O COORDENADOR PEDAGOGICO E A GESTÃO PARTICIPATIVA



INTRODUÇÃO
Os estudos realizado sobre o desenvolvimento do trabalho do coordenador pedagógico e a gestão participativa no âmbito das escolas nos últimos anos, vem ganhando espaços significativos nos meios acadêmicos e isso de certa forma vem contribuir para um melhor desenvolvimento da educação, já que o trabalho do coordenador pedagógico reflete diretamente no resultado final da sala de aula.
Este trabalho traz como proposta analisar o desempenho do coordenador pedagógico, mostrando a importância desse profissional para um bom desenvolvimento dos trabalhos acadêmicos e que muitas vezes é mal preparado e os reflexos acaba desabando diretamente sobre os professores e colaboradores, sendo que este é um dos problemas que de certa forma traz conseqüências para um bom relacionamento entre os coordenadores e seu grupo com destaque maior para os professores.
O trabalho mostra também a gestão participativa, tecendo algumas criticas a coordenadores que de certa forma não buscam melhorar o relacionamento entre seus pares e com isso criam formas não muito convencional para garantir a presença dos professores e colaboradores nas reuniões é o caso da lista de freqüência, tornando-os autoritários que segundo Vasconcelos é comum esse tipo de pratica autoritária, principalmente no Brasil.




1-Considerações sobre o coordenador pedagógico e a gestão participativa
A gestão escolar segundo alguns autores, nada mais é do que o conjunto de medidas para que a escola desenvolva suas funções e nesse processo, o coordenador pedagógico é o profissional que atua na gestão da escola juntos aos professores e que tem como função construir um ambiente democrático e participativo, precisando se despir de sua imagem autoritária e se tornar igual aos demais do grupo, criando um clima em que todos participem, já que administrar assim como educar não é uma ação individual e o coordenador precisa está preparado para administrar os conflitos, assim como os professores administram os conflitos em sala de aula.
Uma questão preocupante no meio acadêmico é o autoritarismo de alguns coordenadores, que usam as prerrogativas do cargo para persegui e até desestabilizar o trabalho de alguns colaboradores. Para o autor Vasconcelos, o autoritarismo está impregnado em nossas relações, e o que é pior não nos damos conta, para ele foi devido a influencia da nossa colonização que no caso do Brasil essa colonização foi de exploração e não de povoamento como aconteceu em sociedades desenvolvidas. Outro fato relevante em nossa historia foi a ditadura militar que mesmo depois de vinte anos de democracia as marcas autoritárias ainda estão presente em nossa sociedade.
Dentro das prerrogativas do trabalho do coordenador, faz-se necessário uma analise critica das funções desenvolvidas junto aos professores ou servidores em geral, devido alguns coordenadores não confiarem em seus colaboradores e isto de certa forma gera uma empatia entre ambos para Vasconcelos é um grande desafio confiar no grupo, já que a confiança é condição previa para uma mudança revolucionaria. Uma das questões relevantes nesta convivência é o fato de alguns coordenadores acharem que os professores ou colaboradores precisam necessariamente estudar determinados assuntos da área pedagógica e com isso as reuniões se tornam de certa forma cansativas, levando os professores a criarem uma resistência em participar, com isso cria-se métodos como por exemplo a lista de freqüência obrigatória, que de certa forma faz os professores estarem presentes, porém Vasconcelos adverte: a lista pode garantir a presença do professor, mas não a participação. Mesmo que alguns coordenadores digam que pelo menos os docentes estando presentes ouvem alguma coisa, ilusão diz o autor, pois a epistemologia deixa claro sem o desejo não há construção do conhecimento.


Um fator importante para um bom trabalho dos coordenadores é de certa forma buscar parcerias com os pais,e a presença deles no ambiente escolar é de fundamental importância para um bom desenvolvimento dos trabalhos, tanto do coordenador quanto dos professores e diretores e que não sejam convidados apenas para trabalhar na limpeza, mas para participar das decisões da escola, já que uma escola que de fato está voltada para o aluno, faz-se necessário a presença dos pais, porém o que se ver nas escolas são coordenadores e diretores com medo de perderem seus cargos e acabam criando dificuldades para a gestão participativa, principalmente com relação aos pais e professores que não estão de acordo com a administração dos gestores.
Segundo Dourado a gestão participativa nas escolas foi instituída a partir da lei 9394/96 como reivindicação dos setores organizados da sociedade civil, para ele a gestão democrática só é efetiva se houver a participação de todos os atores e instituições intervenientes nos processos de gestão, portanto o coordenador precisa está atento a estes detalhes e conhecer as prerrogativas da lei, para desenvolver um trabalho de qualidade, já que ele precisa conhecer as normas que regem o processo educacional e não achar que os professores precisam necessariamente estudar grandes textos de autores ligados à área pedagógica para poderem ministrar suas aulas, na verdade o professor precisa ter um conhecimento prévio dessas questões e não um conhecimento aprofundado, já que este conhecimento quem precisa dominar de fato é o coordenador pedagógico


2-Considerações finais

A integração do trabalho do coordenador e a participação de todos os envolvidos no processo educacional faz se necessário se de fato queremos uma gestão participativa, envolvendo desde as pessoas que cuidam da limpeza até o diretor da instituição, pois todos precisam estar integrados como afirma a autora Giulia Pierro em seu artigo a gestão participativa na escola que compara a gestão participativa a uma orquestra, onde o maestro comanda vários músicos com uma integração afinada apesar de cada instrumento ser diferente, portanto a organização e a integração são fatores que pesam quando o assunto é o trabalho pedagógico, mas precisamente o trabalho do coordenador.
Bibliografia
DOURADO, Luiz Fernadez.A gestão democrática e a construção de processos de participação na escola,In:FERREIRA, Naura Syria Carapeto & AGUIAR.Marcia Ângela da Silva.(Org) para onde vão a orientação e a supervisão educacional?São Paulo :Papiro.2002..
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Sobre o trabalho da equipe diretiva no processo de mudança da pratica pedagógica. In: Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político-pedagógico no cotidiano da sala de aula. 3ed. São Paulo: Libertad,2002
www.humanaeditorial.com.br


Autor: Jose Erisvaldo Barros


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