Processo de Formação da Ciência Moderna



A ciência, como é conhecida atualmente, desenvolveu-se na Europa a partir do século XV, mas suas bases são muito mais antigas. Os gregos estabeleceram uma legalidade geral, para poder ser explicada. Seu contexto político, social, era já contextualizado já que em suas horas de lazer, os filósofos da Antiguidade, como Platão e Aristóteles, realizavam reflexões, não faziam trabalhos manuais; isto permitia que se pudesse separar os conceitos de abstrato do concreto e resolver os conceitos que envolviam a construção de ambos. A Grécia, em cinco ou seis séculos, produziu uma ciência de elevada qualidade, por exemplo a Física de Aristóteles perdura até a revolução moderna, depois impulsionada por Galileu Galilei, sendo este tema muito interessante para um objetivo da pesquisa. Os elementos de geometria de Euclides duram até o século XX. Outros exemplos são Galeno, Hipócrates, etc. O que rompeu o vínculo com todo o saber foi: -Quando cai o império romano, a Igreja era a depositária de todo o saber cultural. -Ninguém na Europa ocidental sabia ler grego. -Os poderes da Igreja Romana acreditavam que o conhecimento da Bíblia bastaba para o saber. Deu-se o incêndio da biblioteca de Alexandria. No século XIII, voltam a entrar na Europa os textos escritos gregos (provenientes do norte da Africa), vindo traduzidos do grego para o sírio, do sírio ao árabe, ao latim; isto fazia com que não chegassem de forma autêntica. Os originais produziram uma comoção em toda a Europa, sendo esta uma via de estudos para um tcc sobre este assunto, porque se deslumbram ante tanto conhecimento. Era necessário adaptar o saber que era redescoberto, assim como suas fundamentações, criando-se a escolástica. Na Idade Média, a ciência não era praticada intensamente. Impulsiona-se a indagatória. Lentíssimo, mas de modo inexorável, há o surgimento de uma "nova classe social", que tenta apoiar-se no artesão, no pequeno comerciante. Nascem as grandes cidades (Paris, Londres) e o poder vai passando de mãos. Cria-se uma nova forma de produção, desenvolvendo-se o comércio, o artesanato (sapatos, roupas, etc.). Isto vai criando agremiações de artesãos; são muito fortes, porque sabem que sua obra é muito importante; conhecimento se transmite de professor para aluno. Vai tomando corpo esse pequeno poder da burguesia. Esta população traz, como conseqüência, uma nova moral (para o senhor feudal o trabalho era um pecado); a nova burguesia situa o lazer como um pecado e realiza o trabalho. Traz uma idéia capital, o "Progresso", (para que se possa compreender o conceito, até o século XIV a ideia de progresso não era conhecida) com a possibilidade de melhorar a economia regional e pessoal. Esta nova classe social traz atrelado o crescimento da produção (na Idade Média, a produção era de subsistência, não se buscando excedentes). A classe social ascendente procura esse excedente. A comunicação a distância gera transporte. Ao haver excedentes, começam a surgir comércios. Quando a rota se viu obstruída, foi necessário estabelecer outra. Os portugueses se vêem como os únicos em possuir uma rota confiável. Precisava-se de uma orientação mais específica. Quem melhor do que os cientistas para proporcioná-las. Na Idade Média, surge a primeira técnica científica, causada pela necessidade criada do transporte. Contratam-se técnicos para melhorar as tecnologias, em definitiva se estava pagando pela pesquisa, o que foi uma ótima consequência. Outra revolução foi a "Tipografia", que está relacionada com a ideologia religiosa dominante, com o mal-estar. Esse mal-estar produz a necessidade de difundir a Bíblia, sendo que todo esse novo conhecimento é originário dos antigos gregos. Vai surgindo o conceito de "Nação", perdendo força o feudalismo e crescendo a força de "Nação", que impulsionará um positivismo científico a ser discutido em outro artigo.
Autor: Claudia Marques


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