INFLUÊNCIA DO TABAGISMO A PREDISPOSIÇÃO AO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO





INFLUÊNCIA DO TABAGISMO A PREDISPOSIÇÃO AO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO


GOMES,Cláudio Pereira Junior
Discente do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

CORNÉLIO,Élcio Vinicius
Discente do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

MACHADO,Andressa de Souza
Discente do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

MACHADO,Rômulo Fabrício
Discente do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

INÁCIA,Adriana Macedo
Discente do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

MACEDO,Rafaela do Carmo
Discente do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

CONTENÇAS, Thaís Santos
Docente do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva
Mestre e Doutoranda em Fisiologia Humana da Universidade de São Paulo


RESUMO

O presente estudo buscou descrever a influencia do tabagismo a predisposição ao infarto agudo do miocárdio. Os dados foram obtidos através de consultas de livros , artigos e revistas que apresentam fidedignas a utilização. Foi possível concluir que as doenças cardiovasculares continuam sendo a primeira causa de morte do Brasil. Entre elas o infarto agudo do miocárdio ainda é uma das maiores causas de mortalidade. Tendo agravo quando o paciente tem como fator de risco o tabagismo.
Palavras Chave: Infarto Agudo do Miocárdio, Tabagismo, Influência.


ABSTRACT

This study sought to describe the influence of smoking predisposition to acute myocardial infarction. Data were obtained through consultation of books and articles and magazines that have reliable use. It was concluded that cardiovascular diseases remain the leading cause of death in Brazil. Including the acute myocardial infarction is still a major cause of mortality. Having as wrong when the patient has a risk factor of smoking.
Keywords: Myocardial Infarction, Tobacco, Influence.







1. INTRODUÇÃO

O tabagismo afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, por isso se tornam um problema cada vez mais evidente para a Organização Mundial da Saúde, e outras entidades mundiais que atua na sua prevenção e no seu combate (SILVA et al; 2008).
O fumo tem sido associado a um aumento na mortalidade por doença coronária aterosclerótica, o que foi comprovado em diversos estudos. Isto resulta da associação de vários efeitos nocivos do tabagismo sobre os mecanismos da aterogênese e trombose (NOZAWA et al; 2003).
O estudo do infarto agudo do miocárdio (IAM) é fundamental pela alta prevalência, mortalidade e morbidade da doença. Estudos epidemiológicos revelam taxas de mortalidade geral por volta de 30%, sendo que metade dos óbitos ocorrem nas primeiras duas horas e 14% morrem antes de receber atendimento médico. No entanto, os pacientes que recebem serviços de emergência precocemente foram os que mais tiveram beneficio dos avanços terapêuticos das últimas décadas (PESARO e SERRANO, 2004).
A problemática de pesquisa se da pelo grande aparecimento do infarto agudo do miocárdio, e como o tabagismo pode influenciar na doença.
Apresenta como objetivo descrever a influencia do tabagismo a predisposição ao infarto agudo do miocárdio.


2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 DEFINIÇÃO

Carrie (2007) apresenta o infarto como a redução do fluxo sanguíneo de artérias coronárias, resultando em isquemia e necrose do miocárdio. A mortalidade é grande se o tratamento for demorado, e quase metade das mortes súbitas por infarto agudo do miocárdio, ocorre antes da hospitalização, por volta da primeira hora após o inicio dos sintomas. O prognóstico melhora com tratamento forte, iniciado imediatamente.
Segundo Smeltzer e Bare (2005), o infarto agudo do miocárdio é causado pelo fluxo sanguíneo diminuido de uma artéria coronária devido à ruptura de uma placa aterosclerótica e à subsequente oclusão da artéria por um trombo. Outras causas de infarto agudo do miocárdio abrangem o estreitamento ou constrição súbita de uma artéria coronária, o suprimento de oxigênio diminuído (ex: perda sanguínea aguda) e a demanda aumentada para o oxigênio (ex: ingestão de cocaína).

2.2 INCIDÊNCIA

Mesmo que a mortalidade associada com problemas cardíacos e vasculares tenha diminuído 25% desde a década de 1970, a doença cardiovascular ainda é a ameaça mais grave da vida e da saúde nos Estados Unidos. Para os homens, a estimativa é de 1 em 3; e para mulheres é de 1 em 10 (HUDAK e GALLO, 1997).
A cada ano ,1.500.000 pessoas sofrem um infarto agudo do miocárdio (IAM) , que leva em torno de 540.400 mortes. Por mais importantes que pareçam as estatísticas de mortalidade, foi feito um avanço no diagnostico, orientação e terapêutica para combater a doença cardiovascular. O enfermeiro em cuidados intensivos apresentou papel principal na redução da mortalidade associada com cardiopatia (HUDAK e GALLO, 1997).


2.3 FATORES DE RISCO

De acordo com Hudak e Gallo (1997), um estudo de Massachusets no inicio da década de 1950, identificou cinco fatores de risco para doenças cardíacas. Durante esse estudo de grande população aleatória, observaram alguns fatores que aumentam a tendência de um individuo para doença cardíaca . Os principais fatores identificados foram o nível elevado de colesterol sanguíneo, o fumo de cigarros, a obesidade, a hipertensão e a vida sedentária. Outros fatores podem aumentar o desenvolvimento da coronariopatia. Esses fatores relacionam com a independência da doença cardíaca, mas não com a sua gravidade.

2.3.1 TABAGISMO e INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO

Para Smeltzer e Bare (2005) o tabagismo ajuda a contribuir para o desenvolvimento e gravidade da doença arterial coronariana, principalmente o infarto agudo do miocárdio, de três maneiras. Em primeiro lugar, a inalação da fumaça aumenta o nível sanguíneo de monóxido de carbono, e faz com que a hemoglobina, o componente que transposta oxigênio no sangue, se combine mais imediatamente com o monóxido de carbono que com o oxigênio. Isso diminui a capacidade de bombeamento do coração. Em segundo lugar a nicotina detona a liberação de catecolaminas, o que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial. Em terceiro lugar, o tabagismo causa resposta vascular deletéria e aumenta a aderência plaquetária, levando a uma maior probabilidade de formação de trombo.
Segundo Oliveira, Valente e Leite (2008), a probabilidade é que 11% de todas as mortes cardiovasculares ocorridas no mundo em 2000 poderiam ser conferidas ao tabagismo, embora com maior destaque a doença isquêmica do coração.


2.4 FISIOPATOLOGIA

O conceito de que o infarto agudo do miocárdio é precipitado por um trombo oclusivo sobre uma placa aterosclerótica complicada tem aceitação generalizada. Este conceito torna necessário o conhecimento sobre as alterações que ocorrem na placa aterosclerótica e que depois vão predispor a um evento coronariano agudo. Estudos patológicos estabeleceram que a perda da integridade da placa aterosclerótica é o mecanismo fisiopatológico primário na maioria dos casos das síndromes coronárias agudas. Existem duas formas de perda de integridade da placa: a erosão e a ruptura da placa (ZORNOF et al, 2003).
A erosão consiste de perda superficial da integridade endotelial com posterior exposição do tecido conectivo subendotelial. O colágeno exposto ativa a adesão e a agregação plaquetária, com posterior formação de trombo aderente à superfície da placa (ZORNOF et al, 2003).
A segunda forma de perda da integridade da placa é a ruptura da capa fibrosa. Análises histológicas revelaram algumas características das placas que apresentam maior probabilidade de ruptura (ZORNOF et al, 2003).


2.5 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito com base no quadro clínico, nas alterações eletrocardiografias e na elevação dos marcadores bioquímicos de necrose. Tendo em vista que os sintomas são extremamente variados e que a elevação dos marcadores inicia-se cerca de seis horas após o inicio da dor, o principal instrumento diagnóstico e determinante da conduta é o eletrocardiograma (PESARO e SERRANO, 2004).


2.6 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Segundo Pesaro e Serrano (2004) os medicamentos geralmente utilizados são:
? Opióides
Morfina pode ser usada com eficiência para alívio da dor, da ansiedade e tem ação vasodilatadora adjuvante.
? Nitratos
São usados para alívio dos sintomas e não diminuíram a mortalidade do infarto agudo do miocárdio em grandes estudos. Dinitrato de Isossorbida pode ser usado sublingual para alívio imediato da dor e para afastar espasmo coronariano. Nitroglicerina edovensa deve ser usada, especialmente em casos de sintomas congestivos associados ou hipertensão.
? Oxigênio
Deve ser administrado em pacientes com dispnéia, hipóxia, choque ou edema pulmonar. Eventualmente deverá ser associado às máscaras de ventilação não invasiva , ou intubação orotraqueal, dependendo do grau de congestão pulmonar.
? Tratamento com beta-bloqueadores
? São úteis para o controle da dor anginosa, tratamento da hipertensão e das taquiarritmias associadas ao evento agudo. As evidências de que os B-bloqueadores possam diminuir a incidência de arritmias fatais, o tamanho e a mortalidade do infarto, derivam de trabalhos da era pré-fibrinolítica. Sugere-se a administração inicialmente endovenosa com fármacos de curta duração (ex: metoprolol 5mg endovenosa, seguido de doses suplementares a cada cinco minutos, até 15 mg se necessário, para alcançar frequência cardíaca próxima a 60 bpm).


2.7 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

No infarto agudo do miocárdio (IAM) os cuidados de enfermagem são: alivio da dor com administração de analgésicos conforme prescrição médica. Cuidados com oxigenoterapia, repouso no leito em posição confortável. Promover a redução da ansiedade mantendo o paciente e a família informados. Monitorar as complicações como choque cardiogênico, arritmias, embolia pulmonar ou cerebral, para isso é fundamental a monitoração da frequência cardíaca e o ritmo no eletrocardiograma, controle da pressão arterial, frequência respiratória e temperatura. (NETINA, 2007).


3. MATERIAIS E METODOS

Este trabalho foi desenvolvido a através da revisão de literatura, os dados foram obtidos através de consultas de livros,artigos e revistas que apresentam fidedignas a utilização. As principais palavras utilizadas para a realização desta pesquisa foram: Infarto Agudo do Miocárdio e Tabagismo.



4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os dados analisados nesse trabalho conclui-se que a doença cardiovascular, principalmente o infarto agudo do miocárdio continua sendo a principal causa de mortalidade em todo mundo. A cada ano 1.500.000 pessoas sofrem infarto agudo do miocárdio que levam aproximadamente 540.000 mortes. A probabilidade é maior em homens do que nas mulheres. E por fim tornou-se mais clara a relação dos fatores de risco com a doença, principalmente o fator tabagismo e infarto agudo do miocárdio, que contribui para o desenvolvimento e gravidade da doença arterial coronariana.


5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARRIE M.J. Manual de Fisiopatologia. 2. Ed. São Paulo: Roca, 2007. cap. 6, p.171-176.

HUDAK, C.M; GALLO, B.M. Cuidados intensivos de Enfermagem: uma abordagem holística. 6. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. cap. 15, p. 301-318.

NETINA S.M. Prática de enfermagem. 8. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. cap. 3, p. 371.

NOZAWA, D; FRANKEN, R.A; BRAGA, K.R; PEREIRA, A.C.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, v. 81, n. 6, p. 300-312, 2003.

OLIVEIRA, A.F; VALENTE, J.G; LEITE, I.C. Aspectos da mortalidade atribuível ao tabaco: revisão sistemática. São Paulo, v. 42, n. 2, p. 335-345, 2008.

PESARO, A.P; SERRANO , C.V. Revista da Associação Médica Brasileira. São Paulo, v. 50, n. 2, p. 126-132, 2004.

SILVA, A; SOARES, C; JESUINO, J; GASPAR, F. Representações Sociais sobre o tabaco no contexto da saúde. São Paulo v. 8, n. 47, p. 29-33, 2008.

SMELTZER, S.C; BARE, B.G; Brunner e Suddarth. Tratado de enfermagem medico cirurgica. 10. Ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005 cap. 26, p. 759-771.

ZORNOF, L; OKOSHI, M; PAIVA, S. Revista Associação Médica Brasileira: Infarto Agudo do Miocárdio. São Paulo v.2, n.15, p. 235-240, 2003.

Autor: Claudio Pereira Gomes Junior


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