O momento é agora. Caso você tenha planejado e ainda não executou algum plano relacionado ao seu trabalho ou aos estudos, faça-o já. Se estiver se programando para conhecer alguém e ainda não teve coragem, cometa esta pequena loucura e dê o passo necessário. É possível que ainda não tenha pedido desculpa por algo que tenha cometido e se sente mal por isso, vá em frente, diga o quanto se arrependeu. Mesmo no caso contrário, se aguarda o pedido de desculpa de alguém que lhe ofendeu, adiante-se e estenda a mão em sinal de perdão. O pensador Descartes (1596-1650) descreve que o bem que foi feito por nós mesmos nos proporciona uma satisfação interior, que é a mais doce de todas as paixões, enquanto o mal causa o arrependimento, que é a mais amarga. E ainda, se você quer tanto tomar uma decisão importante em sua vida, é claro que deve pensar a respeito e até planejar e, principalmente, avançar. Arrisque-se!

Fazemos pouco do muito que pretendemos. Sonhamos mais do que realizamos. Almejamos e não atingimos. Sofremos, nos frustramos, desistimos. Acreditamos que é assim que funciona e nos convencemos disso com empenhado rigor. Atravessamos uma vida inteira desta forma. Para diminuir a nossa dor e frustração nos defendemos, sem perceber, ao adotar a crença de que não podemos empreender e, então, passa a ser a nossa verdade. Reduzimos a vontade para que ela não volte a nos incomodar com os ideais. Para o médico William James (1842-1910): atos de vontade são considerados como tais apenas enquanto não possam ser desempenhados sem atenção, e pouco nos concentramos. E, a vontade, conforme o estudioso do psiquismo humano, Alfred Adler (1870-1937), é um sinônimo de luta pela superioridade e realização de objetivos de vida.  Quais são os nossos objetivos de vida? Por que tê-los? Ou ainda, é melhor querer pouco e sofrer na devida proporção caso falhemos na sua concretização? Temos medo. Nas palavras do filósofo Montaigne (1533-1592): o medo é a coisa de que mais medo tenho neste mundo. Ele ultrapassa, pelos incidentes agudos que provoca, qualquer outra espécie de acidente.

Nos prendemos ao passado ao se lamentar de tantas coisas não realizadas e que nos martelam a cabeça, parecendo cobrar o que é devido. Tentamos nos acostumar com pouco, todavia somos nós os cobradores mais persistentes dos próprios sonhos. Por outro lado, somos ansiosos pelo futuro. Frederick Perls (1893-1970), pesquisador que deu ênfase no aqui e agora, descreve: a ansiedade é uma lacuna, uma tensão entre o agora e o depois, e a inabilidade das pessoas em tolerá-la as leva a preencher esta lacuna com planejamentos, ensaios e tentativas de tornar o futuro seguro. Tal fato faz desviar a nossa energia e a atenção do presente, resultando em ausência de realizações de forma constante.

A hora de fazer é agora. Portanto, reúna forças e dê o passo necessário. Mantenha-se mais firme do que de costume e não permita que o abatimento tome conta de suas verdadeiras vontades. A perseverança, recorrendo novamente a Montaigne, consiste em suportar com resignação os incômodos para os quais não temos remédio.

Vivemos a indecisão de tomar uma determinada atitude, lamento-se depois por não ter agido em conformidade para conosco mesmo. Vê-se nos escritos de Descartes:

Também a indecisão é um tipo de receio que, mantendo a alma como suspensa entre várias atitudes possíveis, é causa de que não tome nenhuma (...) mas este receio é tão comum e tão forte em algumas pessoas que muitas vezes, apesar de nada terem a escolher e verem somente uma coisa a tomar ou a deixar, ele as retém e faz com que se demorem inutilmente na procura de outras...

Prendemo-nos a idéias que nos impedem de ir em frente e realizar empreendimentos para o nosso crescimento e avanço. Deixamos de concretizar, via de regra, por questões psicológicas. As dificuldades nos são familiares pela forte convivência que temos com elas. Contudo, servimo-nos deste fato para interromper a nossa jornada rumo a realização e, conseqüentemente, não finalizamos o empreendimento. Duvidamos sem oferecer chances à persistência e ao possível sucesso.

Já! Pense, mas faça. Somente no agora é possível concretizar. Arrisque-se mais. O que você gostaria de fazer e ainda não fez?
Autor: Armando Correa de Siqueira Neto



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