Menino Columbine.



Menino Columbine.

Meus pais estão brigando novamente.
A porta bate com violência.
Ouço o choro em minha mente.
Eles me ferem, mas não acho que tenham consciência.

Minha mente e meu coração alternam:
Entre o inferno do meu lar;
E a humilhação e o sofrimento de estudar.
Mas minhas dores ainda não se encerram.

As primeiras brincadeiras não me atingiram.
Os primeiros tapas não me feriram.
Geralmente eu preferia ficar calado.
Talvez tenha sido isso que tenha me matado.

Suas provocações eram para mim, um tormento.
Para eles apenas um momento.
Ninguém se importou com o que eu estava sentindo.
Ninguém percebeu que por dentro eu estava explodindo.



A solidão me acorrenta.
E a tristeza afugenta:
As pessoas que poderiam me socorrer;
E a minha vontade de viver.

Se eu der um tiro, alguém vai me ouvir?
Se eu der um tiro, alguém vai sentir?
Será que Deus vai me perdoar?
Será que assim alguém vai me amar?

Autor: Fernando Samuel Leite Monteiro


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