, La procurou o médico e falou .
--- Dr. Se o senhor quiser operar meu filho o senhor opera mas não pense um minuto e amputar a perna do meu filho se não for parar deixar bóia deixe como esta que deus com certeza vai sarar meu filho.
E Deus sempre ouve os que clamam, disso eu tenho certeza.
Mas os médicos me operaram uma duas três varias vezes, e fizeram realmente tudo que estava a seu alcance,

No Hospital

porem a medicina ainda não era tão avançada como hoje, e o que realmente aconteceu foi que após varias cirurgias eu fiquei com uma cicatriz grande na perna esquerda uma perna torta e aos seis anos voltei a engatinhar, não lembro bem quanto tempo moram,os no hospital mas sei que foi muito tempo, foi tempo da gestação da minha mãe de eu ver ela encima da minha cama e eu perguntar mãe você fez xixi na cama? E ela perceber que a bolsa havia estourado foi o tempo da minha mãe perder minhas duas irmãs no parto, foi o tempo de eu conhecer muita gente legal na ala de queimados que no primeiro momento me causaram medo e depois eu perceber que eram todos pessoas muito especiais. Foi o tempo de eu conhecer os cristãos que iam sempre La levar os panfletinhos e falar de deus e de Jesus e eu falar pra minha mãe que queria ser Pastor. Foi muito tempo mesmo. Mas um dia veio o médico e a minha alta. Apesar de eu ainda não andar minha cicatriz já estava sarada a bastante tempo e o hospital precisava daquela vaga para outras pessoas com mais emergência.
E então minha mãe me levou pra casa da madrinha do meu irmão.

O Sofrimento

E La eu conheci a primeira vez a dor da solidão. Realmente eu apanhei muito La mas no fundo tenho que agradecer pois La eu aprendi a ler ainda no jardim de infância mesmo que tenha sido de baixo de porrada eu aprendi de verdade o que realmente era importante naquele momento. Mas eu via minha mãe muito pouco e sentia muita falta dela. E decidi que seria o menino mais malcriado do mundo, assim, eles não me agüentariam e eu voltaria a morar com minha mãe, La também eu voltei a andar. E foi muito legal poder correr novamente já que todos achavam que eu jamais voltaria nem a caminhar. O plano da mal criação deu certo e logo chegou dia que minha mãe veio me buscar a cara d4ela não estava muito feliz mas a minha era a alegria em pessoa, porem o meu plano não deu tão certo, pois ela me tirou de La e me levou para casa de uma mulher chamada de Lucinda, que tinha um marido chamado Waldir que vivia com os cachaceiros que mais pareciam mendigos em uma praça em nova Iguaçu a praça era perto de um orfanato e nessa praça também tinha um canhão que eu adorava brincar nele. E Eli na praça eu conhecia o pipoqueiro que era legal e sempre me dava pipoca. A Lucinda tinha também três filhos, não lembro o nome deles mais mas naquele tempo foram como irmãos para mim, a casa era muito pobre a cozinha era de telhado e com coisas muito velhas era também muito suja a sala era com a parede que era virada para o quintal feita de madeiras encaixadas e os fundos era o muro do visinho o único cômodo fechado realmente era o quarto com uma TV e uma cama para o casal nós as crianças dormíamos no chão quer dizer eu dormia em lençóis forrados os filhos dela dormia num velho colchão. Mas eu não reclamava disso o que eu não gostava era que eu apanhava muito, muito mesmo e por tudo ou por nada, os filhos aprontavam eu apanhava, as vezes nem sabia porque estava apanhando. Os ratos também eram presença constante em nossa casa e cada vez mais raramente eu via minha mãe, ai de repente ela aprecia e me levava pra visitar minhas irmãs uma morava em Bonsucesso e a outra em manguinhos eu lembro que a ultima vez que minha mãe me visitou eu reparei que pegávamos um ônibus amarelo ate a penha eu lembro que ela falava vamos pegar o penha e de La passávamos em baixo de um buraco que passava em baixo da linha do trem e pegávamos o manguinhos. Guardei isso na minha cabeça. Mas o final de semana acabava e eu voltava sempre pra casa da Lucinda que era pra mim o lugar mais terrível do mundo

A humilhação

A casa da Lucinda ficava em uma espécie de vila no quintal tinha outras casa e o muro pra rua era quebrado e não tinha portão. Uma vez estamos no quintal eu e um filho deles quebrávamos amêndoas se casa para comer um tipo de coquinho que a dentro da fruta e sem querer ao bater na amêndoa acertei o dedo do filho deles Waldir veio e me bateu como um louco pegou um pedaço de borracha de pneu e com o corpo todo marcado ele pegou algumas roupas minhas pois num saco de mercado e me obrigou a desfilar pelado pela rua carregando o saco com minhas roupas lembro que ficou rindo do portão enquanto eu morria de vergonha. Depois mandou que eu entrasse pra casa me lembro que esse dia foi realmente horrível , nesse mesmo dia sozinho em casa lembro que peguei uma faca e encostei a ponta em minha barriga pensando em me matar mas graças a Deus não tive coragem. E assim os dias se passaram e a tristeza cada dia mais me acompanhava. Então em um dia após a mais uma surra eu tomei a decisão. Peguei alguns shorts e camisas e coloquei em uma bolsa. O plano era acordar bem cedo no dia seguinte e passar por uma das enumeras brechas nas madeiras que servia de parede da sala e fugir, e assim eu fiz,

Fugindo de casa

no dia seguinte acordei cedo peguei minha bolsinha de roupa e fui pra praça onde tinha o ponto tal ônibus penha, fiquei alguns minutos no ponto então avistei o amarelinho e dei sinal. Ele parou corri até o motorista e perguntei esse vai pra penha? Ele respondeu que sim. Passei por baixo da roleta e esperei chegar na penha, já na penha fiquei um pouco confuso então eu vi uma cabine policial, cheguei no policial e perguntei onde é o buraco que eu paço pra pegar o manguinhos? Ele me olhou desconfiado e perguntou quantos anos você tem? Eu tinha sete mas falei que tinha dez e que minha tia me esperava La em manguinhos, ele se afastou eu fiquei com medo de que ele tentar em pegar e continuei a procurar, então estava na frente do tal buraco e perguntei para uma moça que estava La se ali era o lugar pra pegar o manguinhos , a moça parecia com esses anjinhos de gesso cabelos encaracolados e me levou ate o ponto pegou o ônibus e ainda pagou minha passagem, eu contei pra ela que estava fugindo, e hoje tenho certeza que era realmente um anjo me acompanhando e agradeço muito a Deus.chegando em manguinhos fui até a casa da madrinha ma minha irmã que se assustou quando eu contei que havia fugido.passei o dia todo com minha irmã e foi um dia maravilhoso. o padrinho da minha outra Irma que tinha um comercio La me levou pra casa dele a noite onde eu vi minha outra irmã, a mais velha e matamos a saudade, nessa altura minha mãe já tinha me procurado em todas as rádios e hospitais. Até que finalmente ela ficou sabendo que eu estava na casa da madrinha da minha irmã mais velha. Lembro do abraço que ela me deu a me encontrar.

O melhor abraço do Mundo

Foi o melhor abraço do mundo. Logo depois tomei a primeira surra das mãos da minha mãe e acho que ela pegou gosto pra coisa pois essas surras se repetiriam por muitas outras vezes em minha vida, mas ela podia,pois mãe é mãe. Dali ela me levou pra casa de uma amiga dela a Elza eu achava Elza super legal, e tinha uma cachorra linda da raça pastora alemã chamada Xuxa, pena que fiquei na Elza pouco tempo. Logo iria pra casa de uma mulher chamada de preta que tinha um filho chamado Leôncio e um marido chamado Jorge eles moravam na favela do amarelinho em Irajá. Também era muito humildes ela fazia quentinha pra vender no centro da cidade e o Jorge era estivador. La a vida não era a pior do mundo mas eles eram bem cruéis tanto comigo quanto com o Leôncio. E alem de nos bater muito nos colocavam de castigo de joelhos no milho e com as mãos esticadas segurando um cabo de vassoura com um ferro de passar no meio do cabo se os braços cansassem apanhávamos e é claro que cansávamos e conseqüentemente apanhávamos. La os castigos eram muitos. Mas confesso que muitas vezes fazíamos pó merecer. Pegávamos os frascos de perfumes que estavam acabando e enchíamos de água com mais um pouco de perfumes e saiamos pela favela pra vender e como não tínhamos noção nenhuma de dinheiro pedíamos quantias muito baixas que na verdade era o suficiente para comprar doces ou refrigerantes e sempre achávamos alguém muito bobo pra comprar. Rsrsr achando que estavam que estavam se dando bem em cima de uma criança e na verdade estavam sendo enganados.
Mas La também eu estava muito longe da minha mãe e ainda apanhava muito. Foi então que resolvi fugir, mas não deu certo pois apesar de ter fugido até um km e meio par longe de casa a preta arrumou um camburão não sei aonde e conseguiram me alcançar e eles nos levaram até bem perto de casa e logo que partira, ela me espancou com a surra que se fosse concorrer seria a campeã, mas deus escreve certo por linhas tortas, e a surra acabou sendo boa pra mim de uma forma estranha. Porque?
Na mesma semana minha mãe foi me visitar e viu as marcas da surra que não eram poucas, e em garantiu que em breve me tiraria dali. O mais interessante é que naquele tempo minha mãe tinha um cheiro tão próprio que até hoje eu sei qual é o cheiro da minha mãe um cheiro maravilhoso de mãe. Pouco tempo depois ela realmente voltou pra mim buscar, curiosamente foi na páscoa, a melhor páscoa da minha vida, sendo muito honesto, eu ainda era muito pequeno mas já havia conhecido bem o sofrimento a dor e a solidão. Algumas vezes antes do meus 9 anos já havia pensado em me matar. E muitas outras já havia perguntado a deus porque tanta dor? O que eu ainda não sabia era que as coisas estavam por mudar.

Meu verdadeiro Pai

Quando saímos da casa da preta voltamos pra casa da Elza, e eu estava muito satisfeito.minha mãe acho que estava mais presente e um dia a noite ela chegou e me apresentou uma pessoa muito diferente, que passaria ali a ser meu pai. Ele alugou uma casa pra nós e a vida da minha mãe começava a mudar. Ela eu já havia passado muita coisa, muita mesmo tão tristes que nem comentarei mas saibam que foram tristezas e dores que ninguém gostaria de passar.o que realmente eu posso falar é que desde aquele dia nunca mais passei fome ou fui espancado sem motivos e nem mesmos com motivos, é claro que ainda apanhei da minha mãe muitas vezes mas nada que passasse de uma surra de lição,moramos por um tempo na Ilha do governador e depois nos mudamos para Bonsucesso onde passei grande parte da minha infância La no Complexo do Alemão e no Morro do Adeus,quando eu estava com quatorze anos mudamos para São Gonçalo, onde cada vez mais eu tomava gosto por escrever,participei de um concurso de escolas com poemas e ganhei em primeiro lugar com o poema o livro, em outra escola que estudei também um concurso com uma musica minha com o titulo de Romeu e Julieta, nessa época a musica estava em minha alma e então resolvi entrar no mundo do funk e cantei em muitos bailes de comunidade onde presenciei muitas das coisas que hoje uso em meus relatos no funk nunca encontrei a fama a não ser nos locais onde eu tinha amigos sempre apoiavam e incentivavam como no morro do Amorim em manguinhos onde tudo era motivo pra cantar um rap e fazer um pequeno baile na rua,agora eu era tão feliz como nunca imaginei, e minha família apesar de minhas irmãs nunca terem voltado a morar com minha estamos mais unidos do que qualquer família convencional somos unha e carne e sempre estamos juntos e nunca brigamos gravemente por nada pois hoje sabemos o valor de ter quem amamos por perto.

Conhecendo Minha Alma Gemea

Nessa época também conheci a minha namorada mais importante, apesar de não ter falados das outras essa que agora citarei é a mais importante pois se tornou minha alma gêmea, mas as coisas não correram tão bem naquele tempo na verdade, correram loucamente desequilibradas, eu conheci uma menina linda que tinha seus doze quase treze anos e começamos uma paquera, eu era muito galinha e paquerador mas ela também não queria nada serio. Mas adorava me mostrar seu caderno cheio de poemas e eu também mostrava os meus, mas eu estava em uma fase onde beber era moda e eu e os amigos formamos o bonde do Pitu e era um monte de adolescentes enchendo a cara com qualquer bebida alcoólica a qualquer hora do dia. Isso não daria muito certo pois por causa da bebida minha alma gêmea terminaria comigo e alcoolizado eu faria um coração no peito com um prego enferrujado como prova de amor,e graças a bebida também eu arrumei uma confusão que me obrigou a ir pra casa da minha irmã por uns tempos,á eu esqueci de contar que nessa época minha irmã mais velha já estava casada,

A invasão

só que uma semana antes de ela se casar eu estava sozinho em casa já que minha mãe havia ido para o rio de Janeiro para ajudar nas preparações do casamento e corria um boato que havia sido implantada uma boca de fumo do C.V no morro onde eu moro,
Um local pacato onde o tráfico nunca teve presença, e de repente era noite estava eu e mais três amigos em casa ouvindo funk quando de repente a campanhinha tocou dizendo que era a policia eu abri pensando que realmente fosse uns seis caras armados de fuzis e pistolas foi então que eles falaram que não eram da policia e sim do terceiro comando e achavam que a minha casa era a boca, mostrei toda casa pra eles para provar que ali não se tratava da boca de fumo, no final um deles pediu pra que sentássemos no sofá pegou um fuzil e colocou na minha boca e tudo que consegui pensar foi (vou sujar a parede da minha mãe toda de sangue e ela ainda vai achar que eu era envolvido o o trafico e de repente me deu uma luz e pedi pra falar levantando a mão como numa escola. Ai um deles chegou e perguntou o que eu queria falar?
Então eu falei que éramos estudantes e que minha mãe tava na casa da minha irmã e toda a história e que éramos tranqüilos não tínhamos nada a ver com o crime e nem nada disso. Ele falou assim., nós vamos tomar essa boca e vocês vão conosco e o pior foi que tivemos mesmo que ir e depois de andar um bom pedaço conosco um pouco antes de chegar na tal boca eles ordenaram que ficássemos abaixados no mato , e partiram para a invasão ouvimos muitos tiros e minutos depois eles voltaram com uma grela com peixe e duas garrafas de catuaba, graças a deus ninguém morreu os tais bandidos rivais fugiram a tempo. E deixaram um peixe que assavam para estes desfrutar como premio, no final o que parecia ser o líder deles perguntou se eu não queria ficar ali no morro onde eu morava como chefe do trafico pra ele. Porque ele me achou muito calmo com toda aquela situação. Eu respondi que eu era tudo que minha mãe tinha e que ela jamais me perdoaria se eu entrasse pra o crime e parece que ele aceitou bem esta resposta. No final eles foram embora e nós pudemos voltar pra nossas casas, mas no dia seguinte me mandei pra casa da minha irmã.

Mudando pra casa da minha irmã

Então voltando pra quando arrumei uma confusão e mudei para casa da minha irmã, mudei pra La e comecei a trabalhar em um lava Jato e aprendi o valor do trabalho,nessa mesma época conheci um amigo que me ensinou a gostar de pagode este amigo eu perdi pouco tempo depois vitima de uma dengue hemorrágica . seu nome era Marcos e chamávamos ele de marquinhos. Grande saudade. Logo depois comecei a trabalhar em uma pensão que era da mãe da minha namorada naquela época, um namoro que não deu muito certo pois primeiro porque eu estava perto de operar a minha perna novamente e teria que voltar pra casa da minha mãe, depois das cirurgias que fiz quando pequeno a cada quatro ou cinco anos surgia uma bolha de sangue em minha perna em cima da cicatriz que causava muita dor e a vida inteira foi assim, mas agora eu havia conseguido uma chance de acabar com isso, a medicina melhorou muito e eu já estava com dezoito anos , e as chances eram muito boas , a idéia era eu colocar uns parafusos esternos que colocariam meu no lugar e depois fazer outra cirurgia que alongaria minha perna em seis centímetros. Fiz a primeira cirurgia corretiva e voltei pra casa da minha mãe.

De volta pra casa

Fiquei longe da minha namorada naquela e isso no fundo foi bom pois o que ainda não sabia era que eu levava mais chifres que os bois quando são eleitos para serem touros. Logo o namoro terminou e por um tempo até fiquei triste mas Deus já havia reservado meu presente foi então que minha alma gêmea voltou pra minha vida e já são Dez anos juntos e quase sete casados, ainda não temos filhos mas temos nossa casinha, nosso cachorro e até uma gatinha que apareceu aqui e vivemos muitos Felizes. é Claro que u gostaria de terminar dizendo que criei uma empresa e que me rendeu milhões e que agora sou um empresario bem sucedido, mas a vida de verdade não é bem assim, é claro isso ainda pode acontecer,rsrsr
mas como sou de verdade em um mundo real, tenho um emprego que me deixa muito feliz e que me rende o suficiente pra viver tranquilamente. tenho muitos projetos que realmente podem me tornar milhonário mas nenhum capital para inicialos e nem um sócio para investir. mas tenho o mas importante e que hoje sei que realmente é o mais importante, A felicidade,as pessoas que amo ao meu redor,saúde. E todos os dias eu descubro um bom Motivo pra sorrir, pois coisas ruins vão acontecer mas as coisas boas também vão. e o importante é aprendermos com a queda paranos tornar mais forte nas próximas e sempre descobrir um geito novo de se levantar. cada novo dia uma nova chance de recomeçar e fazer tudo exatamente diferente ou exatamente igual.logo enquanto houver vida haverá possibilidades.
Felicidades a todos e até a proxima.
lembrando ainda não é o fim pois espero viver ainda muitos anos e chegar naquele final milhonario, mas ai ja será uma nova história.

Autor: Vilan De Souza Ribeiro


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