CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRESTADOS AO PORTADOR DA DOENÇA DE PARKINSON
RENDERED TO THE BEARER OF PARKINSON DISEASE
Abstract
Parkinson's disease is a degenerative neurological disorder of unknown cause, but may be related to genetic predisposition and exposure to toxins, tends to affect people above 50 years, whose clinical diagnosis can be made and by exclusion, because some diseases have clinical manifestations similar, the cardinal signs of the disease is the slow movement, rigidity and tremor, has no cure and the treatments available are: medical, surgical and support interdisciplinary and multidisciplinary, they allow delaying the progression of the disease and provide better quality of life. This study aimed to investigate the nursing care to be provided to patients of Parkinson's disease. This - is a literature search, constructed from data collected in the collections of public and private libraries of the city of João Pessoa, in scientific articles in specialized journals in the database and the Internet. After the construction of the theoretical framework, it appears that nursing has an important role in the treatment of Parkinson's disease, the nurse should observe and evaluate how the disease affects daily living activities and functional capacity of Parkinsonian, their response to treatment, being of their competence teach, guide and encourage the implementation of humane care and with quality, seeking to answer the need of each individual.
Keywords: Care, Nursing; Parkinson
Introdução
A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico resultante da degeneração de células da substancia negra do cérebro, responsáveis pela produção da dopamina, mensageiro químico fundamental para o controle dos movimentos autônomos do corpo humano ( FREITAS, et al, 2002).
James Parkinson foi o médico inglês que descreveu a doença de Parkinson pela primeira vez em 1817, antes da patologia ser batizada com seu nome, era conhecida popularmente como paralisia agigante (ISSELBACHER et al, 1995).
O público-alvo da doença de Parkinson é a meia-idade, entre 50 aos 70 anos, esse distúrbio apresenta evolução lenta e prolongada, cujos sinais principais são: tremor em repouso, lentidão dos movimentos, postura flexionada para frente alteração dos reflexos posturais e bloqueio da atividade motora (FREITAS et al, 2002).
A etiologia da DP muitas vezes é idiopatica, porém pode está relacionada à predisposição genética, exposição a algumas substâncias encontradas na natureza ou no local de trabalho, que podem ser tóxicas e favorecer a morte de neurônios da substância negra do cérebro, podendo está relacionada a disfunções de estruturas celulares ou a presença de radicais livres que afetam o metabolismo normal (ALMEIDA, 2011).
As manifestações clinicas mais comum em um portador da doença de Parkinson incluem: bradicinesia; tremores dos quirodáctilos e pododáctilos; rigidez muscular, postura encurvada com a coluna, joelho e pernas flexionadas para frente do corpo; alterações na locomoção, pois costumam arrastar os pés; alterações na fala, esta se torna fraca, pouco audível, monótona e com desarticulação de palavras, dificultando o diálogo com outras pessoas; redução do movimento de piscar os olhos; perda espontânea e repentina da face; distúrbios do sono; dificuldade para se alimentar; mudar de posição; alteração do humor, ansiedade e depressão devido ao isolamento; nos casos mais avançados podem apresentar demência e perda da capacidade de se auto-cuidar (ALMEIDA, 2011).
O diagnóstico precoce da doença de Parkinson não é fácil, pois o portador não sabe identificar os sinais da doença, que é o tremor, a rigidez e a lentidão dos movimentos (SMELTZER; BARE, 2002).
O diagnóstico da doença é feito por exclusão, para isso alguns exames são solicitados, tais como: o eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética e análise do liquido espinhal. O diagnóstico da D.P. é baseado principalmente na história clinica, familiar e exame neurológico realizado por um Neurologista, se confirmado o portador de Parkinson inicia o tratamento sintomático, cuja finalidade é retardar a progressão dos sinais e sintomas da patologia (PARKINSON, 2011).
O tratamento mais eficaz e conhecido até hoje é o trabalho interdisciplinar, onde cada profissional da área de saúde (fisioterapeuta, farmacêutico, nutricionista, médico e enfermeiro) desenvolve a sua prática assistencial. O tratamento é realizado no intuito de amenizar os sintomas e a velocidade do avanço da doença, assim prolongando, as estimativas de manter uma melhor qualidade de vida. Não existe cura da doença muito menos um único remédio que resolva o problema desses portadores, por isso a importância de um trabalho interdisciplinar.
A enfermagem tem um papel importante no tratamento da doença de Parkinson, devendo este profissional observar e avaliar como a doença afetou as atividades da vida diária, as capacidades funcionais, as respostas aos tratamentos e promover cuidados ao portador da doença que possibilite maior bem-estar e conforto.
A realização desse estudo, surgiu a partir da necessidade de como enfermeira, investigar os cuidados de enfermagem que podem ser proporcionados ao portador de Parkinson, para prestar uma assistência integral, humanizada e de qualidade a este, seja atuando no campo da saúde coletiva, na unidade hospitalar ou na residência, além disso, pode constituir uma contribuição cientifica para ampliar o conhecimento dos profissionais da área de enfermagem e da população em geral acerca da patologia.
Sabe-se que é de fundamental importância o idoso portador da Doença de Parkinson ser acompanhado por uma equipe interdisciplinar e multiprofissional, incluindo o enfermeiro, para isso é necessário que esteja devidamente capacitado e tenha conhecimento sobre a patologia para prestar os cuidados necessários. Diante disto questiona- se quais os cuidados que o enfermeiro pode prestar ao portador de Parkinson?
O objetivo deste estudo é investigar os cuidados que os profissionais de enfermagem, podem prestar aos portadores da doença de Parkinson, a fim de proporcioná-lo melhor qualidade de vida.
A escolha do tema justifica-se pelo interesse em aprofundar os conhecimentos sobre a doença de Parkinson, a fim de prestar os cuidados de enfermagem necessários ao portador e assim proporcioná-lo melhor qualidade de vida, considerando e respeitando as necessidades individuais de cada parkinsoniano.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Segundo Gil (2002), pesquisa bibliográfica é desenvolvida em material já elaborado, constituído principalmente de livros, revistas e artigos científicos.
Após o levantamento bibliográfico em literaturas pertinentes a essa temática, foi realizada uma criteriosa seleção do material lido, avaliando a opinião dos autores especializados. Finalmente, foi construído o referencial teórico para alcance do objetivo pretendido com a pesquisa.
REVISÃO DE LITERATURA
A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio degenerativo que afeta os neurônios pigmentados da substância negra do cérebro, responsáveis pela produção de dopamina (neurotransmissor inibitório) o qual controla e coordena os movimentos voluntários do ser humano (SMELTZER; BARE, 2002).
A D.P é proveniente de um desequilíbrio do sistema nervoso central, não é transmissível, pode acometer todas as raças e apresentar alta incidência no mundo. Os homens são mais afetados que as mulheres, o risco de desenvolver aumenta com a idade, o diagnóstico inicial é puramente clínico com base nos sinais e sintomas presentes no indivíduo e o tratamento pode ser sintomático, cirúrgico, e a atuação multiprofissional é imprescindível à medida que a doença evolui (BENNET; PLUM, 1997).
De acordo com Adoni (2011) o termo Parkinson foi uma homenagem ao inglês James Parkinson a idéia de dá o nome do médico à doença, foi do neurologista Martin Chacot (pai da neurologia). Em 1817 aos 62 anos James escreveu o livro "Ensaio sobre a paralisia agitante", sendo responsável por descrever tão bem e pela primeira vez sobre a paralisia agitante, conhecida ainda hoje como doença de Parkinson, o livro conta a historia de seis indivíduos portadores da patologia e apenas dois não foram examinados pelo Dr. James, mas foram observados à distância.
Epidemiologia
A prevalência da DP é de 85 a 187 casos por 100.000 habitantes, entre 50 e 70 anos, o índice ainda maior é na faixa etária dos 60 anos e a incidência é de três homens para duas mulheres, apesar de raros, jovens podem ser afetados, recebendo o nome de Parkinson Juvenil e de Parkinson Precoce quando atinge indivíduos entre 21 a 40 anos (BENNET; PLUM, 1997).
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos é portadora de Parkinson e a prevalência corresponde aproximadamente de 150 a 200 casos por 100 mil habitantes; só no Brasil a estimativa é de 300 a 400 mil parkinsonianos (NOTISA, 2011).
Etiologia
Segundo Quagliato (2011) a doença de Parkinson cursa com uma diminuição dos níveis de dopamina, neurotransmissor produzido pelos neurônios da substância negra do cérebro, na patologia o responsável pelo surgimento dos sintomas motores é a morte dessas células nervosas, no entanto fatores ambientais como as toxinas podem está ligadas ao processo neurodegenerativo, acarretando falência mitocondrial e estresse oxidativo. A predisposição genética pode ser uma das causas da moléstia, pois estudos realizados com gêmeos idênticos mostram que a probabilidade é de aproximadamente 100% de ambos desenvolverem a D.P. antes dos 50 anos e após a faixa etária acima a probabilidade reduz para 10, 4 %. Fumantes apresentam uma menor tendência de desenvolver a patologia, sendo comprovada cientificamente, pois a nicotina parece ter efeito protetor sobre as células produtoras de dopamina, como também quem faz o uso constante de café.
De acordo com Bennet; Plum(1971) os corpúsculos de Lewy são inclusões citoplasmáticas eosinófilicas encontradas em áreas de degeneração celular, considerados como principal característica patológica da DP e marcadores de perda neuronal. A etiologia da DP pode está associada aos seguintes fatores de forma isolada ou associada: a ação de neurotoxinas-ambientais, produção de radicais livres, anormalidades mitocondriais, predisposição genética e envelhecimento cerebral.
Fisiopatologia
De acordo com Teive (2003) a perda neuronal progressiva de 60% na região ventro-lateral da parte compacta do mesencéfalo, parece ser responsável pelo surgimento dos sinais cardinais da patologia como a bradicinesia, rigidez, tremor e reflexos posturais. A perda neuronal de 60% diminui os níveis de dopamina ao nível de dopamina dos receptores dopaminérgicos situados no gânglio da base e no corpo estriado. resultando na distinção nigro-estriatal mecanismo responsável pelo surgimento da síndrome rigido-acinética, que em sua maioria está associada ao tremor e a instabilidade postural.
Conforme referência anterior a síndrome rígido-acinética é decorente de menor ação inibitória do segmento lateral do globo pálido sobre o núcleo sub-talâmico, e consequentemente maior ação excitatória dessse núcleo sobre o segmento medial do globo pálido e por fim menor ação excitatória do tálamo sobre o córtex motor.
A dopamina (neurotransmissor inibitório)e a acetilcolina (neurotransmissor excitatório) enviam mensagens através de neurônios estriados para os centros motores elevados, cuja finalidade é controlar e estimular os movimentos motores do ser a acetilcolina fica em excesso o que gera descargas anormais, atingindo principalmente os movimentos voluntários e consequente comprometimento dos tratos extrapiramidais, regiões responsáveis pelo controle dos movimentos complexos do corpo, desencadeando tremores, rigidez e bradicinesia (SMELTZER; BARE, 2002).
Manifestações Clínicas
Conforme Smeltzer; Bare (2002), a doença de Parkinson apresenta evolução lenta e gradual. As principais manifestações clínicas da doença são: tremor lento unilateral; bradicinesia; dificuldades para falar; alterações nos movimentos; rigidez do pescoço, tronco e ombros; e aumento na produção de saliva com risco para sufocação e/ou aspiração. O tremor lento unilateral pode ser de repouso rítmico, que desaparece com o movimento proposital do membro, tornando-se evidente à medida que caminha ou permanece parado e mais acentuado quando está concentrado ou ansioso.
Segundo a referência anterior os movimentos dos portadores do mal de Parkinson podem ser: lentos (bradicinesia); lento anormal (hipocinesia);?fenômeno de congelamento? decorrente da incapacidade de realizar o movimento ativo;costumam arrastar os pés. Apresentam alterações na postura; escrita; expressão facial; e nos movimentos de piscar os olhos. Outra característica da patologia é a rigidez do pescoço. tronco e ombros. No estágio inicial é comum algia no ombro em virtude da resistência ao movimento lento e devido ao comprometimento unilateral. enquanto o outro é ativo e voluntário.
A lentidão dos movimentos, a rigidez e o tremor são os sinais cardeiais do mal de Parkinson, o tremor dos dedos assemelha-se ao movimento de contar dinheiro, nos estágios avançados da doença o portador pode apresentar demência e perder a capacidade de autocuidado, dificuldade de realizar atividades da vida diária como tomar banho, trocar de roupa e levantar-se ( FREITAS, et al, 2002).
Para Apargs (2011) o portador do mal de parkinson pode apresentar além do tremor, rigidez, instabilidade postural, bradicinesia e outros sintomas, cuja intensidade varia de um portador para outro, são eles: depressão; distúrbios do sono (insônia, sonhos confusos, sonolência diurna, pesadelos e cansaço); distúrbios emocionais ( medo. insegurança. pessimismo. diminuição da capacidade de pensar e mztnonzar os lattb. confusão mental e alucinações); distúrbios na fala e escrita; constipação e dificuldade urinária. em conseqüência do mal funcionamento do sistema nervoso autônomo, sistema responsável pelo controle da musculatura lisa da bexiga e do intestino, podendo está relacionado a dieta pobre em fibras ou a pequena ingestão de líquidos; dificuldades de mastigação; dispepsia e distúrbios da pele ( oleosidade ou ressecamento).
Diagnóstico
O fator essencial para o diagnóstico da DP é o estudo clínico, sendo imprescíndivel a observação detalhada dos sinais e sintomas da doença e a resposta ao tratamento( ANDRADE et al, 2011).
De acordo com Quagliato(2011) os sintomas motores da doença de parkinson surgem a perda neuronal corresponde a 70% e é acompanhado por níveis reduzidos de dopamina na substância compacta do cérebro. Alguns exames neurológicos como ?PET scan? (tomografia por emissão de positróns) não realizados no Brasil, pode ser útil para o diagnóstico da DP, pois possibilita uma avaliação da função cerebral. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética disponíveis no país não permite visualização da função cerebral, sendo úteis para o diagnóstico diferencial com as síndromes parkinsonianas. A necroscopia é outro exame importante porque visualiza os corpúsculos de Lewy e suas alterações, estas estruturas são consideradas como marcador biológico da patologia em estudo.
Tratamento
O tratamento é ajustado de acordo com a neessidade de cada um e gravidade do quadro clínico, é apenas para aliviar os sintomas porque não existe cura. O tratamento pode ser medicamentoso, cirúrgico, sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e acompanhamento por nutricionista, médico e equipe de enfermagem, de toda equipe multiprofissional e apoio familiar são de extrema valia para o portador de Parkínson visando a promoção de conforto, e melhor qualidade de vida.
Segundo lssebalcher (1995) o tratamento medicamentoso varia de acordo com a necessidade de cada portador de Parkinson, a opção por uma droga ou drogas específicas são influenciadas pelo estágio da doença. No estágio I da DP ocorre comprometimento unilateral; no estágio II ocorre comprometimento bilateral do corpo sem alterações posturais; no estágio III ocorre comprometimento bilateral com discreto desequilíbrio postural; o estágio IV caracteriza-se por comprometimento bilateral e instabilidade postural, tornando-se dependente da ajuda de outras pessoas para realizarem atividades diária e no estágio V o portador torna-se totalmente dependente do outro e permanece restrito ao leito ou cama.
O referido autor acrescenta que nos estágios I e II da doença de Parkinson a droga mais utilizada no tratamento é o deprenil com dose de 5 mg duas vezes ao dia; acredita-se que seja inibidor da monoamino-oxidase B e tenha capacidade de lentilicar a progressão da patologia. Nos estágios III, IV e V torna-se necessario a introdução da levodopa no tratamento de forma isolada ou associada a outras drogas. A levodopa é o precursor da dopamina e age aumentando os níveis dopaminérgicos, restaurando o equilíbrio de neurotransmissores entre a dopamina e a acetilcolina, além de melhorar a acinesia e a rigidez. A ingestão concomitante de levodopa com drogas anticolinérgicas é eficaz no controle do tremor de repouso, já a instabilidade postural não responde à levodopa.
Segundo Limongi (2001) os procedimentos cirúrgicos que podem ser realizados para o tratamento da DP, envolvem as áreas do cérebro mais atingido pela doença, devido à redução dos níveis de dopamina decorrente da falência de neurônios dessa área, compreendem: cirurgia ablativa (envolve o globo pálido (palidotomia0 ou o talámo (talidotomia); estimulação cerebral-profunda ( bloqueio de descargas elétricas anormais no globo pálido e talámo) e transplante de células produtoras de dopamina nos dois lados do cérebro ( obtidas a partir de embriões humanos ou de células manipuladas geneticamente)
Cuidados de Enfermagem
Segundo APARGS (2011) o enfermeiro pode atender o portador de Parkinson, seja no hospital, na unidade Saúde da Familia ou na sua residência, mediante realização de visita domiciliar, ao invés do médico. Em alguns países como Reino Unido, existe um número crescente de enfermeiros especialistas em doença de parkinson, que podem oferecer orientações especializadas ao portador da doença.
O primeiro passo para o profissional de enfermagem frente ao portador de Parkinson, é focalizar como a doença afetou as atividades da vida diária, a capacidade funcional do paciente e as respostas ao tratamento medicamentoso.
A maioria dos portadores de Parkinson apresentam distúrbio de movimento, alguma alteração funcional até mesmo disfunção comportamental. Durante a avaliação, o enfermeiro deve observar o paciente quanto à qualidade da fala, perda da expressão facial, dificuldade de deglutição, tremores, lentidão dos movimentos, fraqueza, postura anterógrada, presença de rigidez, lentidão mental e confusão.
Os cuidados que o profissional de enfermagem pode prestar incluem orientar, ensinar, incentivar, estimular a realização de algumas ações, tais como:
? Orientar o portador de parkinson, quanto a necessidade de ralizar exercícios diariamente, a fim de melhorar a força muscular, coordenação , destreza e reduzir a rigidez muscular.
? Estimular a realizar exercícios posturais para conter a tendência da cabeça e do pescoço, se deslocarem para diante e para baixo.
? Incentivar a procurar um fisioterapêuta para desenvolver um programa de exercício individualizado e para fornecer instruções para o paciente e cuidador sore o modo de realizar os exercicíos com segurança.
? Encorajar, ensinar e apoiar o paciente durante as atividades diárias para promover o autocuidado.
? Encorajar o paciente a seguir um padrão de horário regular para realizar as necessidades fisiológicas e a aumentar a ingestão de liquidos e alimentos com um conteudo de fibra moderada, já que a constipação e dificuldade urinária são manifestações da doença.
? Monitorar o peso semanalmente, para saber se a ingestão calórica é adequada,pois alguns portadores de Parkinson apresentam dificuldades para manter o peso, decorrente da dificuldade para mastigar e deglutir.
? Encorajar a procurar um fonoaudiológo, para ensinar exercícios, que possibilitem a melhora da fala e facilitem a comunicação entre família, paciente e profissionais da saúde, pois alterações na fala são características dos portadores de parkinson.
? Estimular a participação em grupos de apoio, atividades de lazer e eventos sociais que pode ajudar a reduzir a depressão.
? Esclarecer quanto à importância do tratamento medicamentoso, horário das medicações e dosagem, e da necessidade do acompanhamento interdisciplinar, a fim de retardar a progressão da doença e proporcionar melhor qualidade de vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A doença de Parkinson é um dos distúrbios neurodegenerativos mais freqüente, de etiologia desconhecida, cujo publico alvo são pessoas acima dos 50 anos, podendo acometer jovens e adultos, no curso da patologia há uma diminuição dos níveis de dopamina (neurotransmissor inibitório) decorrente da falência dos neurônios da substancia compacta do cérebro, não tem cura e os tratamentos medicamentosos disponíveis apenas retardam a sua progressão, é de fundamental importância o acompanhamento multiprofissional para proporcionar melhor qualidade de vida ao parkinsoniano.
O estudo escolhido foi de grande importância para o crescimento pessoal e intelectual da pesquisadora acerca da Doença de Parkinson, essa pesquisa , permitiu conforme buscas em leituras bibliográficas, um meio de ampliar meu conhecimento, tornando-me uma enfermeira capaz de prestar cuidados com qualidade e de forma integral e humanizada ao portador de Parkinson, dando ênfase que a enfermagem é a arte do cuidar.
Sabe-se que o enfermeiro pode realizar todos os cuidados para que os sujeitos possam encarar a doença de uma forma menos agressiva, bem como encaminhar ou orientar cuidados de forma humanística e integral
Portanto recomenda-se aos profissionais de enfermagem ampliar seus conhecimentos acerca das patologias que acometem os idosos incluindo a doença de Parkinson, pois a cada ano eleva-se o índice de portadores desta patologia e nós enfermeiros devemos estar preparados para o saber cuidar e saber agir, seja atuando na saúde coletiva, na saúde publica e no hospital, visando promover maior bem-estar e consequentemente proporcionar melhor qualidade de vida ao idoso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ADONI, T. Doença de Parkinson. Disponível em: http://www.parkinson.med.be/ind ex.php. Acesso em 20/04/11 às 15:30.
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BENNET, J.C; PLUM, F. Cecil Tratado de Medicina Interna. 20 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997, v.2.
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QUAGLIATO, E. O papel da l-poda/ carbidopa, entacapona no tratamento da doença de Parkinson. Hipócrates, v.2, jun. 2011, p.2-3.
SMELTZER, S.C; BARE, B.G. BRUNNER & SUDDART: Tratado de Enfermagem Médico- cirúrgico. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, v.4, 2002.
TEIVE, H.A.G. Etiopatogenia da Doença de Parkinson. Conexão Parkinson. São Paulo: Segmento Farma, 2004, p. 4-17.
Autor: Marcela De Oliveira Feitosa
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