Serenamente



Meu bem, não me leve a sério quando digo versos de amor eterno.

Nem acredite quando digo que atravessarei o oceano para te encontrar.

Naquela hora tudo vale e nada pesa.

Naquele instante, ainda adormecidos, quero apenas te fazer feliz.

 

Depois... é sempre tempo de realidade!

O sol nasce e afugenta as estrelas que nos fitavam do céu.

A lua entristecida vê fugirem os amantes quando a claridade vem.

E novamente o dia nos coloca na estrada estreita de viver sem sobressalto.

 

Meu bem, não me leve tão a sério se eu disser que vou chorar.

Nem acredite tanto quando abano na partida.

Se eu chorar – acredite - não será dor de amor ou desencanto.

Desaprendi esse querer mais que querer.

 

Meu bem, não me leve a sério quando me vir passar.

Nem acredite na poesia de amor que faço e invento.

Tenho vivido assim enamorada de mim nesses últimos tempos.

Encontrei-me, enfim, como sempre me busquei, serena a mirar o horizonte.

 

É que ando feliz da vida na minha companhia.

E resolvi conceder-me um tempo de brincar e ser feliz!
Autor: Nara Junqueira


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