Radioatividade Mocinho ou Vilão?
A primeira ideia das reações nucleares surgiu na madrugada de 16 de julho de 1945, quando ocorreu o primeiro teste nuclear da historia, realizado no deserto de Alomogordo, novo México. Através das ideias de Albert Einstein que tratava da conversão de massa em energia, alguns isótopos de certos elementos químicos apresentam a capacidade de emitirem energia através de seus núcleos instáveis em busca da estabilidade nuclear. A partir de então foi observado pelos cientistas da época à possibilidade do aproveitamento e transformação desse tipo de energia, não apenas para fins bélicos como no caso das bombas atômicas, mas para finalidades que poderiam ter um melhor aproveitamento no dia a dia das pessoas. Mas o que é uma usina nuclear? "Uma Usina Nuclear é uma instalação industrial empregada para produzir eletricidade a partir de energia nuclear, que se caracteriza pelo uso de materiais radioativos que através de uma reação nuclear produzem calor. Este calor é empregado por um ciclo termodinâmico convencional para mover um alternador e produzir energia elétrica". (1)
As centrais nucleares apresentam um ou mais reatores, que são compartimentos impermeáveis à radiação, em cujo interior estão colocados barras ou outras configurações geométricas de minerais com algum elemento radioativo (em geral o urânio). No processo de decomposição radioativa, se estabelece uma reação em cadeia que é sustentada e moderada mediante o uso de elementos auxiliares, dependendo do tipo de tecnologia empregada.
O maior e mais temido problemas de toda essa transformação energética, está demostrada no momento em que ocorre a perda do controle durante o processo, como ocorreu no Japão por conta do tsunami que danificou a usina, gerando a fusão do reator nuclear causado por um grande aumento de temperatura, ocasionando vazamento das radiações nocivas aos seres vivos. A nocividade dessas radiações deve-se ao fato de que "a energia liberada pode produzir ionização e excitação dos átomos e quebra das moléculas e, como consequência, formação de íons e radicais livres altamente reativos. Estes, por sua vez, podem atacar moléculas de grande importância como a molécula de DNA do núcleo da célula, causando-lhe danos. A destruição de uma molécula de DNA resulta numa célula capaz de continuar vivendo, mas incapaz de se dividir. Assim, a célula acaba morrendo e não sendo renovada. Se isso ocorrer em um número muito grande de células, vai haver um mau funcionamento de tecido constituído por essas células e, por fim, a sua morte". (2)
Mas mesmo diante de todo esse quadro desfavorável, a energia nuclear ainda pode ser vista de forma eficiente no campo do desenvolvimento humano, através da execução de feitos impossíveis em meios convencionais. A medicina, a indústria farmacêutica e a agricultura são algumas das áreas mais beneficiadas por esse tipo de energia. Os radioisótopos como são chamados, podem ser absorvidos ou atravessar a matéria, possibilitando múltiplas aplicações no meio medicinal, como na cura ou no controle do câncer, diagnóstico de doenças através de mamografia, tomografia, radiografia entre outros. São essas aplicações que são utilizadas para destruir microrganismos ou células nocivas ao bom funcionamento do metabolismo humano. Além do exposto, uma das principais vantagens da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis, não lançando na atmosfera gases tóxicos, e não sendo responsável pelo aumento do efeito estufa.
Fontes:
(1) www.wikipedia.org
(2) (Okumo, Física para Ciências Biológicas e biomédicas).
Autor: Luiz Gustavo Bezerra De Melo
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