A Importância do Aleitamento Materno para o Recém-Nascido



A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O RECÉM-NASCIDO
Autor: Maílle Nandale da Silva Freitas1. Leonardo Felipe Rebelo2.
1. Discente do Curso de Enfermagem, 4º período.
2. Enfermeiro Urgência e Emergência - UTI.
INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é o alimento mais completo para o bebê. Isso significa que até os 6 meses o bebê não precisa de nenhum outro alimento. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos. No leite materno são encontradas vitaminas, minerais, gorduras, açúcares e proteínas, estas substâncias nutritivas e de defesa não são encontradas em leites artificiais. O leite materno é de extrema importância para o desenvolvimento do craniofacial e motor-oral do recém-nascido, gerando benefícios emocionais e econômico-sociais, protegendo o RN contra incidência e gravidade das diarréias, pneumonias, otite média, diversas infecções neonatais e outras infecções. Além da proteção contra todas essas doenças, o leite materno propicia uma nutrição de alta qualidade promovendo seu crescimento e desenvolvimento. Vale ressaltar que as crianças amamentadas podem apresentar um crescimento diferente de outras crianças que foram amamentadas artificialmente. A literatura tem apontado a importância da sucção durante o aleitamento natural, pois promove o desenvolvimento adequado dos órgãos Fonoarticulatórios (OFAs) quanto à mobilidade, força, postura, e o desenvolvimento das funções de respiração, mastigação, deglutição e articulação dos sons da fala, desta forma, reduz a presença de maus hábitos orais e de várias patologias fonoaudiológicas. O leite colostro assim chamado por aparecer nos primeiros dias após o parto é essencial para o início de vida da criança protegendo-o contra doenças e infecções saciando a sede. Sendo de fácil digestão estimula o RN a querer mamar várias vezes, em conseqüência, o mesmo cresce forte e saudável. O aleitamento materno previne a mortalidade desde os primeiros dias de vida, como comprova um estudo europeu multicêntrico sobre mortalidade por enterocolite necrotizante. Recém-nascidos pré-termo não amamentados ou em aleitamento misto tiveram uma chance 10,6 e 3,5 vezes maior de morrer por enterocolite, respectivamente, quando comparados com seus pares amamentados exclusivamente. A espécie humana está geneticamente programada para receber os benefícios do leite humano e do ato de amamentar desde o início da vida. Apesar do aumento das taxas de amamentação na maioria dos países nas últimas décadas, inclusive no Brasil, o número de crianças amamentadas segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda é pequeno. No Brasil, a última pesquisa sobre a situação do aleitamento materno em nível nacional encontrou uma mediana de duração da amamentação de 7 meses e de amamentação exclusiva de apenas 1 mês. Apesar de a grande maioria das mulheres (96%) iniciar a amamentação, apenas 11% amamentam exclusivamente no período de 4 a 6 meses, 41% mantêm a lactação até o final do primeiro ano de vida e 14% até os 2 anos(2). OBJETIVO: Descrever a importância do leite materno para os recém-nascidos, e da orientação correta e do apoio emocional dos profissionais de saúde para as mães, garantindo assim sucessos na amamentação. MÉTODOS: Trata-se de um estudo do tipo descritivo bibliográfico, que visa aprofundar o conhecimento da realidade, desenvolvido através de livros, publicações em periódicos e artigos científicos coletados em bancos de dados eletrônicos. RESULTADO E DISCUSSÃO: É possível observar que crianças amamentadas com o leite materno crescem mais saudáveis e correm menos riscos de contrair doenças que as contrárias, portanto pode-se afirmar que o leite materno é o alimento ideal para o bebê e tem sido recomendado como o único alimento nos seis primeiros meses de vida, possuindo assim substâncias imunológicas, de defesa e prevenção de defeitos na oclusão dos dentes. Atualmente tem se recomendado amamentação exclusiva por aproximadamente 6 meses e manutenção do aleitamento materno complementado até os 2 anos. Portanto, é importante os profissionais estarem passando informações às mães para que elas entendam a importância da amamentação na vida dos seus filhos. CONCLUSÃO: Constata-se que é importante e indispensável o aleitamento materno para os recém-nascidos, pois neles são encontradas substâncias necessárias e de sobrevivência atendendo a todas as necessidades do nosso organismo. A promoção do aleitamento materno deve ser vista como uma ação prioritária visando assim à qualidade de vida das crianças e de suas famílias.
Palavras-chaves: Aleitamento materno, Recém-nascido e Amamentação.

REFERÊNCIAS:
1. NEIVA, Flávia Cristina Brisque; CATTONI, Débora Martins; RAMOS, José Lauro de Araújo and ISSLER, Hugo. Desmame precoce: implicações para o desenvolvimento motor-oral. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2003, vol.79, n.1, pp. 7-12. ISSN 0021-7557. doi: 10.1590/S0021-75572003000100004.
2. GIUGLIANI, Elsa R. J. -Professora do Departamento de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; Consultora em Lactação pelo International Board of Lactation Consultant Examiners; Avaliadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança no Brasil.
3. PARADA, Cristina Maria Garcia de Lima et al. Situação do aleitamento materno em população assistida pelo programa de saúde da família-PSF. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2005, vol.13, n.3, pp. 407-414. ISSN 0104-1169. doi: 10.1590/S0104-11692005000300016.
4. ICHISATO, Sueli Mutsumi Tsukuda and SHIMO, Antonieta Keiko Kakuda. ALEITAMENTO MATERNO E AS CRENÇAS ALIMENTARES. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2001, vol.9, n.5, pp. 70-76. ISSN 0104-1169. doi: 10.1590/S0104-11692001000500011.
5. ESCOBAR, Ana Maria de Ulhôa et al. Aleitamento materno e condições socioeconômico-culturais: fatores que levam ao desmame precoce. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. [online]. 2002, vol.2, n.3, pp. 253-261. ISSN 1519-3829. doi: 10.1590/S1519-38292002000300006.
6. Ministério da Saúde. Aleitamento Materno. Disponível em:,acessado em 14 de fevereiro de 2011.



Autor: Maílle Nandale Da Silva Freitas


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