Ensino Jesuítas-Período Colonial





TEMA




A EDUCAÇÃO NO PERÍODO COLONIAL E O PAPEL DA HISTÓRIA



















DESENVOLVIMENTO

A análise do texto Ação Missionária e educação traz pontos muito interessantes, que revelam características da educação que era ministrada, pela Companhia de Jesus nos séculos XVI, XVII e XVIII durante parte significativa do período colonial, nas colônias portuguesas e em particular no Brasil.
O texto ressalta que os principais objetivos da ação jesuítica eram os propósitos missionários da Companhia de Jesus e, políticos por parte de Portugal, que durante o reinado de D. João III voltou-se para a colonização.
Determinados a catequizar os indígenas com a fé católica, os jesuítas dentre as muitas realizações, foram grandes responsáveis pela colonização nas partes mais interiores da colônia.Desde o início das ações missionárias, eram organizados missas, conversões, batismos e até cerimônias de casamento.
Os intentos jesuíticos não se limitaram apenas a questões de cunho religioso, em 1567 inicia-se a construção de um edifício capaz de abrigar os candidatos ao noviciado, porém somente em 1573 este colégio iniciaria as suas aulas. Estas aulas tinham como seu conteúdo apenas um curso elementar de ler, escrever e de algarismos.
O texto destaca o padre Manuel da Nóbrega como uma figura ativa neste processo missionário e cívico da Companhia de Jesus. Nóbrega em uma das suas articulações decidiu desenvolver uma política de posse de terras e escravos, que seria abolida por conta de litígios entre Diogo Mirão, seu delegado no Brasil, Luís da Grã contra Nóbrega.
Esta questão sem dúvida foi um duro "golpe", nas já combalidas finanças da Companhia que já era desprovida de recursos para sustentar sua estrutura.Por algumas cartas enviadas por Nóbrega percebesse as graves dificuldades enfrentadas pela Companhia: ("?a esmola d?EL-Rei é incerta,?é impossível poderem se sustentar os Irmãos daquela casa em toda esta Capitania?")
Foi, sem dúvida, a redízima que proporcionou a recuperação da Companhia e o desenvolvimento das missões jesuíticas. A redízima garantia aos inacianos todos dízimos que pertenciam à EL-Rei em todo o Brasil e, que eram tão necessários aos seus empreendimentos missionários. As "esmolas" d?El Rei proporcionaram uma nova fase na Companhia de Jesus, inicialmente restritas apenas ao colégio da Baya, se estenderam aos colégios do Rio de Janeiro e de Olinda e as missões.Os Jesuítas realizaram intenso programa de apostolado e de ensino em três continentes: Europa, América e Ásia.
Seguindo modelo do Colégio das Artes de Coimbra, os colégios jesuíticos eram gratuitos e públicos.
Os colégios da Companhia de Jesus organizavam-se basicamente em cinco classes inferiores: uma de retórica, uma de humanidades e três de gramática, estas disciplinas eram ministradas sistematicamente organizadas, incluía-se também a filosofia, abrangendo esta a lógica, a física, a metafísica, a moral e as matemáticas.







CONCLUSÃO

Mesmo com muitas dificuldades de ordem financeira em seu início, a Companhia de Jesus foi responsável, com sua dedicação e perseverança por um dos mais fantásticos modelos de educação já realizados no Brasil. Evidentemente a ajuda providencial da coroa portuguesa foi fundamental para sua recuperação e para a implantação de seu sistema de ensino que por sua qualidade trouxe, a então colônia, condições de estabelecer-se e organizar-se.
O exemplo dos Jesuítas nos faz refletir acerca dos frutos dos incentivos à educação, que comprovadamente demonstram ser garantidos e podem transformar os rumos de qualquer nação que nela acredite.





Autor: Andre Monteiro De Oliveira


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