Vida Pós-quarenta Anos - Um Pequeno Enfoque



É impressionante o preconceito (ou esquecimento diria)  em nossa sociedade quanto as pessoas com mais de quarenta. É como se só existissem jovens, tudo é pra eles e quando precisamos de algo temos que buscar e muito!

Ao mesmo tempo é decepcionante saber o quanto somos envolvidos pela mídia ou pelos dominantes, parece que sempre somos direcionados para o que alguém quer  e não para o que queremos, ou necessitamos. Lógico que algo se tem de benefício nesse esquema de mídia/jovialidade. O que existe não compete a mim expor, até porque as evidências, para quem quer ver estão ai. Os mais jovens talvez não necessitem tanto analisar os preços dos produtos, quem sabe nem pensem nisso...

Mas o meu questionamento maior agora no momento é quanto ao nosso País que esqueceu das pessoas de meia idade, a começar pelo supermercado, tudo letra pequena, tem preços que nem com lupa a gente consegue entender. Me parece um desrespeito àqueles que ainda estão contribuindo com o processo; claro, sem contar aqueles que já passaram dessa idade (quarenta), fico imaginando como será e sinto um aperto no coração. É um desligamento total, um desdém, e o mais interessante é que parece que ninguém enxerga que quem paga as contas, em especial dos jovens, geralmente somos nós. É muito triste passarmos desapercebidos pela comunidade, acho que devemos ser vistos de alguma maneira. Deve haver algum órgão que se preocupe com isso. Qual será? Ou será que estamos condenados a simplesmente aceitar esse descaso.

O que falo não sinto de agora, venho observando há tempos esse esquecimento dos entistas (chamo assim as pessoas com mais de quarenta); quando vou ao supermercado geralmente algumas pessoas me perguntam que preço está marcado em tal produto, e quando olho o que está escrito nem eu entendo e então se forma um grupo de gente querendo entender o que está escrito! Daqui a pouco tem que se fazer uma comissão para ir à gerência perguntar se daria para alguém ler para nós os preços das coisas... Chega ser irônico... Mas é verdade, vivemos num país juvenil onde tudo é direcionado para um público somente consumista e não crítico.

Esses questionamentos, na verdade, são para que ao lermos comecemos a falar, solicitar quem sabe, uma melhor acolhida a nós de 2ª idade já que ainda não chegamos na 3ª. Mas chegaremos! Acredito que é nesse ponto que temos que pensar: chegaremos! Ou seja, precisamos sim nos preocuparmos com a qualidade de vida para todos. A máxima um mundo melhor para todos não está funcionando no momento em relação a esse tema...

Quem sabe, como já estamos mais maduros, com o nosso ego bem mais apurado, mais diplomáticos, possamos solicitar uma atenção a mais ao comércio para todos nós!

E o melhor: quem sabe nos atendam e então nos sentiremos inseridos novamente a nossa rotina normal de vida!

Me permitam citar Mário Quintana (grande poeta gaúcho) quando diz em seu Poema Das utopias:

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!

Tomara que nossa utopia se torne realidade! O mais rápido possível...

Autor: Luz Mary Padilha Dias


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