A Rua Que Ninguem Vê
Eu vi a rua que ninguem vê.
Nos cantos, bichos-meninos
Comendo lixo,
Outros, em casulo,
Cheirando cola.
Vi a rua que ninguem vê,
Fonte de renda dos jornais de amanhã,
Motivo de votos, de dores, de prantos.
Ratos bípedes habitam aquela rua,
Escura,
Fétida,
Imunda.
Hoje, eu vi a rua que ninguem vê,
Mas que, amanhã, se fará sentir;
Aí, todos saberão, apavorados,
Que, hoje, eu vi a rua que ninguem vê.
Autor: Geraldo Antonio Dias Guimarães
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