Albinos, Gordos, Homossexuais: Extraterrestres?



Quanto tempo faz que ouvimos a mesma coisa em relação ao preconceito existente em nosso meio? Faz muito tempo, não?

Mas sabe-se, ou se não se sabe é bom ir pensando sobre a questão,  que todas as convenções existentes foram criadas por alguém, por isso então o certo e o errado, o bonito e o feio, o adequado e o não adequado.

Então se essas convenções foram criadas por alguém há muito tempo atrás atualmente alguém tem que recriá-las em virtude das variáveis existentes, levando-se em conta a diversidade, de uma maneira mais natural, mais tranqüila e não indicativa.

Apontar alguém que se acha diferente  é um ato simplesmente mecânico, já incutido na mente das pessoas,  como um hábito, como um vício.

Levando-se em consideração que isso é um hábito, requer um trabalho sobre ele para que haja uma mudança de olhar, de interiorização.

Se alguém na nossa infância nos ensinou que isso ou aquilo é estranho para nós fica gravado como um comando, que só requer um aperto no botão e começam então as atitudes impensadas e robotizadas.

Conseqüentemente vira um círculo vicioso, onde todos os componentes acabam falando a mesma língua, sem travas, sem posicionamentos, simplesmente emitem reflexos do que lhes foi ensinado.

Isso é muito complicado nos dias atuais, nesse momento em que não se sabe o dia de amanhã, não se sabe nem o que somos direito, se não somos nós os estranhos, enfim poderíamos articular aqui diversas idéias acerca de nossas verdades.

Coloquei toda essa ilustração acima para tentar de alguma maneira mexer com o leitor desse artigo, mexer com suas concepções às vezes tão enraizadas, tão cristalizadas e inquestionáveis.

Interessante seria se conseguíssemos olhar o nosso próximo como mais um de nós, aquele famoso próximo que tanto é pregado pelas religiões e também pela Bíblia.

Quem sabe toda essa mudança de olhar para a diversidade nos faça repensar a vida e nos ensine a preservar simplesmente o humano como um ser especial em alma e não em aspecto físico.

Um aluno, na escola em que leciono, veio chorando até mim dizendo que alguém o havia chamado de gordo. Perguntei-lhe qual o problema? Ele não era gordo? Então, assim somos: gordos, magros, altos, baixos! Não podemos achar isso estranho, é o que somos! Ele saiu feliz da vida!

Infelizmente o apelo da mídia nos diz o que? Que os gordos são extraterrestres, deve-se ter medo deles, exterminá-los da terra (só falta dizerem isso). E os albinos, os deficientes, os homossexuais, completamente discriminados.

Como mudar esse olhar? Enxergar a todos naturalmente, com suas diferenças, vontades, liberdade de escolha?

É uma concorrência injusta, pensamos que somos livres, mas não somos não! A sociedade está sempre nos cobrando posturas, tamanhos, opções já pré-estabelecidas, sem deixar a liberdade de escolha - tão sonhada - tomar corpo.

O que nos faltou quando das convenções foi pensar  na amorosidade, não lembraram que um dia a bomba explodiria e outro alguém despertaria para a real intenção dessa vida que é simples demais.

Precisamos seguir caminho, desvendar fronteiras: mas unidos, unidos pelo simples fato de sermos humanos e pertencermos ao mesmo lugar!

Sejamos vigilantes...sem preconceito!

Autor: Luz Mary Padilha Dias


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