A história de um pai e seu filho.
Toda a cidade dava apoio para ele. Ele era um bom homem. Um dia se casou,
com uma mulher linda. Os dois viveram um exemplo de casal até os 2 anos de casado, quando finalmente aquele homem que tanto sonhava com um filho recebe a noticia mais feliz de sua vida. "Você é Pai".
Ele, sem demorar muito, convida a cidade toda para uma festa onde ia falar sobre a noticia que mudaria a vida dele. Todos, com a maior satisfação, aceitaram o convite.
Era chegado o dia da festa e tudo estava preparado. Mesas enfeitadas, balões, bolos, salgados. Tudo que tem direito. O sorriso no rosto daquele homem não desaparecera desde que o primeiro convidado chegou. Cumprimentava todos com um aperto de mão firme e um abraço amistoso.
Em um determinado momento da festa, ouve-se alguém falando "atenção". Era o novo pai.
Ele, com a boca cheio de orgulho e alegria, falou de seu novo filho como se ele estivesse ao seu lado.
Porém, quando estava terminando de contar sua história, alguém perguntou:
- Qual será o nome do seu bebê?
Então aquele homem olhou para aquela pessoa e falou:
- Essa é a maior surpresa. Não direi agora.
Então, depois de se alegrarem muito naquela ocasião, todos foram para suas casas. Não pouco, mas bastante curiosos. "Qual seria o nome do bebê?", "o que custava falar o nome da criança?"
Passaram-se o anos e aquele bebê já podia ser considerado um pré-adoslescente. Mas, agora a situação era outra. Aquele pai, que amava seu filho com todas as suas forças, que dedicava todo o seu tempo para ensiná-lo, agora deixa seu filho conhecer o mundo, sem nenhuma restrição.
Aquele menino andava por toda cidade, e todos viam as coisas ruins que ele fazia. "Como uma criança tão amada na infância pode ter um futuro assim?" .. era o que todos se perguntavam.
Na hora de chamar a atenção do garoto as pessoas falavam:
- Ei ... você .. é .. como é seu nome mesmo?
E o garoto respondia:
- Meu pai ainda não me deu um nome.
- Como não? Ah, deixa pra lá. Para com isso e vá para sua casa agora!
Pois é, aquele menino ainda não tinha um nome. E o pai não expressava nenhuma intenção de criá-lo.
Toda atenção e amor que aquele pai tinha pelo seu filho sumiu em um determinado dia que ninguém sabe.
Um carro bateu! Na mercearia todos param para ver, na padaria todos saem para ver se alguém tinha se ferido. Os bombeiros logo chegaram, mas era tarde.
O telefone daquele pai toca. A esposa estava fazendo o almoço.
- Amor.. nosso filho...
Foi um dos dias mais horríveis daquela cidade. E agora qual seria a reação daquele pai?
No dia seguinte, no enterro, todos não param de olhar o pai daquela criança. Ele não erguia a cabeça para nada. As pessoas, mesmo depois do corpo ter decido a sepultura, continuavam paralisados olhando para aquele pai. "Como aconteceu isso?", "será que é culpa do pai?", "será que ele não deu atenção suficiente pro filho?"
De repente aquele homem, que era olhado por todos, ergue a cabeça e tira um papel do bolso.
- Já sei o nome que vou dar para ele.
Os presentes naquela ocasião ficaram sem entender nada.
O pai continua:
- Já sei.. vai ser Mundo.
Alguém logo fala:
- Ele ficou louco. Alguém pode ajudar ele a ir para casa?
Então aquele homem olhou para todas aquelas pessoas e disse:
- O nome dele será Mundo, porque quando nascemos nossos primeiros desenhos eram sobre paisagens, sobre a natureza. E conforme o tempo passa, vamos nos acostumando a viver com a destruição do nosso planeta e nem ligamos. Estamos anestesiados. Um dia as coisas vão acabar, e nesse dia, não poderemos mais voltar atrás. O mundo, como meu filho, estava nas minhas mãos. Mas, é como se eu já tivesse feito o suficiente. Porém, o suficiente tem que ser constantemente. Não adiante eu abandoná-lo por anos e depois dar um presente dizendo "eu te amo". Assim como não adianta desmatar, poluir e desrespeitar e depois plantar umas arvorizinhas dizendo "vamos salvar o planeta". Será que vamos nos lembrar do mundo só quando ligarem para nosso celular? ou só quando virmos pela televisão? O mundo está nas nossas mãos. Temos o controle sobre ele. É nossa responsabilidade. Mas, não estamos fazendo nem o papel de amigo, quanto menos de um pai.
Autor: Hudson Viana
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